PROGRAMA INTEGRADO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA (PIPGF)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: GALILEU GALILEI M. DE SOUZA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: GALILEU GALILEI M. DE SOUZA
DATA: 04/11/2014
HORA: 15:00
LOCAL: UFPB - CCHLA
TÍTULO: O PROBLEMA DA METAFÍSICA E A FILOSOFIA DA AÇÃO: Ensaio sobre a possibilidade da metafísica por meio da crítica à superstição
PALAVRAS-CHAVES: Palavras-chave: Filosofia da Ação. Metafísica. Lógica. Racionalidade. Crítica à Superstição.
PÁGINAS: 395
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Filosofia
RESUMO: RESUMO: O objetivo desta tese é o de justificar o exercício de uma racionalidade metafísica como programa filosófico de conhecimento a partir da filosofia da ação de Maurice Blondel. Nesse intuito, procuraremos evidenciar a filosofia da ação como uma fenomenologia metafísica ou uma metafísica fenomenológica norteada por uma exigência crítica rigorosa, a da crítica à superstição, expressão de uma lógica mais originária, a da vida moral. Aproximar-nos-emos dessa interpretação à luz da L’Action (1893) e de dois escritos fundamentalmente a ela ligados, Principe élémentaire de une logique de la vie morale (1900) e Le point de départ de la recherche philosophique (1906). O problema que lhe é central, a que chamamos de o problema da possibilidade do exercício de uma racionalidade metafísica como programa filosófico de conhecimento ou, simplesmente, de o problema da metafísica, será aí trabalhado tendo em vista o enfrentamento de três desafios: 1) indicar como a questão que versa sobre a superação da metafísica ou sobre o sucesso das críticas à metafísica permanece racionalmente em aberto; 2) mostrar como a filosofia da ação se compromete com a tradição metafísica e 3) evidenciar como, no exercício de sua específica racionalidade e pela fidelidade à crítica à superstição, a metafísica pode ser reapresentada como legítimo programa de conhecimento. Esses desafios serão tratados em nosso texto por meio do desenvolvimento de três grandes partes, não perfeitamente com eles coincidentes. Na primeira delas, procuraremos introduzir a questão do sentido das críticas à metafísica, eventualmente alargadas como críticas à filosofia e ao próprio modo de pensar ou conhecer ocidental. Essa discussão inicial nos dará elementos suficientes para, na segunda parte de nossa tese, orientarmos a interpretação dos dois escritos blondelianos anteriormente referidos ligados à L’Action (1893) de modo a precisar o sentido de “conhecer” ou “pensar”, como sendo uma tarefa de elucidação da prospecção pela reflexão, e o sentido da lógica da stérēsis que o substancia. Munidos dessa nova compreensão do ato de conhecer ou de pensar, poderemos, então, superar os motivos que se insinuam, nas críticas à metafísica, contra a própria possibilidade da racionalidade metafísica, cujas raízes remontam a numerosas antinomias ligadas à interpretação de “conhecer” ou “pensar” como restritos a “representar” e à consequente e insolúvel aporia de se dever justificar a adequação entre “ser” e “pensar” para estabelecer a legitimidade racional de um programa de conhecimento. Finalmente, suficientemente esclarecidos a respeito do verdadeiro sentido de “conhecer” ou “pensar” e superada a condenação geral e indiferenciada da metafísica, na terceira parte de nossa pesquisa, acompanharemos a expansão da ação humana, seguindo o texto da L’Action (1893). Confirmando as aquisições das duas partes anteriores de nossa tese, procuraremos aí evidenciar como pelo exercício da crítica à superstição, expressão da lógica da vida moral, a ciência ou filosofia da ação será levada a reconhecer a confluência entre a questão que diz respeito ao sentido da vida humana (prática) e aquela que diz respeito ao sentido do Ser (metafísica), de modo a fundar uma fenomenologia metafísica ou uma metafísica fenomenológica. Essa será erigida sobre uma compreensão de racionalidade metafísica segundo a qual não se opõem ser e fenômeno e se sustenta um programa de conhecimento filosófico criticamente rigoroso, ou seja, voltado para a totalidade da experiência humana e, por isso mesmo, aberto para a hipótese do transcendente (conhecimento possessivo do ser), por meio de uma metafísica à segunda potência.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 337153 - GIUSEPPE TOSI
Presidente - 1024473 - IRAQUITAN DE OLIVEIRA CAMINHA
Interno - 1521208 - NARBAL DE MARSILLAC FONTES