PROGRAMA INTEGRADO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA (PIPGF)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: JOSÉ CARLOS VALÉRIO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JOSÉ CARLOS VALÉRIO
DATA: 08/06/2021
HORA: 15:00
LOCAL: https://meet.google.com/pbq-ghyc-yqe
TÍTULO: A saga do poetizar no crivo do pensamento de Martin Heidegger
PALAVRAS-CHAVES: Linguagem. Origem. Verdade. Inesperado. Criação. Poesia.
PÁGINAS: 213
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Filosofia
SUBÁREA: Metafísica
RESUMO: Esta tese tem como tema a saga do poetizar no crivo do pensamento de Martin Heidegger. A noção de saga deve ser compreendida como mostrar, isto é, deixar aparecer e nomear a partir do dizer poético da linguagem originária, a qual requer a diferença ontológica para com a linguagem instrumental da tradição metafísica, especialmente, da racionalidade moderna. O poetizar se fundamenta na concepção grega da poesia (ποίησις), que serve como o leitmotiv na tecedura deste trabalho. Ademais, o aprofundamento temático tem por base o pensamento de Martin Heidegger, mas também uma incursão no poetizar de Friedrich Hölderlin que nos ajuda a focar no tema. Com efeito, enfatizamos que a poesia é propícia para pensarmos o ser esquecido pela tradição. Em princípio, defendemos que o dizer poético da linguagem projeta, no mundo, o ser do homem para a liberdade criativa. A criatividade ganha abrangência com a articulação entre poesia, filosofia e ciência. Trata-se de estabelecer uma interlocução dialogal entre ambas na perspectiva da verdade como abertura. A verdade deve ser entendida na acepção da aletheia enquanto desvelamento e velamento, conforme a tradução heideggeriana. Essa tradução mostra o entremeio desde onde impera a questão do ser. De certo, perfaz a circunscrição da abertura na qual habitamos de modo singular e coletivamente. No cerne da nossa busca, deparamo-nos com o ter de pensar o inesperado, cujo ponto de partida deve ser a “desdita” indicada por Hölderlin. Esta consiste no topos precípuo por meio do qual podemos desvelar os vestígios do sagrado na acepção da natureza (physis). Segue-se disso a possibilidade de aquele topos se tornar plausível para todo e qualquer nomear, pensar e pesquisar. Em nossa incursão veio à tona a necessidade de tecer uma aproximação e distância entre o poetizar, o pensar e o atuar. Para dar conta disso, utilizamos o método fenomenológico-hermenêutico, o qual nos ajuda a pensar tais vestígios provenientes do inesperado que nos arranca e projeta para a liberdade criativa. Enfim, Heidegger nos dá uma indicação formal acerca da necessidade de acontecer uma viragem da consciência para o aberto, em que a linguagem pode acenar para algo a ser criado como sendo verdadeiramente novo no sentido de uma nova história, ou seja, o vigor sempre presente em todo por vir e desaparecer. Por conseguinte, toda e qualquer criação deve se inscrever pelo movimento da recordação (Andenken) e da prospecção (Vordenken), indicativos de uma busca por algo mais que vigora e aguarda a saga do dizer poético da linguagem originária.
MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 1673909 - GILFRANCO LUCENA DOS SANTOS
Presidente - 1024473 - IRAQUITAN DE OLIVEIRA CAMINHA
Externo à Instituição - JOSÉ ROBERTO DA SILVA
Interno - 1354361 - ROBSON COSTA CORDEIRO
Externo à Instituição - THIAGO ANDRÉ MOURA DE AQUINO