PROGRAMA INTEGRADO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA (PIPGF)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: EUGENIA RIBEIRO TELES

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: EUGENIA RIBEIRO TELES
DATA: 31/10/2017
HORA: 10:00
LOCAL: UFPB - CCHLA 506
TÍTULO: Sobre a determinação das emoções na resolução dos dilemas morais.
PALAVRAS-CHAVES: Palavras-chave: raciocínio moral, dilemas morais, emoções, deliberação moral, motivação moral.
PÁGINAS: 190
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Filosofia
SUBÁREA: Ética
RESUMO: O presente trabalho aborda de que maneira as emocoes podem ser determinantes na solucao dos dilemas morais genuinos. Sucintamente podemos dizer que os dilemas morais genuinos sao situacoes de conflitos nas quais o mesmo dever e requerido e negado por nao ser possivel realizar ambos, porque realizar a acao prescrita por um dos deveres conflitantes implica em nao realizar a outra. Esse tipo de deliberacao sugere fortemente um tipo de inconsistencia que nao pode ser explicada satisfatoriamente dentro de uma teoria do raciocinio moral tradicional (que defende que o raciocinio correto e o raciocinio logico dedutivo). No entanto, existem outras teorias do raciocinio moral que apresentam diferentes pontos de vista e que levam em consideracao outros elementos como fazendo parte do nosso processo deliberativo. Por exemplo, temos o modelo social intuicionista de Haidt (2000), que defende que as intuicoes morais sao a causa dos nossos julgamentos morais e que o raciocinio e uma etapa posterior, cuja finalidade e apenas de justificar os julgamentos formados pela intuicao. Temos ainda uma teoria defendida por Harman, Maison e Sinnot-Armstrong (2009), o Modelo do Equilibrio Reflexivo, que defende a ideia de que para formarmos nossos julgamentos morais nos usamos tanto o raciocinio como as nossas intuicoes. De acordo com esse modelo para chegarmos a um julgamento moral coerente, nos passamos por um processo no qual testamos nossas intuicoes contra o raciocinio e testamos o raciocinio contra nossas intuicoes (Liao, 2010). Desviando-se um pouco da vertente puramente logicista tradicionalista do raciocinio moral, encontramos a teoria psicologica do raciocinio moral proposta por Bucciarelli, Khemlani e Johnson-Laird (2008). Sem entrarmos em pormenores, podemos dizer que se trata de uma teoria sobre as proposicoes morais e preconiza que nao existe um criterio simples para escolher as proposicoes morais dentre a imensa gama de proposicoes deonticas; que os mecanismos que subjazem as emocoes e julgamentos morais sao independentes e operam em paralelo; que os julgamentos deonticos dependem de inferencias; e que as nossas crencas sobre o que e ou nao moral nao sao nem completas nem consistentes. A partir dessas diferentes perspectivas atraves das quais podemos pensar o raciocinio moral, buscaremos analisar ate que ponto essas teorias contemplam a questao dos dilemas morais. Sabemos que como agentes morais, em face de uma situacao conflitante, temos que decidir o que fazer e uma vez que a razao, como e tradicionalmente definida, nao consegue lidar com as contradicoes, sugerimos que sao as emocoes que atuam como elementos que possibilitam a decisao do que fazer, bem como sao elas o fator motivacional que instiga o agente a agir de acordo com sua deliberacao. Com esse objetivo, no primeiro capitulo, elucidamos alguns conceitos basicos que perpassam o raciocinio em geral e o raciocinio moral em especifico. No segundo, apresentamos quatro teorias diferentes sobre o raciocinio moral com a finalidade de no terceiro capitulo analisarmos os dilemas morais sob a perspectiva de cada uma dessas teorias. No quarto capitulo falaremos sobre as emocoes, mostraremos algumas teorias e os componentes que permeiam essa discussao. Finalmente no quinto capitulo defenderemos em que sentido as emocoes determinam as nossas deliberacoes em situacoes dilematicas. Assumindo que nossas emocoes sao percepcoes de valores (Tapollet, 2000) investigaremos de que maneira elas podem influenciar a formacao dos julgamentos morais, como elas ajudam na deliberacao em casos de dilemas e ate que ponto elas sao forcas motivadoras que nos conduzem a acao.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 337218 - MARCONI JOSE PIMENTEL PEQUENO
Interno - 337984 - GIOVANNI DA SILVA DE QUEIROZ
Interno - 1521208 - NARBAL DE MARSILLAC FONTES
Externo à Instituição - CÍCERO ANTÔNIO CAVALCANTE BARROSO
Externo à Instituição - LUCIANO DA SILVA