PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE DA FAMÍLIA (PPGSF)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: MARIA DO SOCORRO SOUSA DA SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARIA DO SOCORRO SOUSA DA SILVA
DATA: 29/03/2023
HORA: 08:30
LOCAL: https://meet.google.com/gvh-qazf-oyf
TÍTULO: ADOECIMENTO DE ENFERMEIROS NO CONTEXTO DO TRABALHO NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA: uma Análise Coletiva do Trabalho
PALAVRAS-CHAVES: Enfermeiros. Trabalho em saúde. Trabalho na Estratégia Saúde da Família. Saúde do Trabalhador.
PÁGINAS: 102
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Saúde Coletiva
RESUMO: Os profissionais da área da saúde enfrentam situações no cotidiano dos serviços que podem levar ao adoecimento. No que diz respeito a saúde dos enfermeiros, pode-se dizer que desde a sua formação este profissional necessita dedicar-se fisicamente e mentalmente ao processo do cuidar do outro; e por muito tempo, tem-se adotado uma imagem de “super-herói” ao mesmo, o que implica na crença de que ele não adoece, e nem precisa de cuidados. Os profissionais da enfermagem vivenciam uma série de estressores no ambiente de trabalho, consequentemente isso reduz a motivação no desempenho de suas atividades, e nas relações interpessoais. Os fatores que causam adoecimento perpassam por diversas esferas, desembocando na sua atuação profissional. Nesse sentido, diversas condições atreladas ao trabalho na Estratégia Saúde da Família (ESF) podem influenciar na saúde dos enfermeiros que nela atuam. O objetivo deste estudo é compreender o processo de adoecimento de enfermeiros no contexto do trabalho na Estratégia Saúde da Família: uma Análise Coletiva do Trabalho. Trata-se de um estudo qualitativo, realizado com enfermeiros de vínculo efetivo que atuam em Unidades de Saúde da Família (USF) ligadas ao Distrito Sanitário III do município de João Pessoa, Paraíba. Os dados foram coletados por meio de um questionário com fins de caracterizar o perfil socioprofissional e de formação das participantes. Para aplicação do questionário foi utilizada a plataforma Google Forms, via WhatsApp como ferramenta eletrônica. Paraobtenção dos dados qualitativos, utilizou-se a técnica de Grupo Focal cujas sessões foram realizadas on line por meio da plataforma Google Meet, onde as participantes puderam falar sobre o objeto de investigação a partir de questões pré-estabelecidas para instigar as falas. As falas obtidas pelo Grupo Focal, foram gravadas por meio de uma ferramenta do Windows 10 (Atalho – tecla do logotipo do Windows + G), que grava a tela do computador, e o conteúdo foi transcrito através da ferramenta Transcribe (Disponível em: https://otranscribe.com/) e revisada pela pesquisadora. Para a análise dos dados foi utilizado o método da Análise Coletiva de Trabalho, que se caracteriza pelo protagonismo dos participantes. Os resultados quantitativos revelaram que as doze participantes do estudo são do sexo feminino, com idade variando de 47 a 76 anos. Sobre o tempo de formação, a maior parte está formada há 22, 25 ou 32 anos, o maior tempo de formada foi de 41 anos. Onze participantes declararam ter feito pós-graduação, sendo Saúde da Família a área mais citada. Em relação ao tempo de atuação das participantes na ESF, predominou de 16 a 20 anos, e de permanência na mesma equipe de 16 a 20 anos. Sobre a completude da equipe, as respostas foram equivalentes, 50% declarou que a equipe estava completa, e 50% declarou estar incompleta. Quanto aos profissionais que faltavam para completar a equipe, o mesmo percentual declarou faltar médico ou Agente Comunitário de Saúde (50%). Sobre as causas de afastamento do trabalho, citaram depressão (30%), Covid-19 (20%), ansiedade (10%), stress emocional (10%), tendinite (10%), discopatia (10%) ou trombocitopenia (10%). Na análise qualitativa, as informações obtidas por meio do Grupo Focal acerca das doenças/agravos que mais acometem os profissionais de enfermagem evidenciaram haver relação entre o estresse do dia-a-dia no trabalho e o adoecimento, especialmente mental. O adoecimento físico também foi citado nas falas das participantes. Problemas relacionados à sobrecarga, infraestrutura, desvalorização profissional, valor salarial e falta de apoio da gerência pareceram influenciar na saúde das participantes de forma direta ou indireta. Como estratégias para enfrentar e/ou minimizar o adoecimento as enfermeiras citaram o trabalho em equipe, a boa relação com os colegas de trabalho, diálogo, música, momentos de descontração e o autocuidado, que por sua vez incluiu ações voltadas ao âmbito individual (como exercício físico, alimentação saudável, religiosidade e outras). Espera-se com esse estudo gerar fomento para o gerenciamento de informações de saúde, para implementação de programas de saúde e segurança no trabalho, e ainda auxiliar na organização e estruturação dos serviços de APS, principalmente das Unidades Saúde da Família, para que assegurem a valorização e melhores condições de trabalho ao enfermeiro, extensivo aos demais trabalhadores da saúde.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 6752532 - ANA SUERDA LEONOR GOMES LEAL
Interno - 441.958.504-87 - ARDIGLEUSA ALVES COELHO - UFPB
Externo à Instituição - FABIA BARBOSA DE ANDRADE