PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM (PPGENF)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de QUALIFICAÇÃO: WILLIAM CARACAS MOREIRA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: WILLIAM CARACAS MOREIRA
DATA: 08/12/2022
HORA: 08:00
LOCAL: Sala de aula - PPGENF
TÍTULO: FATORES SOCIODEMOGRÁFICOS E COMPORTAMENTAIS ASSOCIADOS À PREVALÊNCIA DE SÍFILIS EM JOVENS
PALAVRAS-CHAVES: Sífilis, Jovem, Comportamento, Demográfico, Prevalência.
PÁGINAS: 94
RESUMO: A sífilis adquirida é uma infecção sexualmente transmissível, de notificação compulsória, que apesar de tratável, tem se apresentado de difícil eliminação e caráter reemergente nos últimos anos, com destaque para o expressivo número de casos entre os jovens, cuja vulnerabilidade tem sido discutida na interface com aspectos comportamentais. Portanto, objetivou-se estimar a prevalência de casos de sífilis e os fatores sociodemográficos e comportamentais associados em jovens atendidos em Centro de Testagem e Aconselhamento da Paraíba; e construir um modelo preditivo de desfecho sorológico para sífilis de acordo com os fatores sociodemográficos e comportamentais. Para tanto foi desenvolvido estudo epidemiológico, transversal, de natureza descritiva e inferencial, por meio do banco de dados de pesquisa original, tendo como amostra de 301 jovens que compareceram ao Centro de testagem e Aconselhamento da Paraíba para realização da testagem rápida para o HIV, sendo 200 em João Pessoa e 101 em Campina Grande. A coleta de dados da pesquisa original ocorreu no período de fevereiro a julho de 2021, por meio de entrevista utilizando questionário validado. Os dados foram analisados através do Statistical Package for the Social Sciences, versão 20.0 utilizando recursos da estatística descritiva simples, análise de prevalência e razão de prevalência, testagem de qui-quadrado de Pearson e V de Cramer, regressão logística, e árvore de decisão. A pesquisa obteve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal da Paraíba, através do parecer n° 3.935.713 e foi desenvolvida de acordo com os preceitos éticos da pesquisa envolvendo seres humanos. Observou-se dentre os uma média de 21 anos (DP ± 2,307), com prevalência: do sexo masculino (51,5%); não-brancos (72,1%); com mais de oito anos de estudos (86%); e renda familiar de um a dois salários mínimos (36,9%); não estuda (54,2%), não trabalha (55,1%); pelo menos 10 já foram presos/institucionalizados (3,3%) e 61 já fez tratamento psiquiátrico (20,3%). A maioria se considera cisgênero ( 48,5% homem e 48,2% mulher); heterossexuais (58,1%); com relacionamentos fixos (57,1%), tendo iniciado as práticas sexuais com até 15 anos (50,8%), sendo uma prática não consentida por 5% dos jovens; 27,9% já foi vítima de violência sexual, 9,6% já praticaram sexo transacional, 34,2% já tiveram/têm dificuldades em negociar o uso do preservativo e, apenas 20,3% afirmaram sempre utilizar o preservativo. Identificou-se diagnóstico de infecções sexualmente transmissíveis no passado (20,9%); uso de bebidas alcoólicas (57,8%) e de drogas ilícitas (34,2%); a exposição sexual e/ou presença de infecções/comorbidades (122/40,5) como principal motivo para realização da testagem rápida; e 15% de testagens positivas para a sífilis. Identificou-se associações significativas (p<0,05) entre variáveis relacionadas a gênero, sexualidade e aos aspectos sociodemográficos, estruturais, econômicos e comportamentais com o desfecho sorológico para sífilis. A regressão logística revelou que a faixa etária 15-19 anos é entendida como um efeito protetor, quando comparada a 20-24 anos e, ter renda familiar inferior a um salário mínimo ou ser do sexo masculino representa, aproximadamente, três vezes mais chances de positivar para sífilis quando em comparação com outras rendas e ao sexo feminino, respectivamente. Por fim, os jovens que possuem diagnóstico prévio de alguma IST apresentaram 8,4 vezes mais chances de positivar para sífilis, quando comparados aos que não possuem o histórico. Por fim, o modelo preditivo sorológico para sífilis considerando os aspectos comportamentais e sociodemográficos, inicia-se a partir do histórico de infecções sexualmente transmissível e perpassa por variáveis como: renda familiar; já ter sofrido discriminação por orientação sexual; idade na coitarca; dificuldade de negociar o uso do preservativo; sexo anal insertivo; e sexo anal receptivo.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1626922 - ANA CRISTINA DE OLIVEIRA E SILVA
Externo à Instituição - JORDANA DE ALMEIDA NOGUEIRA
Presidente - 1622650 - ORIANA DEYZE CORREIA PAIVA LEADEBAL