PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM (PPGENF)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de QUALIFICAÇÃO: ESTER MISSIAS VILLAVERDE ANTAS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ESTER MISSIAS VILLAVERDE ANTAS
DATA: 17/12/2019
HORA: 08:30
LOCAL: sala de aula
TÍTULO: LIMITAÇÃO DE ATIVIDADES E QUALIDADE DE VIDA EM INDIVÍDUOS ACOMETIDOS PELA HANSENÍASE.
PALAVRAS-CHAVES: Hanseníase; Qualidade de vida; Atividades cotidianas; Atenção Primária à Saúde; Atenção secundária à saúde; Enfermagem.
PÁGINAS: 105
RESUMO: Introdução: A hanseníase é historicamente construída sobre preceitos de estigma, isolamento e perecimento. Caracteriza-se por ser infectocontagiosa, de evolução crônica, baixa patogenicidade, alta infectividade e com irrefutável potencial incapacitante. Os indivíduos acometidos pela doença podem apresenta limitação para desenvolver atividades laborais gerando repercussão na sua Qualidade de vida (QV). Objetivo: Avaliar a limitação na atividade de vida diária e qualidade de vida em indivíduos acometidos pela hanseníase em tratamento na rede de atenção primária e secundária à saúde, do município de João Pessoa\Paraíba\Brasil. Método: Estudo descritivo, seccional, com abordagem quantitativa, realizada em 2017 com 96 indivíduos acometidos pela hanseníase em tratamento na rede de atenção primária e secundária a saúde, do município de João Pessoa\Paraíba\Brasil. Utilizou-se como instrumento de coleta de dados um formulário estruturado contemplando variáveis sociodemográficas, clínicas e os instrumentos Screening of Activity Limitation and Safety Awarenes – SALSA e World Health Organization Quality of life Assessment bref- WHOQOL-bref. Os dados foram analisados através de técnicas de estatística descritiva e inferencial. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal da Paraíba sob parecer de nº: 3.037.883, CAAE 01445718.5.0000.5188. Resultados: Observou-se predominância de homens (55,2%), média 45,5 anos de idade, baixa escolaridade (79,2%), casados (53,1%), com renda familiar menor que 1 salário mínimo (60,9%), dividem a mesma casa com 1 a 3 familiares (46,9%). Clinicamente possuem baciloscopia positiva (55,3%), casos multibacilares (87,2%), forma dimorfa (45,8%), grau zero de incapacidade (53,6%), nunca teve reação hansênica (55,2%), não tem neurite (87,5%), não possuem úlcera plantas e palmar (93,7%). Os participantes apontam boa QV, embora o domínio “físico” (54,09) tenha maior impacto negativo sobre a qualidade geral. Verificou-se associação entre as características clínica “outras doenças” (p = 0,011) e “neurite” (p = 0,001) com a QV. Observa-se que a população total 44,8% apresentou-se livre de limitações para atividades de vida, enquanto 54,2% apresentaram alguma limitação. O domínio destreza (média 10,98) foi o que mais influenciou negativamente na limitação para execução de atividades. A associação entre limitação de atividades e característica clínica, verifica-se que somente as variáveis GIF no diagnóstico (p < 0,004) e neurite (p < 0,000) demonstraram diferenças significativamente estatística. Evidencia que a correlação é moderada e inversamente proporcional entre a QV e as limitações para AVD entre os indivíduos acometidos pela hanseníase. Sendo a mais significante quando relacionada a atenção secundária a saúde (p = 0,000). Conclusão: Evidenciou – se que a magnitude da endemia da doença acarreta limitação na AVD e interfere na QV, principalmente nos aspectos como dor, sentimentos negativos, falta de recursos e lazer, associado a complicadores intrínsecos (neurite) e extrínsecos (co-morbidades) a doença. Destaca-se a necessidade de acompanhamento contínuo dos participantes da pesquisa.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 337282 - MARIA JULIA GUIMARAES OLIVEIRA SOARES
Externo ao Programa - 566558 - MIRIAN ALVES DA SILVA
Interno - 1222702 - SIMONE HELENA DOS SANTOS DE OLIVEIRA