PROGRAMA INTEGRADO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA (PIPGF)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: MARCOS ERICO DE ARAUJO SILVA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARCOS ERICO DE ARAUJO SILVA
DATA: 23/02/2015
HORA: 14:00
LOCAL: Sala de Reuniões do CCHLA-UFPB João Pessoa
TÍTULO: A SUPERAÇÃO DA METAFÍSICA NA FILOSOFIA DE KIERKEGAARD (E DE HEIDEGGER): as tonalidades afetivas como arché da filosofia, phatos do filosofar
PALAVRAS-CHAVES: Pré-teorético. Superação da metafísica. Tonalidades afetivas (Stemning). Comunicação Indireta. Si-mesmo (Selv). Ciência Existencial (Existentiel-videnskab). Kierkegaard.
PÁGINAS: 190
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Filosofia
SUBÁREA: Metafísica
RESUMO: A tese tem por objetivo realizar uma crítica à tradição filosófica pensando nas tonalidades afetivas (Stemning) como sendo a arqué da filosofia, o phatos do filosofar. Com efeito, pensar nas tonalidades afetivas (Stemning) como fundamento da filosofia é realizar um retorno ao fundamento da própria metafísica enquanto essência da filosofia. A nossa tese, portanto, possibilita ser um caminho interpretativo possível para uma compreensão de Kierkegaard em que buscamos e privilegiamos a questão filosófica em seu pensamento enquanto contribuição crítica à história da filosofia. Para cumprirmos com essa finalidade dividimos a tese em duas partes. Na primeira parte assumimos uma compreensão de superação da metafísica heideggeriana que, segundo nossa compreensão, está dependente de uma ideia de filosofia que conduz às tonalidades afetivas (Stemning) como fundamento da própria metafísica. Ora, se em Heidegger é possível sustentar isso a fortiori podemos pensar isso em Kierkegaard que muito antes do filósofo alemão nascer já estabelecia essa compreensão de filosofia assumindo, por isso, ser um “corretivo” para a mesma. E, assim, asseguramos, uma compreensão de Kierkegaard filósofo a partir da qual podemos fazer Kierkegaard entrar no grande diálogo da filosofia. Na segunda parte, enquanto interlúdio metodológico-filosófico-afetivo, analisamos a forma como isso é encarnado em sua filosofia através da criação dos pseudô-nimos. O método da comunicação indireta, pois, procura despertar no leitor uma tonalidade afetiva (Stemning), enquanto começo da filosofia, provocando a de-cisão, a resolução de transubstanciação da própria existência. Com efeito, a filosofia kierkegaardiana é patético-dialética e, nessa reduplicação da existência, em que o existente existe no que compreende e pensa, o indivíduo (den Enkelte) se põe e se dispõe no devir existencial do tornar-se si-mesmo (Selv). Por fim, prolongando e intensificando esses pressupostos, analisamos a existência como inter-esse. Isso significa pensar a filosofia como a Ciência Existencial (Existentiel-Videnskab) na perspectiva daquela nova ciência (nye Videnskab) apontada por Vigilius Haufniensis/Kierkegaard na Introdução da obra O conceito de angústia de 1844 e desenvolvida em As obras do amor de 1847. A filosofia, agora, é uma secunda philosophia e a ética é chamada de segunda ética que, ao contrário da primeira ética, não mais se fundamenta na abstração metafísica, mas começa com a realidade efetiva (Virkelighed).
MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 2169403 - ABRAHAO COSTA ANDRADE
Externo à Instituição - ALVARO LUIZ MONTENEGRO VALLS
Externo à Instituição - GILVAN LUIZ FOGEL
Presidente - 1024473 - IRAQUITAN DE OLIVEIRA CAMINHA
Interno - 1354361 - ROBSON COSTA CORDEIRO