PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÃO TECNOLÓGICA EM MEDICAMENTOS (PPgDITM)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

Telefone/Ramal
Não informado

Dissertações/Teses


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2024
Descrição
  • ARTHUR JOSÉ PONTES OLIVEIRA DE ALMEIDA
  • EFEITOS DE TERPENOS NO ENVELHECIMENTO CARDIOVASCULAR: O PAPEL DA SENESCÊNCIA E DO ESTRESSE OXIDATIVO
  • Orientador : ISAC ALMEIDA DE MEDEIROS
  • Data: 26/02/2024
  • Hora: 13:50
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  • A população acima dos 60 anos está crescendo substancialmente, chegando a 22% em 2050. Doenças cardiovasculares (DCVs), a principal causa de morbidade e mortalidade pelo mundo, tem sua prevalência aumentada pela idade, por isso, urge estratégias para combater e/ou preveni-las. Nesse contexto, o objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito anti-senescente de 20 terpenos e caracterizar o efeito do mais promissor in vitro e in vivo. Para isso, células endoteliais de aorta de ratos (RAEC) e ratos whistar foram utilizados. A D-(+)-Galactose (Dgal) foi usado como modelo do envelhecimento. Inicialmente, foi realizado um triplo screening, para ação anti- senescente, de viabilidade celular e antioxidante com 20 terpenos. O Terpinolene (TPO), apresentou eficácia para os três ensaios, sendo as concentrações de 10-7 e 10-6 mol.L-1 com triplo efeito. O ensaio de Anexina V/7-AAD confirmou a capacidade do TPO em melhorar a viabilidade celular. Para os ensaios in vivo, a dose de 5 e 25 mg/kg foi utilizada por 56 dias. Em paralelo, o animal recebeu salina ou Dgal via intraperitoneal para indução do modelo de envelhecimento acelerado. Durante o tratamento, não foi evidenciado alterações no peso corpóreo dos grupos. No dia anterior a eutanásia, a pressão arterial sistólica e frequência cárdica foram avaliados, sem alterações significativas. A glicemia capilar não foi alterada entre o grupo CTL (108.00 ± 1.64; n=8) e Dgal (111.87 ± 2.30; n=8), no entanto, o grupo TPO25 teve redução nos níveis glicêmicos (103.12 ± 2.57; n=8). Após anestesia, foi realizado os registros eletrocardiográficos, com posterior coleta de sangue para os ensaios bioquímicos e hematológicos, além da retirada da artéria aorta e dos órgãos coração, fígado e rins. Os parâmetros bioquímicos foram divididos em lipídicos, proteicos, renais e hepáticos, com destaque para o aumento do LDL no grupo Dgal (7.40 ± 1.00; n=10) comparado ao CTL (4.55 ± 0.60; n=9), e restaurado pelo TPO25 (2.66 ± 0.55; n=9). Ademais, os níveis de proteína totais estavam elevados no grupo Dgal comparado ao CTL, e o TPO5 e TPO25 foi capaz de restaurar esses níveis. Já o perfil hematológico não detectou alterações entre os grupos. No entanto, para os testes de coagulação, o TP aumentado no grupo Dgal foi restaurado para os níveis basais pelo TPO25. O TPPA não detectou alterações entre os grupos, assim como a reatividade plaquetária. Além disso, foi realizado testes para reatividade vascular em tiras de aorta, o qual não houve alterações significativas entre os grupos no Emáx para contração frente a FEN, nem para o relaxamento induzido por NPS. Por outro lado, o relaxamento induzido por ACh estava comprometido no grupo Dgal (Emáx: 85.20 ± 2.18; n=8) quando comparado ao grupo CTL (Emáx: 100.5 ± 2.40; n=6), e restaurado pelo TPO25 (Emáx: 98.60 ± 2.91; n=7). Tal achado foi acompanhado por um estresse oxidativo vascular, evidenciado pela sonda DHE nos grupos CTL (100.00 ± 4.05; n=6), DGAL (157.59 ± 6.01; n=6), restaurado pelo TPO25 . Por fim, analisamos os aspectos eletrocardiográficos como duração de onda P com tendencia de alta no grupo Dgal comparado ao CTL, restaurado pelo TPO25 (105.28 ± 6.96; n=6). Ademais, o índice de hipertrofia cardíaca no Dgal (0.360 ± 0.012, n=8), aumentado em relação ao CTL (0.312 ± 0.011, n=7), e restaurado pelo TPO25 (0.301 ± 0.006, n=10). Portanto, o TPO selecionado pelo Screening foi capaz de exercer efeitos benéficos no envelhecimento cardiovascular, sendo candidato promissor na busca pelo envelhecimento saudável.
  • CINTHIA RODRIGUES MELO
  • INVESTIGAÇÃO DA TOXICIDADE E DO MECANISMO DE AÇÃO DO ADUTO DE MORITA-BAYLIS-HILLMAN (CH3ISACN) COMO UM ANTIMALÁRICO
  • Orientador : MARGARETH DE FATIMA FORMIGA MELO DINIZ
  • Data: 20/02/2024
  • Hora: 09:00
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  • Em 2022 a malária acometeu cerca de 249 milhões de pessoas, e destes, 608.000 foram a óbito. Esta doença é causada pela picada do mosquito fêmea Anopheles, que está infectado pelo parasito do gênero Plasmodium spp. Apesar de existirem diferentes antimaláricos, os parasitos têm apresentado resistência à ação destes medicamentos, sendo necessário que novos fármacos sejam desenvolvidos, apresentando maior eficácia e segurança. Assim, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a toxicidade subaguda do aduto 2- (3-hidroxi- 1-metil-2-oxoindolin-3-il) acrilonitrila (CH3ISACN), e sua capacidade de reduzir a parasitemia de animais infectados por Plasmodium berghei, bem como investigar seu mecanismo de ação como um antimalárico. O estudo toxicológico subagudo foi baseado na OECD 407 (2008). A CH3ISACN foi administrada nos camundongos Swiss por via oral, durante 28 dias em diferentes doses. Os animais foram distribuídos em um grupo controle e três grupos tratados (75 mg/Kg, 150 mg/Kg, 300 mg/Kg). Cada grupo continha 5 machos e 5 fêmeas. Foram analisados o consumo de água, ração, peso corporal, sinais clínicos e mortalidade. Após 28 dias, os animais foram eutanasiados por sobredose de anestésico, e seu sangue coletado para avaliação de parâmetros bioquímicos e hematológicos, e seus órgãos coletados para análise histopatológica. Foi realizado estudo de genotoxicidade seguindo a OECD 474 (2014). Cada grupo continha três animais, sendo: grupo controle positivo (50 mg/Kg de ciclofosfamida), grupo controle negativo (veículo), grupo tratado 1 e 2 com 300 mg/Kg e 600 mg/Kg de CH3ISACN respectivamente. A administração foi em dose única por gavagem, em 24 horas. Para avaliação farmacológica, foram separados 5 camundongos por grupo. Grupo 1: teste (250 mg/Kg do aduto); Grupo 2: controle negativo (veículo); Grupo 3: controle positivo (15 mg de cloroquina); Grupo 4: controle de órgãos. Inicialmente os animais foram inoculados IP com eritrócitos infectados com P. berghei ANKA, exceto o grupo 4. Receberam tratamento durante 4 dias consecutivos, e no 5o e 7o dia após a infecção, esfregaços sanguíneos foram examinados para determinação da parasitemia. A mortalidade cumulativa foi observada até a morte de um dos animais do grupo 2. E os órgãos dos animais foram submetidos à análise histopatológica. O mecanismo de ação da CH3ISACN como antiplasmodial, foi investigado a partir de sua capacidade de inibir falcipaínas e/ou berghepaínas. Para isso foram realizados abordagem de modelagem molecular e cálculos quânticos sendo aplicado análise de docking, dinâmica molecular, cálculos QM/MM, e MFCC. Os resultados toxicológicos mostraram que a CH3ISACN não provocou alterações comportamentais e fisiológicas. Assim, os resultados obtidos não mostraram intoxicação significativa, garantindo maior segurança para seu uso. A CH3ISACN foi ativa contra o P.berghei, reduzindo a parasitemia dos animais infectados em 49,7%. Seu mecanismo de ação envolve a inibição das FP-2, FP-3, BP-1 e BP-2. A partir dos resultados já obtidos, podemos presumir que a CH3ISACN é promissora. Sendo importante a continuação de seu estudo, para alcançar a fase clínica, e assim fazer parte do arsenal terapêutico contra a malária.
  • LUIZ ANDRE DE ARAUJO SILVA
  • DESENVOLVIMENTO DE DERIVADOS TETRAHIDROISOQUINOLÍNICOS E CONSTRUÇÃO DE APARELHO DE ELETRÓLISE DE BAIXO CUSTO
  • Orientador : LUIS CEZAR RODRIGUES
  • Data: 31/01/2024
  • Hora: 09:00
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  • O desenvolvimento de metodologias sintéticas é uma área muito estudada por químicos orgânicos, encontrar novas rotas é ideal para melhorar custos e rendimentos reacionais, essas novas melhorias podem também estar relacionados a produção de ferramentas para servir de fonte de algum reagente ou procedimento. Sendo assim o objetivo desse trabalho é sintetizar derivados bisfeniltetrahidroisoquinolínicos e avaliar sua atividade antimicrobiana em cepas de bactérias e fúngicas, além de descrever a produção de um aparelho de eletrolise de baixo custo. A metodologia da pesquisa envolveu uma abordagem multifacetada, começando com a bromação da vanilina, seguida pela reação de Ullmann para a formação do éter difenílico. A pesquisa progrediu com a síntese de derivados bisfeniltetrahidroisoquinolínicos e desmetilados, utilizando técnicas avançadas de purificação e caracterização por espectroscopia de ressonância magnética nuclear. Além disso, foram realizados testes antimicrobianos significativos em várias cepas bacterianas e fúngicas, destacando a eficácia dos compostos MHTP e DiMHTP. Paralelamente, o estudo incluiu a construção de um aparelho compacto de eletrólise, crucial para a produção de hidrogênio gasoso usado na hidrogenação de acrilamidas, um passo vital na modificação de propriedades químicas e na síntese de compostos bioativos com potenciais aplicações farmacológicas. Foram exploradas três áreas principais: a síntese de derivados isoquinolínicos, ensaios antimicrobianos e a aplicação de um aparelho compacto de eletrólise. Na síntese, utilizando técnicas como a reação de Pictet-Spengler, foram desenvolvidos derivados bistetrahidroisoquinolinicos com estruturas confirmadas por espectroscopia de ressonância magnética nuclear. Nos ensaios antimicrobianos, os compostos MHTP e DiMHTP demonstraram atividade diferenciada, com o MHTP exibindo maior eficácia contra cepas fúngicas, destacando o potencial das isoquinolinas como agentes antimicrobianos. Por fim, o aparelho compacto de eletrólise provou ser crucial na produção de hidrogênio gasoso para a hidrogenação de acrilamidas, abrindo novas possibilidades para a síntese de compostos bioativos com propriedades farmacológicas melhoradas. Esta pesquisa representa um avanço significativo na farmacoquímica, oferecendo novas perspectivas para o desenvolvimento de medicamentos e tratamentos mais eficazes.
  • VANESSA MORAIS MUNIZ
  • DESENVOLVIMENTO DE FORMA FARMACÊUTICA SEMISSÓLIDA CONTENDO MICROPARTÍCULAS COM CLOREXIDINA E TIMOL
  • Orientador : FABIO CORREIA SAMPAIO
  • Data: 30/01/2024
  • Hora: 09:00
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  • Clorexidina (CLX) e timol são duas substâncias antimicrobianas exploradas especialmente na área de odontologia, com atividade contra biofilmes de várias espécies de microrganismos, como a bactéria Staphylococcus aureus. O sinergismo de ação entre os dois pode potencializar a ação farmacológica antimicrobiana final, especialmente quando atrelados ao uso de tecnologia farmacêutica, como micropartículas. O produto microparticulado contendo clorexidina e timol teve suas características otimizadas, sendo produzido pela técnica de liofilização, com auxílio de um planejamento fatorial (PF) 3², que avaliou a influência de hidroxipropilmmetilcelulose (HPMC) e polietilenoglicol 6000 (PEG 6000) na eficiência de encapsulação dos insumos farmacêuticos ativos (IFAs). De acordo com os dados estatísticos, a mudança de proporção de HPMC e/ou PEG 6000 não demonstrou influência significativa sobre os parâmetros avaliados. Um método analítico de doseamento foi desenvolvido e validado por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência com detector de arranjo de diodos (CLAE-DAD), apresentando-se linear. Os resíduos de CLX foram consideramos homocedásticos, sendo possível realizar a análise estatística por meio de regressão linear ordinária. Os resíduos de timol foram heterocedásticos, sendo necessária a utilização de uma análise estatística por regressão linear ponderada. Entre os pesos (wi) testados em cálculo, determinou-se que wi=1/x² foi o que melhor se adequou. O método mostrou-se válido por apresentar valores adequados de precisão e exatidão para ambos os analitos. A seletividade foi avaliada a partir da análise de amostras que foram submetidas a situações de estresse. Em todas as situações, foi possível observar com seletividade os picos dos dois analitos. A robustez foi avaliada através da ferramenta estatística Box-Behnken design(BBD), que também foi utilizada para otimizar o método e, através dos resultados estatísticos, permitiu o ajuste do método analítico, melhorando sua eficiência. Um teste de potência antimicrobiana foi desenvolvido e validado, também mostrando-se linear, seletivo, preciso, exato e robusto. Após validação, foi realizado o ensaio de potência do produto microparticuladocontendo clorexidina e timol em comparação com um padrão de placebo contaminado com clorexidina, apresentando uma potência de 1450,97 µg/mL, superior à do padrão de comparação. A caracterização por Difração em Raios-x (DRX) apresentou uma micropartícula com caráter amorfo. A Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) apresentou uma estrutura porosa, característica da técnica de secagem utilizada. Foi realizado um teste de estabilidade forçada, analisando-se amostras nos tempos de 30, 60 e 90 dias. As análises de doseamento por CLAE-DAD e termogravimetria (TG) mostraram que não houve formação de produtos de degradação durante os 90 dias. Foi observado um leve aumento na concentração de clorexidina e uma diminuição da concentração de timol. Uma formulação farmacêutica semissólida foi desenvolvida com gel Poloxamer 407 (P407), incorporando-se as micropartículas contendo CLX e timol, mostrando-se tecnicamente ideal para o produto e suas aplicações. Nos testes de liberação in vitro, o produto final apresentou uma adequada liberação dos ativos dentro de 360 minutos. No tempo de 60 minutos, foi possível observar que houve uma liberação superior a 85% para ambos os ativos. O produto final semissólido com micropartículas contendo clorexidina e timol se apresenta como uma possibilidade promissora em potencial para opções terapêuticas envolvendo microrganismos sensíveis aos antimicrobianos CLX e timol, especialmente na área de odontologia.
2023
Descrição
  • FABIO CORREIA LIMA NEPOMUCENO
  • INVESTIGAÇÃO DOS EFEITOS ANTIBACTERIANO, CITOTÓXICO E ANTIOXIDANTE DOS FLAVONOIDES NARINGENINA E NARINGINA
  • Data: 21/07/2023
  • Hora: 14:00
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  • As infecções bacterianas têm sido responsáveis por altos índices de mortalidade principalmente devido ao surgimento, desenvolvimento e disseminação de linhagens bacterianas multirresistentes a antimicrobianos. A busca e descoberta de novos compostos que sejam eficazes no combate a esses microrganismos tem sido alvo de muitos estudos. Os produtos naturais obtidos dos vegetais são uma excelente fonte destes compostos, tendo em vista seu amplo poder de síntese e diversidade molecular. Dentre os flavonoides conhecidos a naringenina assim como seu derivado glicosilado a naringina são bastante encontrados nos alimentos. Sendo assim o objetivo é avaliar os efeitos farmacológicos e tóxicológicos dos flavonóides naringenina e seu derivado glicosilado naringina visando ampliar as alternativas terapêuticas ou complementar as já existentes. Para tanto foram realizadas avaliações in silico utilizando os softwares Pass on line, Osiris e Mollinspiration. Em seguida foi avaliado o potencial antibacteriano sobre bactérias Gram negativas e Gram positivas oriundas de coleção de referência e de ambiente hospitalar. O efeito oxidante e antioxidante foi avaliado sobre a hemoglobina humana. A avaliação toxicológica foi realizada pela determinação da atividade hemolítica e antihemolítica em eritrócitos humanos dos tipos sanguíneos A, B e O. Na avaliação teórica in silico foi observado que a naringenina é lipofílica, apresenta baixo peso molecular, boa disponibilidade oral, não foi capaz de induzir genotoxicidade não apresenta potencial mutagênico e a dose que mata 50% (DL50) dos roedores no teste de toxicidade aguda é de 3,51 mol/Kg. A naringenina e a naringina apresentaram forte efeito antibacteriano sobre S. viridans e de S. pyogenes ATCC 19615 e o efeito foi bacteriostático. A naringenina assim como a naringina na concentração de 500 μg/mL reduziram a formação de biofilme mas não foram capazes de destruir o biofilme pré-formado. O S. viridans e o S. pyogenes ATCC 19615 foram sensíveis a azitromicina 15 μg/mL e a associação com naringenina e naringina não modificou o seu efeito. A naringenina e a naringina foram capazes de reduzir a oxidação induzida pela fenilhidrazina em 18%. O efeito hemolítico da naringenina foi baixo em todas as concentrações testadas para os tipos sanguíneos A, B e O. Entretanto o efeito hemolítico da naringina foi moderado (59,5%) para o sangue tipo O e alto (92%) para o tipo B indicando maiores efeitos sobre a membrana. A naringenina e a naringina apresentaram baixa atividade antihemolítica embora a naringina tenha protegido contra a hemólise induzida por solução hipotônonica de forma mais efetiva quando comparada com a naringenina. A narigenina e a naringina por apresentaram forte atividade antibacteriana, efeito antioxidante e baixa citotoxicidade são promissoras para o desenvolvimento de antimicrobianos.
  • ANA CAROLINE MELO DE QUEIROZ OLIVEIRA
  • Avaliação do potencial antimicobacteriano da Caulerpina e seus derivados em modelos in silico e in vitro
  • Data: 10/07/2023
  • Hora: 14:00
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  • A tuberculose humana (TB) é doença infecto-contagiosa causada principalmente pelo Mycobacterium tuberculosis (Mtb), bactéria patogênica e micro aerofílica, que afeta comumente os pulmões, sendo uma das enfermidades mais infecciosas do mundo. Devido ao surgimento de cepas bacterianas resistentes, a TB ainda é uma doença particularmente desafiadora, fato atribuído, principalmente, à baixa adesão aos protocolos de tratamento, mutações espontâneas no genoma destes microrganismos e efeitos colaterais dos fármacos. Dessa forma, esforços contínuos são necessários para descoberta e desenvolvimento de novos medicamentos anti-TB. O ambiente marinho é uma fonte valiosa de diversos produtos naturais. A diversidade química das suas moléculas forneceu a descoberta de muitos produtos inovadores, dentre eles, a caulerpina, substância majoritária da espécie Caulerpa racemosa, um alcaloide bis-indólico, com comprovada atividade biológica antioxidante, antifúngica, antiespasmódica, antinociceptiva, antiinflamatória, antiviral e leishimanicida. De acordo com o potencial farmacológico dessa molécula, estudos foram realizados para o desenvolvimento de análogos pela introdução de novos substituintes, que resultaram em diferenças químicas significativas e diferentes propriedades farmacocinéticas. O presente trabalho teve como objetivo sintetizar e avaliar o potencial antimicobacteriano da CLP e seus derivados em modelos de Mtb, através de estudos in silico e in vitro, como uma etapa inicial para o desenvolvimento de protótipos candidatos a fármacos para tratamento da TB. Logo, foram realizados estudos de modelagem molecular utilizando proteínas alvo de Mtb e como ligantes o alcalóide indólico CLP e seus análogos, com a construção de um modelo preditivo utilizando metodologias in silico, seguido do isolamento da CLP, síntese dos derivados com diferentes substituintes na função éster. Foram realizados testes in vitro para determinação da susceptibilidade de micobactérias aos compostos por meio da determinação da concentração inibitória mínima (CIM) daqueles com maior atividade em cultura de Mtb e avaliação in silico da biodisponibilidade oral e propriedades de absorção, distribuição, excreção e toxicidade (ADMET). O estudo do Docking molecular dos derivados sintéticos da CLP, das quatro proteínas analisadas (DpE1, Pantotenato sintetase, Enoil-ACP redutase e Diidrofolato redutase) demonstraram que os derivados sintéticos da CLP obtiveram energias negativas em todas as enzimas em estudo, revelando, dessa forma, que ocorreu interação com todos os alvos, destacando-se a CLP diisobutil, que demonstrou maior afinidade no alvo Pantotenato sintetase. Foi realizada a avaliação in vitro das moléculas mais promissoras, objetivando determinar a susceptibilidade de micobactérias aos compostos, constatando que o análogo CLP diisobutil apresentou os resultados mais promissores (=125 μM). Na avaliação in sílico para determinação dos parâmetros teóricos da biodisponibilidade oral, sete análogos demonstraram promissoras atividades farmacocinéticas e, com relação a avaliação da ADMET teóricos, a maioria demonstrou bons resultados.
  • MAYARA CASTRO DE MORAIS
  • Cinamidas e cinamatos sintéticos: estudo antileishmania e antimicrobiano.
  • Orientador : DAMIAO PERGENTINO DE SOUSA
  • Data: 28/04/2023
  • Hora: 08:00
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  • A gravidade das doenças infecciosas associadas à resistência dos microrganismos aos medicamentos evidencia a importância da investigação de compostos bioativos com potencial antileishmania e antimicrobiano. Portanto, neste estudo, trinta e cinco cinamidas e cinamatos sintéticos com núcleo cinamoíla foram preparados e submetidos à avaliação da atividade antileishmania e antimicrobiana contra leishmanias, fungos e bactérias patogênicas. Para determinar a concentração inibitória mínima (CIM) dos compostos, possíveis mecanismos de ação antifúngica e efeitos sinérgicos, foi utilizado o teste de microdiluição em caldo. As estruturas dos produtos sintetizados foram caracterizadas por IV, 1H-NMR, 13C-NMR e HRMS. Os resultados revelaram que o composto 32 (4-isopropilbenzilcinamamida) foi o agente antileishmania mais potente (IC50 = 33,71 μM) e com o maior índice de seletividade (IS > 42,46), seguido pelo composto 15 (cinamato de piperonila) com um IC50 = 42,80 µM e IS> 32,86. O derivado 6 (cinamato de butila) apresentou o melhor perfil antifúngico, sugerindo que a presença do substituinte butil potencializa sua resposta biológica (MIC = 626,62 μM), seguido do composto 4 (cinamato de propila) com CIM= 672,83 μM. Os compostos foram fungicidas, com MFC/MIC ≤ 4. Quanto ao mecanismo de ação, os compostos 4 e 6 interagiram diretamente com o ergosterol presente na membrana plasmática fúngica e com a parede celular. O composto 32 também apresentou o melhor perfil antibacteriano (MIC = 458,15 μM), seguido do composto 9 (cinamato de decila) (MIC= 550,96 μM). Os compostos foram bactericidas, com MBC/MIC ≤ 4. Testes de associação foram realizados usando o método Checkerboard para avaliar potenciais efeitos sinérgicos com nistatina (fungos) e amoxicilina (bactérias). Os derivados 6 e 32 apresentaram efeitos aditivos. Simulações de docking molecular sugeriram que o alvo mais provável para o composto 32 em L. infantum foi a aspartil aminopeptidase (AAP), seguida da aldeído desidrogenase, mitocondrial (ALDH2). Para o composto 6 em C. albicans eram os alvos, histona desacetilase (caHOS2 e carRPD3), enquanto o alvo mais provável do composto 32 em S. aureus era a 3-oxoacil-[acil-carrier-protein] sintase III (saFABH). Os dados obtidos mostram o potencial antileishmania e antimicrobiano desta classe de compostos e podem ser utilizados na busca de novos candidatos a fármacos
  • FERNANDA PATRICIA TORRES BARBOSA
  • AVALIAÇÃO DOS EFEITOS FARMACOLÓGICOS E TOXICOLÓGICOS DO FLAVONÓIDE HESPERITINA E DO SEU DERIVADO GLICOSILADO HESPERIDINA
  • Data: 27/02/2023
  • Hora: 14:00
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  • As flavanonas representam um pequeno grupo de compostos derivados dos flavonoides, que contém vários glicosídeos, dentre os principais, destacam-se a hesperitina (hesperetina-7-O-glicosídeo) e a hesperidina (hesperetina-7-O-rutinosideo) representando os principais constituintes ativos encontrados em frutas cítricas e que vem demonstrando diversos tipos de atividades bio-farmacológicas. O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos farmacológicos e tóxicológicos dos flavonóides hesperitina e seu derivado glicosilado hesperidina. Para tanto foram avaliadas as propriedades físico-químicas, farmacológicas, farmacocinéticas e toxicológicas teóricas, assim como a bioatividade relacionada a importantes alvos de drogas, utilizando softwares para triagem in silico. Foram determinadas a atividade hemolítica e antihemolítica sobre eritrócitos humanos dos tipos sanguíneos A, B e O, a atividade oxidante e antioxidante sobre hemoglobina humana. Na avaliação antibacteriana sobre linhagens Gram positivas e Gram negativas de importância clínica foram determinadas; a concentração inibitória mínima (CIM), a concentração bactericida mínima (CBM), a concentração inibitória mínima de aderência (CIMA), o efeito na associação com antibióticos licenciados (amoxicilina e azitromicina), assim como a influência sobre a formação de biofilme uniespécie e multiespécie. A hesperitina e a hesperidina apresentaram baixa atividade hemolítica embora a hesperidina tenha protegido contra a hemólise de forma mais efetiva quando comparada com a hesperitina. Tanto a hesperitina quanto a hesperidina não foram capazes de oxidar a hemoglobina mas apresentaram atividade antioxidante. Tanto a hesperitina quanto a hesperidina apresentaram CIM=1000 µg/mL, CBM=1100 µg/mL, CIMA=1000 µg/mL para Streptococcus viridans de origem hospitalar e Streptococcus pyogenes ATCC 19615 entretanto na associação com amoxicilina e azitromicina apresentaram efeito indiferente. A hesperitina assim como a hesperidina na concentração de 1000 µg/mL impediram a formação de biofilme uniespécie e multiespécie mas não foram capazes de destruir o biofilme pré-formado.
  • ANA LAURA DE CABRAL SOBREIRA
  • Estudo fitoquímico das espécies Sida acuta e Sida linifolia (Malvaceae) e avaliação antitumoral de nanoemulsão contendo tilirosídeo
  • Data: 27/02/2023
  • Hora: 08:00
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  • O uso de plantas medicinais desde antiguidade é a base do sistema terapêutico de várias populações. Em busca dos benefícios, foi explorado os produtos naturais da flora brasileira através do estudo fitoquímico de duas espécies da família Malvaceae, Sida acuta e Sida linifolia, realizando desta última espécie um estudo pioneiro. Além do estudo fitoquímico, uma nanoemulsão produzida com tilirosídeo disperso teve sua eficácia antitumoral avaliada. Para o isolamento dos constituintes químicos foram utilizados métodos de extração (maceração) e cromatografia (cromatografia em coluna e cromatografia em camada delgada analítica). A identificação estrutural das moléculas foi realizada através de Ressonância Magnética Nuclear 1H e 13C (1D e 2D), Espectrometria de Massas (EM) e técnicas hifenadas como Cromatografia Líquida acoplada a Espectrometria de Massas (LC-EM). O uso destas técnicas levou ao isolamento e identificação de 4 metabolitos secundários de Sida linifolia, incluindo flavonoides glicosilados e aglicona. A partir do estudo por CLAE-IES-EM/EM em ambas as espécies, foi possível identificar 19 constituintes químicos em Sida acuta e 11 compostos em Sida linifolia, os quais tiveram seus espectros de massas analisados pela m/z e seus fragmentos anotados. A nanoemulsão O/A produzida pelo método de emulsificação por inversão de fases e utilizando tilirosídeo como substância ativa, apresentou-se macroscopicamente levemente azulada, com diâmetro de gotícula de 96 ± 9,06 nm e índice de polidispersão 0,170 ± 0,01 após 60 dias, além de um pH de 6,94 ± 0,08 e potencial zeta de -10,1 ± 1,7 mV, com propriedades físico-químicas que manteve a sua estabilidade. A nanoemulsão com tilirosídeo encapsulado não apresentou uma atividade anticancerígena promissora diante das linhagens HL-60 (Leucemia promielocítica aguda), MCF-7 (Adenocarcinoma de mama) e SK-MEL-28 (Melanoma) nas concentrações de 12,5; 25; 50 e 100 μg/mL. Apesar disso, é necessário aprofundar a exploração do potencial terapêutico e da formulação desenvolvida com o tilirosídeo.
  • SONALY DE LIMA SILVA
  • COMPARAÇÃO DO POTENCIAL ANTIBACTERIANO DOS ÓLEOS ESSENCIAIS DE ORÉGANO E TOMILHO CONTRA CEPAS DE KLEBSIELLA PNEUMONIAE E INCORPORAÇÃO EM MEMBRANAS DE QUITOSANA PARA O TRATAMENTO DE LESÕES POR PRESSÃO
  • Data: 10/02/2023
  • Hora: 14:00
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  • As bactérias podem ser a causa inicial de determinadas patologias como também um agente secundário responsável pelo desenvolvimento de complicações à exemplo as infecções das lesões por pressão. E o uso exacerbado de antimicrobianos para o tratamento dessas lesões pode contribuir para a seleção de novas cepas bacterianas resistentes aos antimicrobianos tradicionais. Dessa forma, foi comparado o potencial antibacteriano do óleo essencial de orégano (OEO) com o do óleo essencial de tomilho (OET) sobre cepas de Klebsiella pneumonie, além de incorporá-los em membranas de quitosana do tipo scaffolds, para o tratamento de lesões por pressão. Para tal, foi determinada a composição química dos óleos essenciais (OEs), por meio da Cromatografia Gasosa Acoplada à Espectrometria de Massas (CG-EM), bem como a Concentração Inibitória Mínima (CIM), a Concentração Bactericida Mínima (CBM) por micro diluição em caldo Mueller Hinton, e a Concentração Mínima de Aderência (CIMA), com o uso de tubos de ensaio. Já, voltando-se para o uso combinado dos OEs com antimicrobianos, foi desenvolvido o estudo de associação, pelo método de disco de infusão. Por fim e posteriormente a realização da análise isolada e comparativa dos óleos, foram desenvolvidas membranas de quitosana, do tipo scaffolds, incorporadas com esses OEs. Seguidamente a confecção das membranas, realizou-se a análise quanto a estrutura química, física e biológica, mediante a Microscopia ótica (MO), a Espectroscopia na Região do Infravermelho por Transformada de Fourier (FTIR), a Termogravimetria (TGA), ao Grau de Intumescimento (GI) e a biodegradação enzimática. Dessa maneira, obteve-se como compostos majoritários dos OES - o carvacrol, o para cimeno e o timol. Para o OEO foi verificada uma CIM50 de 128μg/mL e CBM entre 512 μg/mL - 256 μg/m. Enquanto para o OET, foi observada uma CIM50 de 256μg/mL e CBM de 256 μg/mL para maioria das cepas testadas. Com relação a capacidade de inibição da formação de biofilme nem o OEO, como também o OET e nem o digluconato de clorexidina 0,12% foram capazes. Para o estudo de associação foi observado um sinergismo dos dois OEs com a ampicilina e com a gentamicina. No que se refere à caracterização das membranas/scaffolds, observou-se pela MO uma estrutura porosa e superfície homogênea. Enquanto no ensaio de FTIR foi possível confirmar a incorporação dos OEs na membrana de quitosana. Os resultados de TGA apontam que não houve alteração da temperatura para início das perdas de massa pelas membranas isoladas, como também, para as incorporadas com OEs. Todas as membranas apresentaram grau de intumescimento elevado. No que se refere ao ensaio de Biodegradação, observou-se que as amostras submersas em lisozima apresentaram uma maior perda de massa. Assim, conclui-se que os OEs apresentam ação antimicrobiana sobre as cepas de Klebsiella pneumoniae e quando incorporados em membranas/ scaffolds de quitosana representam uma promissora modalidade terapêutica para futuro tratamento de lesões por pressão.
  • HUMBERTO HUGO NUNES DE ANDRADE
  • Estudo não clínico do mecanismo de ação e atividade antinociceptiva e antiinflamatória do álcool cinâmico.
  • Data: 02/02/2023
  • Hora: 14:00
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  • A Dor é definida como uma experiência sensorial e emocional desagradável associada um dano real ou potencial ao tecido. O componente fisiológico da dor é chamado nocicepção, que é a detecção da lesão tecidual por transdutores especializados ligados a fibras dos nervos periféricos as quais transmitem sinais ao sistema nervoso central. No Brasil a prevalência de dor (aguda e/ou crônica) varia de 23,02 a 76,17%. O tratamento farmacológico para o controle da dor é composto, basicamente, por analgésicos periféricos, fármacos adjuvantes e analgésicos de ação central, que derivaram da fitoterapia. O uso de plantas e seus derivados com finalidades terapêuticas têm ocorrido de forma extensiva e crescente em todo o mundo. Dentre os produtos de origem natural, destacam-se os óleos essenciais, que são misturas de produtos químicos voláteis extraídos de plantas. Os principais constituintes químicos existentes nos óleos essenciais são os monoterpenos e fenilpropanoides. O álcool cinâmico (AC) é um fenilpropanoide encontrado na casca de Cinnamomum verum J.Presl (canela). No presente estudo foi avaliado o efeito antinociceptivo do AC em modelos de nocicepção in vivo e por meio de estudos in sílico e o possível envolvimento das vias do glutamato, oxido nítrico e TRPV1. Métodos: inicialmente, camundongos Swiss machos (Mus musculus) foram tratados intraperitonealmente com AC nas doses de 6,25 mg/kg, 12,5 mg/kg e 25 mg/kg. Resultados: O AC não causou comprometimento motor nos animais no teste do rota rod. Quanto ao efeito antinociceptivo e anti-inflamatório, o AC inibiu as contorções abdominais induzido por ácido acético, em todas as doses testadas, bem como o comportamento nociceptivo induzido por formalina, na primeira fase (neurogênica) e na segunda fase (inflamatória). O AC apresentou uma boa interação com a enzima celecoxibe2 (COX2) no estudo de docking molecular. O AC apresentou atividade antinociceptiva no teste do glutamato, corroborando com o resultado in sílico, onde houve interação do AC com o receptor glutamatérgico NMDA, também foi eficaz em atenuar a nocicepção térmica, no teste da placa quente e inibir a nocicepção no teste da capsaicina, sugerindo uma participação do canal TRPV1. O AC também foi capaz de reduzir a expressão de óxido nítrico (método de Griess). Conclusão: O AC apresenta efeitos antinociceptivos e anti-inflamatórios. Os efeitos antinociceptivos estão associados à antagonização dos receptores NMDA, TRPV1 e diminuição do óxido nítrico, o efeito anti-inflamatório está associado a antagonização da COX2.
2022
Descrição
  • SARAGHINA MARIA DONATO DA CUNHA
  • BIOPROSPECÇÃO DA ATIVIDADE ANTIGÚNGICA E CITOXICIDADE DO ÓLEO ESSENCIAL DE PATCHOULI( POGOSTEMON CABLIN BENTH)
  • Data: 28/10/2022
  • Hora: 14:00
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  • A incidência de infecções causadas por Candida tem aumentado em todo o mundo e essas cepas estão se tornando resistentes aos seus respectivos medicamentos. Sendo necessário a busca de novos fármacos com maior eficácia e segurança e nesta lógica, destaca-se os óleos essenciais (OEs), que são uma mistura complexa de compostos voláteis e apresentam várias atividades biológicas relevantes, porém há poucos estudos sobre os potenciais efeitos benéficos e/ou adversos. Neste sentindo o objetivo desse estudo foi avaliar as atividades antifúngica e citotóxica do óleo essencial de Patchouli (Pogostemon cablin Benth). Na avaliação da atividade antifúngica utilizou-se diferentes cepas do gênero Candida e foi determinada à Concentração Inibitória Mínima (CIM) e fungicida mínima (CFM), por técnica de microdiluição. A interferência do OE na parede celular e o potencial de ruptura do mesmo, foi feita através CIM na presença do sorbitol, e a interferência na membrana celular, foi realizada através CIM com ergosterol. Como também, foi avaliado a interferência do OE sobre a resistência ao antifúngico padrão, na ausência e na presença do OE em concentrações sub-inibitórias. Para estudos da atividade citotóxica utilizou-se hemácias humanas referentes aos tipos sanguíneos A, B e O e avaliou-se a atividade hemolítica e anti-hemolítica. As análises revelaram que o OE apresentou uma excelente atividade antifúngica frente as cepas clínicas de C. parapsilosis e C. albicans com uma CIM e CFM entre 4 e 16 μg/mL, sendo esse efeito de natureza fungicida. Seu mecanismo de ação não envolve efeito sobre a parede celular bem como na membrana plasmática. Promoveu um efeito sinérgico ao ser associado a anfotericina B. O efeito sob as hemácias revelou baixo percentual de hemólise para eritrócitos do sistema ABO na concentração de 50 a 100 μg/mL. Além disso, demonstra moderado efeito anti-hemolítico nas concentrações de 500 a 1000 μg/mL para os tipos sanguíneos B e O. Considerando os resultados obtidos no estudo in vitro de citotoxicidade e a atividade farmacológica, percebe-se que OE de Patchouli torna-se um possível candidato promissor para utilização de suas propriedades bioativas em fitoterápicos, porém são necessários estudos auxiliares como toxicidade in vivo e farmacológico para melhor elucidar os mecanismos de ação deste composto.
  • ALESON PEREIRA DE SOUSA
  • Avaliação da toxicidade e determinação das atividades biológicas dos flavonóides vitexina, tilirosídeo e 5,7-dihidroxi-3,8,4'-trimetoxi: estudos in silico, in vitro e ex-vivo
  • Data: 17/08/2022
  • Hora: 14:00
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  • As terapias alternativas, que utilizam plantas medicinais e fitoterápicos, são bastante comuns no Brasil. Dentre as várias espécies vegetais brasileiras utilizadas em tais terapias destacam-se as espécies da família Malvaceae. O presente estudo teve como objetivo investigar a biodisponibilidade, toxicidade e determinação do potencial antibacteriano e genotóxico dos flavonoides vitexina, tilirosideo e 5,7-dihidroxi-3,8,4'-trimetoxi (Pg-1), isolados de espécies da família Malvaceae, a partir de estudos in silico, in vitro e ex vivo. As estruturas químicas e as propriedades bioativas previstas foram analisadas in silico através de softwares. Os ensaios in vitro e ex-vivo que utilizaram amostras humanas foram realizados de acordo com o Código de Ética da Associação Médica Mundial e foram aprovados por Comitê de Ética competente (protocolo número: 3.621.284). A análise in silico das estruturas químicas das moléculas e das propriedades bioativas previstas demonstra que a vitexina e o Pg-1 apresentam estabilidade entre suas propriedades hidrossolúveis e lipossolúveis, caracteziando-as como fármacos que possuem biodisponibilidade oral e boa absorção. O tilirosideo possui um perfil mais lipossolúvel, o que permite maior permeabilidade nas membranas biológicas. Os testes de toxicidade in silico revelaram a potencial eficácia destas moléculas na proteção celular contra os radicais livres, além de possíveis atividades biológicas: antimutagênica, anticarcinogênica, antioxidante, antineoplásica, anti-inflamatória, anti-hemorrágica e agonista da apoptose. As avaliações citotóxics in vitro e genotóxicas ex-vivo detectaram baixas taxas de hemólise nas hemácias humanas e reduzida toxicidade celular contra as células da mucosa oral. A atividade citotóxica sugere o uso seguro das concentrações das substâncias avaliadas (500- 1000 μg/mL) e demonstra diferentes formas de interação das moléculas com os tipos célulares analisados. A CIM evidenciou forte efeito dos flavonoides vitexina, tilirosídeo e Pg-1 frente à K. pneumoniae, E. coli e E. fecalis. A CBM revelou que a vitexina possui efeito bacteriostático para cepas de K. pneumoniae e E. Fecalis; o tilirosideo apresentou efeito bactericida contra cepa de K. Pneumoniae; o Pg-1 foi considerado bactericida para as cepas de E. fecalis e E. coli, e bacterioestático na cepa de K. Pneumoniae. Os dados demonstram que a vitexina, o tilirosideo e o Pg-1 são moléculas seguras para possíveis aplicações terapêuticas e seu perfil de toxicidade indica viabilidade para estudos futuros.
  • HUMBERTO DE CARVALHO ARAGÃO NETO
  • INVESTIGAÇÃO DAS ATIVIDADES ANTINOCICEPTIVA E ANTI-INFLAMATÓRIA DO ÁCIDO 3-CUMARINO CARBOXÍLICO
  • Data: 15/07/2022
  • Hora: 09:00
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  • A dor é uma experiência sensorial e emocional desagradável associada a dano real ou potencial, ou descrita em termos de tal dano. Estimativas sugerem que 20% dos adultos sofrem de algum tipo de dor em todo o mundo. A terapia da dor é atualmente um dos desafios da medicina moderna. Os distúrbios da dor orofacial são frequentes na população geral e seu tratamento farmacológico é difícil e controverso. O uso terapêutico de anti-inflamatórios não esteroidais como analgésicos está associado a um amplo espectro de efeitos adversos, incluindo lesões gastrointestinais, eventos cardiovasculares e toxicidade renal. Nesse contexto, as cumarinas compreendem uma importante classe de compostos fenólicos, exibindo diversos efeitos farmacológicos. Suas aplicações terapêuticas dependem da estrutura química central e dos padrões de substituição no anel aromático destes compostos. As cumarinas simples representam a principal subclasse com propriedades anti-inflamatórias. Estudos demonstram que a inserção de grupos funcionais no carbono 3 do esqueleto básico cumarínico resulta em agentes farmacológicos com potente efeito anti- inflamatório. Nesse contexto, o ácido 3-cumarínico carboxílico (A3CC) é um derivado substituído das cumarinas simples, cujos efeitos em modelos de dor e inflamação ainda não foram explorados. O presente estudo se propôs a investigar pela primeira vez os efeitos antinociceptivo e anti-inflamatório do A3CC utilizando abordagens in silico, in vitro e in vivo. Os softwares PASS, Molinspiration, Volsurf+, OSIRIS DataWarrior e MetaSite 6 foram utilizados para estabelecer dados sobre espectro de atividade, biodisponibilidade, toxicidade, permeabilidade hematoencefálica, e perfil metabólico. O efeito sob eritrócitos humanos foi investigado através de ensaios de hemólise e fragilidade osmótica. A atividade antinociceptiva foi avaliada nos modelos de contorções abdominais induzidas por ácido acético, glutamato e formalina orofaciais, e este último foi utilizado na investigação da participação da via opioide e de canais K+ ATP. A atividade anti-inflamatória foi analisada através do modelo de edema de pata induzido por carragenina e confirmada por estudos de docking molecular com a enzima cicloxigenase (COX). O A3CC demonstrou possuir viabilidade na circulação sanguínea ao exibir baixo percentual de hemólise frente a eritrócitos humanos, além de ser capaz de proteger a membrana eritrocitária no teste de fragilidade osmótica (p<0,001). Ele também exibiu propriedades analgésicas, inibindo significativamente o comportamento nociceptivo nos testes de nocicepção orofacial induzida por formalina (p<0,001) e glutamato (p<0,001), bem como no teste de contorções abdominais induzidas por ácido acético (p<0,0001). O A3CC demonstrou exercer seu efeito perifericamente, ao exibir propriedades anti- inflamatórias de redução do edema de pata induzido por carragenina (p<0,05). Esse efeito foi confirmado pelo docking molecular, e pode estar relacionado com a inibição da COX-2 por interações com os resíduos de Tyr385 e Ser530.
  • LUIZA TOSCANO DE ALMEIDA
  • AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE NÃO-CLÍNICA E OFTALMOLÓGICA DE WALTHERIA VISCOSISSIMA A. St. Hil. – MALVACEAE EM MAMÍFEROS
  • Orientador : MARGARETH DE FATIMA FORMIGA MELO DINIZ
  • Data: 03/06/2022
  • Hora: 14:00
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  • Dentre as várias espécies vegetais utilizadas na cura de males destacam-se, tanto do ponto de vista fitoquímico quanto pelo seu uso na medicina popular, aquelas pertencentes à família Malvaceae. A espécie Waltheria viscosíssima A.St. Hil. possui relatos quanto a sua utilização na medicina popular como expectorante, antitussigena e antihipertensiva, emoliente, maturativa de tumores, além de limpar velhas úlceras. A sua ampla utilização na medicina popular justifica os estudos de toxicidade que garantam a segurança de seu uso. Neste sentido realizamos uma avaliação toxicológica não clínica e estudo da irritabilidade ocular do extrato etanólico bruto das partes aéreas de Waltheria viscosissima A.St. Hil, com base no “Guia para a condução de estudos não clínicos de toxicologia e segurança farmacológica” necessária ao desenvolvimento de medicamentos e nas OECDs 423 e 407. Para avaliação toxicológica aguda, foram utilizados ratos Wistar fêmeas e utilizada a dose única de 2000 mg/kg por via oral. Após o tratamento, foram observados durante 14 dias os seguintes parâmetros: os efeitos comportamentais durante 240 minutos; consumo de água e ração diariamente; evolução ponderal semanalmente. Todos os animais sobreviveram e foram sacrificados para análise dos parâmetros bioquímicos, hematológicos, avaliação macroscópica dos órgãos e exames histopatológicos nos órgãos alterados. No estudo toxicológico de subcrônico foram administradas doses fracionadas do extrato etanólico bruto das partes aéreas de Waltheria viscosissima A.St. Hil. durante 28 dias em ratos machos e fêmeas, sendo avaliados os seguintes parâmetros: glicemia, consumo de água e ração, peso corporal, atividade exploratória dos animais, parâmetros hematológicos, bioquímicos e exames histopatológicos dos órgãos dos ratos em estudo. A metodologia utilizada para avaliar o teste de irritabilidade ocular dose simples do extrato etanólico bruto das partes aéreas de Waltheria viscosissima A.St. Hil., foi baseada no trabalho desenvolvido por Draize e colaboradores (1944), com algumas modificações baseadas no Guia para a condução de estudos não clínicos de toxicologia e segurança farmacológica necessários ao desenvolvimento de medicamentos (BRASIL, 2013). Pelo método de classes, o extrato etanólico das partes aéreas de Waltheria viscosissima A.St. Hil. se enquadra na Classe 5 (substância com DL50 superior a 2000 mg/kg e menor que 5000 mg/kg), sendo considerada de baixa toxicidade. Em relação à irritabilidade ocular, o extrato a 9% pode ser considerado não irritante.
  • CAROLINE UCHÔA SOUZA CARVALHO
  • Desenvolvimento e avaliação antimicrobiana de solução para incorporação em fio de sutura cirúrgico a base de óleo essencial de Lippia sidoides Cham. associado à antimicrobianos
  • Data: 29/04/2022
  • Hora: 14:00
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  • Infecções bacterianas consistem em um problema de saúde pública mundial, as chamadas Infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS), transcendem o ambiente hospitalar, ocorrendo em qualquer lugar onde sejam dispensados atendimentos à saúde dos pacientes. Dentre as IRAS temos as infecções de Sítio Cirúrgico (ISC), caracterizadas pela infestação microbiana em feridas provenientes de procedimentos cirúrgicos, sendo os micro- organismos envolvidos originários da pele, microbiota ambiental ou até das mãos dos profissionais de saúde. O procedimento de sutura tem como finalidade reparar tecidos e impedir que patógenos possam contaminar o local, no entanto, o material de sutura funciona como um corpo estranho podendo potencializar a infecção, dependendo do material utilizado para o procedimento e da problemática da adesão bacteriana tanto no material de sutura, quanto no tecido lesado. Para diminuir infecções são utilizados fármacos antimicrobianos, o que leva ao problema de resistência dos microrganismos frente aos antimicrobianos utilizados na terapia. O fio de sutura de Poliglactina revestido com o antiséptico triclosano tem a propriedade de reduzir a virulência em sítio cirúrgico, indicando que revestimentos antibacterianos são uma ferramenta valiosa para reduzir índices de infecções em feridas. Na busca por maior eficácia na terapia surge o conceito de sinergismo antimicrobiano, onde a combinação de dois compostos possui uma atividade potencializada, a interação sinérgica entre óleos essenciais e antimicrobianos comprovou sua eficiência em reduzir o crescimento bacteriano. Em vista desta ferramenta, o seguinte trabalho associou o óleo essencial da planta Lippia Sidoides Cham. com os antimicrobianos ciprofloxacino e ampicilina, obtendo concentrações sinérgicas a partir das quais foi desenvolvido um novo revestimento antimicrobiano para fios de sutura de Poliglactina. As associações do óleo com os respectivos antimicrobianos foram sinérgicas, e quando testadas em associação demonstraram inibir o crescimento bacteriano e também reduzir a formação de biofilme bacteriano. As concentrações sinérgicas foram utilizadas para produzir uma solução que foi incorporada ao fio de sutura de poliglactina. O fio incorporado com as associações antimicrobianas foi testado quanto ao crescimento de biofilme bacteriano, apresentando resultados positivos com redução do crescimento microbiano, quando comparado com o Vicryl Plus®, demonstrando ser uma alternativa futura para um novo produto para saúde com propriedades antimicrobianas otimizando o procedimento de suturar, consequentemente reduzindo os índices de Infecções de Sítio Cirúrgico (ISCs).
  • SUSIANY PEREIRA LOPES
  • Derivados p-Cumaratos Sintéticos: Estudo Antiparasitário, Antimicrobiano, Anti-enzimático e in silico.
  • Data: 30/03/2022
  • Hora: 13:30
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  • O ácido p-cumárico é um composto fenólico natural que tem gerado interesse como material de partida para o desenvolvimento de novos candidatos a fármacos devido aos seus efeitos farmacológicos. Portanto, no presente estudo os derivados p- cumaratos foram preparados e submetidos a uma triagem em diversos modelos experimentais para investigar a potencial atividade tripanocida frente ao Trypanosoma cruzi, atividade leishmanicida contra a Leishmania braziliensis e antiplasmódica em Plasmodium falciparum . Em adição, avaliou-se a atividade inibitória em enzimas AChE e BChE utilizando o método de espectrofotométrico e a ação antifúngica via determinação do CIM e da CFM, bem como os mecanismos de ação dos derivados. Dentre os vinte e três derivados, obtidos via reações de esterificação de Fisher, reação de Mitsunobu e susbtituição nucleofílica SN2 com haleto de alquila e arila, oito são compostos inéditos na literatura, identificados por métodos espectroscópicos de infravermelho e ressonância magnética de 1H e 13C como também por espectroscopia de massa de alta resolução. Destes, o p-cumarato de pentila (7) (5,16 ± 1,28 μM; 61,63 ± 28,59 μM) apresentou a melhor atividade tripanocida contra as formas epimastigota e tripomastigota, respectivamente. A análise por citometria de fluxo revelou um aumento na porcentagem de células marcadas com 7-AAD, um aumento nas espécies reativas de oxigênio e uma perda do potencial da membrana mitocondrial, indicando morte celular por necrose. Esse mecanismo foi confirmado por microscopia eletrônica de varredura, observando a perda de integridade celular. Os dados do docking molecular indicaram que o composto 7 atua potencialmente através de dois mecanismos de ação, seja por ligações com aldo-ceto redutase (AKR) ou via cruzaína (CZ), que é uma das principais enzimas de desenvolvimento do Trypanosoma cruzi. Os resultados indicam que as interações de van der Waals entre ligante e receptores favorecem interações hidrofóbicas com as partes fenólicas e alifáticas do ligante. Em adição, o p-cumarato de hexila (9) (4,14 + 0,55 μg/mL; IS=2,72) apresentou a melhor atividade leishmanicida frente a forma Leishmania braziliensis amastigotas. Os resultados do docking molecular do composto 9 indica que o ALDH, MPK4 e TOP2 são alvos potencialmente promissores para orientar futuras investigações sobre os possíveis mecanismos de ação. Dentre os compostos analisados contra o Plasmodium falciparum, o p-cumarato de metila (1) (64,59 + 2,89 μg/mL; IS= 0,1) apresentou uma atividade razoável frente aos demais derivados. Com relação a atividade inibitória frente a butirilcolinesterase, três derivados apresentaram bioatividade: o p-cumarato de 4-clorobenzila (14) (75,17 ± 1,81; IC50=19,08 ± 0,70 μM), o p-cumarato de 4-bromobenzila (15) (76,09 ± 2,16; IC50=22,22 ± 1,50 μM) e o p-cumarato de naftaleno (19) (65,39 ± 3,88; IC50=22,69 ± 2,15 μM). Na avaliação da atividade antifúngica, os compostos 9 (62,90; 31,45 e 125,85 μM) e 14 (27,05; 54,09 e 54,09 μM) foram bioativos contra as espécies de Candida. Portanto, no presente estudo demostra que os derivados do ácido p-cumárico são compostos promissores para a pesquisa de novos candidatos a fármacos frente a diversas patologias.
  • CLAUDENISE CALDAS DA SILVA DANTAS VIEGAS
  • ATIVIDADE ANTINOCICEPTIVA, ANTI-INFLAMATÓRIA E ANTIOXIDANTE DO EXTRATO ETANÓLICO BRUTO E FRAÇÃO ALCALÓIDE DA Waltheria viscosissima A. St. Hil - Malvaceae
  • Data: 18/03/2022
  • Hora: 14:00
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  • A Waltheria viscosissima A. St.-Hil (Malvaceae) também conhecida como ‘Malva branca’, foi relatada etnofarmacologicamente por ter propriedades antinociceptivas e anti-inflamatórias. O objetivo do presente estudo é elucidar a atividade antinociceptiva, anti-inflamatória e antioxidante do extrato etanólico bruto (EEBWa.v) e da fração alcalóide (FAWa.v) das partes aéreas da W. viscosíssima em camundongos Swiss. Inicialmente foi realizado o teste de toxidade aguda do EEBWa.v e FAWa.v na dose de 2000 mg/kg, intraperitoneal (i.p.), e a triagem comportamental através do teste de Rota Rod com EEBWa.v e FAWa.v (50, 100 e 200 mg/kg, i.p.), diazepam (4 mg/kg, i.p.). O EEBWa.v e FAWa.v (50, 100 e 200 mg/kg, i.p.), morfina (10 mg/kg, i.p.) e controle (tratado com solução salina) foram usados em testes in vivo de nocicepção química induzida por ácido acético (0,6%; 10 mg/kg) e formalina (2,5 %). A inflamação aguda foi avaliada pelo modelo de edema de pata induzido por prostaglandina e a nível peritoneal, por carragenina (1%), em testes in vivo, cujos grupos foram o controle (tratado com solução salina) e os grupos tratados com EEBWa.v (100 mg/kg, i.p.), FAWa.v (100 mg/kg, i.p.) e padrão indometacina (10 mg/kg, i.p.) ou dexametasona (2 mg/kg, i.p.). Após o procedimento de peritonite induzido por carragenina, os animais foram eutanasiados e o líquido peritoneal coletado para avaliação da migração celular e balanço redox (malondialdeído - MDA e Capacidade Antioxidante Total - CAOT). O mecanismo de ação foi avaliado pelo teste de formalina com cafeína (10 mg/kg, i.p.), naloxona (5 mg/kg, i.p.) e glibenclamida (10 mg/kg, i.p.). A morfina, EEBWa.v (50 e 100 mg/kg, i.p) e FAWa.v (100 mg/kg, i.p.) reduziram significativamente o número de contorções abdominais quando comparados ao grupo controle, e a FAWa.v (100 mg/kg, i.p.) foi superior a FAWa.v (200 mg/kg, i.p). No modelo de nocicepção induzida por formalina, na fase neurogênica o EEBWa.v (50 e 200 mg/kg, i.p.) reduziu significativamente o número de lambidas de pata. Na fase inflamatória a atividade da FAWa.v (100 mg/kg, i.p.) foi superior ao EEBWa.v (200 mg/kg, i.p.). EEBWa.v e FAWa.v (100 mg/kg, i.p) mostraram-se significativos para os próximos experimentos. Ambas as amostras apresentaram redução no edema de pata e na migração celular, assim como os tratados com indometacina e dexametasona, em animais com inflamação induzida por prostaglandina e carragenina, quando comparadas ao grupo controle. O balanço redox (CAOT e MDA) revelou que apenas EEBWa.v (100 mg/kg, i.p) apresentou maior potencial antioxidante do que o grupo não tratado e o grupo dexametasona, p <0,005 e p <0,001, respectivamente. FAWa.v (100 mg/kg, i.p) não apresentou atividade antioxidante superior ao EEBWa.v. Também foi detectado que EEBWa.v e FAWa.v (100 mg/kg, i.p) não inibiram a peroxidação lipídica e apresentam possível mecanismo de ação antinociceptivo pelos receptores opioides e canais de K + ATP. A W. viscosissima estimula o controle da dor, que pode ser mediado por ação central e periférica. Esses compostos bioativos mostraram-se promissores e com efeito bioativo estatisticamente semelhante ao da morfina, indometacina e dexametasona, medicamentos padrões no mercado, mas com a vantagem da atividade antioxidante.
  • LARISSA RODRIGUES BERNARDO
  • AVALIAÇÃO DO MECANISMO DE AÇÃO DA MILONINA NO MODELO MURINO DE LESÃO PULMONAR AGUDA E SEU ESTUDO FARMACOCINÉTICO IN SILICO.
  • Data: 16/02/2022
  • Hora: 09:00
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  • A lesão pulmonar aguda (LPA) é uma patologia de origem inflamatória com infiltrado de neutrófilos, lesão da barreira alvéolo-capilar, produção de citocinas levando a insuficiência respiratória aguda. A complexidade dos eventos fisiológico/imunológico, dificulta o desenvolvimento de uma farmacoterapia efetiva. Assim, estratégias terapêuticas que promovam a resolução da inflamação vêm sendo desenvolvidas, tendo os produtos naturais como fontes de novas moléculas anti-inflamatórias. Nesse contexto, o objetivo desse estudo foi avaliar o potencial anti-inflamatório da milonina, alcaloide morfinâmico de Cissampelos sympodialis Eichl (Menispermaceae) no modelo murino a LPA. Para tal, camundongos BALB/c foram desafiados com lipopolissacarídeo (LPS) e tratados com milonina (2,0 mg/kg). Vinte e quatro horas após o desafio, os animais foram eutanasiados, e o lavado broncoalveolar (BAL), sangue e pulmões foram coletados para as análises celulares e moleculares. Para a predição de alvos moleculares e perfil farmacocinético, foi realizado estudos in silico. O tratamento com a milonina inibiu a migração de células inflamatórias para o pulmão, principalmente de neutrófilos, reduziu o exsudato proteico, edema pulmonar, e as citocinas, IL-1β, IL-6 e TNF-α no BAL, entretanto, apenas a IL-6 foi reduzida a nível sistêmico. As alterações histológicas foram atenuadas com o tratamento com a milonina, com redução de leucócitos e manutenção da arquitetura bronquicoalveolar, confirmadas por dados morfométricos. O efeito anti-inflamatório da milonina está associado à inibição da kinase B (ou Akt) e do fator nuclear κB (NFκB). Estudos in silico de docking molecular mostraram que o alcaloide apresentou energia de ligação de -43.96 kcal/mol e formou interações hidrofóbicas com os aminoácidos Ile124 e Phe126 no receptor MD-2 associado ao receptor Toll Like-4. O alcaloide apresentou um promissor perfil ADMET (absorção, distribuição, metabolismo, excreção e toxicidade) relacionado aos parâmetros farmacocinéticos de segurança e boa disponibilidade. Portanto, a milonina apresentou efeito imunomodulador no processo inflamatório da lesão pulmonar aguda associado a fatores reguladores dos genes de citocinas inflamatórias, bem como uma farmacocinética com boa segurança e disponibilidade colocando-a como uma potencial molécula para o tratamento da inflamação pulmonar.
  • DAVIDSON BARBOSA ASSIS
  • AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIOXIDANTE E DOS MECANISMOS ENVOLVIDOS NO EFEITO ANTINOCICEPTIVO E ANTI-INFLAMATÓRIO DO 2-ALILFENOL.
  • Data: 04/02/2022
  • Hora: 08:00
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  • ASSIS, D.B. Avaliação da atividade antioxidante e dos mecanismos envolvidos no efeito antinociceptivo e anti-inflamatório do 2-alilfenol. 2021. 106p. Tese (Pós-graduação em Desenvolvimento e Inovação Tecnológica em Medicamentos) – UFPB / CCS, João Pessoa. O 2-alilfenol (2-AF) é um fenilpropanóide amplamente comercializado na China sob o nome de Yinguo. Extraído do exosperma da fruta Ginkgo biloba, o 2-AF apresenta atividade antibacteriana, antitumoral, antifúngica e antinociceptiva já relatadas. Entretanto é necessário elucidar com mais detalhes o mecanismo pelo qual o 2-AF promove seu efeito antinociceptivo, por isso este estudo tem o intuito de avaliar uma possível atividade antioxidante e anti-inflamatória exercida pelo 2-AF em camundongos, avaliando os mecanismos envolvidos nestes efeitos. A administração de 2-AF foi realizada nas doses de 50, 75 e 100 mg/kg (i.p.) sempre trinta minutos antes da realização dos testes farmacológicos. Os experimentos iniciaram com a investigação do mecanismo antinociceptivo do 2-AF. Para estudar a participação dos sistemas nitroxidérgico, GABAérgico e dopaminérgico administrou-se respectivamente L-NNA, flumazenil e sulpirida quinze minutos antes do tratamento com o 2-AF no teste das contorções abdominais induzidas pelo ácido acético. No intuito de aumentar as evidências da atuação do 2-AF na via adenosinérgica, anteriormente relatada, foi realizado um estudo de docking molecular. O teste da peritonite induzida por carragenina foi utilizado para avaliar o efeito anti-inflamatório do 2-AF através da avaliação da migração celular e dos níveis das citocinas pró-inflamatórias TNF-α e IL-1β no líquido peritoneal. Por fim, a atividade antioxidante do 2-alilfenol foi determinada pelos testes da capacidade antioxidante total, atividade sequestradora de DPPH, teste da atividade sequestradora do radical hidroxila, teste da atividade sequestradora de superóxido. O tratamento com o L-NNA, flumazenil e sulpirida não reverteram o efeito antinociceptivo do 2-AF, descartando a participação dos sistemas nitroxidérgico, GABAérgico e dopaminérgico no efeito antinociceptivo. Os estudos de docking confirmaram afinidade entre o 2-AF e o receptor A2a, essa interação pode estar relacionada à redução da produção de citocinas pró-inflamatórias. Nos testes anti-inflamatórios, o 2-AF inibiu a migração de leucócitos via redução dos níveis de TNF-α e IL-1β no teste da peritonite. Apresentou uma alta capacidade antioxidante total sendo esta atividade proporcionada através do sequestro de radicais superóxido, demonstrando que sua atividade antioxidante também pode estar auxiliando no efeito anti-inflamatório e antinociceptivo. Diante dos resultados, torna-se evidente o potencial clínico do 2-AF para o tratamento da dor e inflamação.
2021
Descrição
  • ALINE KELY FELICIO DE SOUSA SANTOS
  • AVALIAÇÃO COMPARATIVA DA ATIVIDADE ANTINOCICEPTIVA E MECANISMO DE AÇÃO DECORRENTE DA ADMINISTRAÇÃO DE 3,4,5-TRIMETOXICINAMATO DE METILA (MTMCA) E 3,4,5-TRIMETOXICINAMATO DE BUTILA (B-TMCA) EM CAMUNDONGOS
  • Data: 29/11/2021
  • Hora: 09:00
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  • Os produtos naturais tem sido foco de grandes estudos farmacológicos nas últimas décadas. Os fenilpropanoides, abundantes nas plantas aromáticas vem ganhado destaque por suas diversas atividades farmacológicas, com destaque para os derivados do ácido cinâmico. O ácido 3,4,5- trimetóxi-cinâmico (TMCA), um derivado cinâmico com propriedades farmacológicas bem definidas na literatura, como sedativas, anticonvulsivantes e imunomoduladoras. 3,4,5- trimetoxicinamato de metila (M-TMCA) e 3,4,5-trimetoxicinamato de butila (B-TMCA) são dois análogos do TMCA. Diante da escassez de pesquisas sobre a atividade farmacológica desses dois análogos, surgiu o interesse em pesquisar a atividade antinociceptiva que incentivou à realização deste trabalho. Sendo assim, o objetivo do presente foi avaliar os efeitos centrais decorrentes da administração intraperitoneal de M-TMCA e B-TMCA em modelos de nocicepção utilizando camundongo machos (Mus musculus – Swiss), bem como propor o mecanismo pelo qual eles atuam como drogas antinociceptivas utilizando estudos in vivo e in sílico. Os experimentos iniciaram, a partir da determinação da DL50, na qual esta foi estimada em 500 mg/kg. Em seguida, a triagem farmacológica foi realizada, na qual foi observado um perfil depressor para ambas as drogas testadas, devido a ambulação diminuída, analgesia, reflexo do endireitamento e resposta ao toque diminuídos apresentados pelos animais tratados. O pré-tratamento com M-TMCA e B-TMCA, nas doses de 50, 75 e 100 mg/kg, não alterou a coordenação motora no teste de rota-rod, excluindo um efeito miorrelaxantes. Em seguida foram utilizadas metodologia para determinar a atividade antinociceptiva do M-TMCA e BTMCA. No teste das contorções abdominais induzidas pelo ácido acético, M-TMCA e BTMCA reduziram o número de contorções, quando comparados ao grupo controle, contudo quando as doses foram comparadas entre si, o B-TMCA na dose de 75 mg/kg foi mais efetivo. O teste da formalina foi realizado, utilizando as mesmas doses, e foi observado que apenas o B-TMCA conseguiu reduzir o tempo de lambida na fase neurogênica (0-5 min) do teste, contudo, ambas as substâncias foram efetivas na fase inflamatória (15-30 min). Sendo assim, o B-TMCA, na dose de 75 mg/kg foi escolhido para dar prosseguimento aos estudos. Na tentativa de propor os possíveis mecanismos de ação pelo qual o B-TMCA exerce sua atividade antinociceptiva foram realizadas análises in sílico, feitas através do docking consenso e simulações de dinâmica molecular, que demonstraram que o B-TMCA atua através de interações com a enzima COX-2 e receptores A1 e NMDA. Na tentativa de comprovar se o BTMCA atua sobre o receptor adenosinérgico, administrou-se a cafeína (antagonista não seletivo) na dose de 10 mg/kg i.p., 15 minutos antes da administração de B-TMCA, e deu-se prosseguimento ao teste da formalina. A cafeína foi capaz de reverter o efeito antinociceptivo do B-TMCA, indicando um possível envolvimento na modulação da transmissão nocicepiva através do sistema adenosinérgico. O sistema glutamatérgico também foi estudado através da administração de MK-801 (0,15 mg/kg i.p.), antagonista não-competitivo dos receptores NMDA, seguindo o protocolo do teste do glutamato, no qual após a administração de 20 μL de uma solução de glutamato (30 μmol/pata) via intraplantar o tempo foi contabilizado por 15 minutos. O B-TMCA foi capaz de reduzir o tempo de lambida da pata bem como o MK-801, sugerindo assim uma possível interação com o sistema glutamatérgico na redução da nocicepção.
  • WILMA RIBEIRO COUTINHO DE ALMEIDA GUEDES PIRES
  • "AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE NÃO-CLÍNICA DO SUCO, DA GELÉIA E DO IOGURTE DE P. gounellei. "
  • Data: 21/09/2021
  • Hora: 14:30
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  • A espécie Pilosocereus gounellei pertencente à família Cactaceae, tem sido usada popularmente por seus efeitos anti inflamatório, anti ulceroso e anti hiperglicêmico. A sua ampla utilização na medicina popular justifica a realização dos estudos de toxicidade que garantam a segurança de seu uso. Neste sentido o objetivo deste trabalho é realizar uma avaliação toxicológica não clínica de três produtos derivados do P.gounellei, com base no Guia para a condução de estudos não clínicos de toxicologia e segurança farmacológica e nas OECDS 407 e 423. No ensaio toxicológico agudo, foram testados o suco, o iogurte e a geléia do P. gounellei. Para tanto, foram utilizadas 36 ratos Wistar fêmeas que receberam 2000mg/kg, via oral, dose única, de cada substância e foram mantidas em observação por 14 dias. No ensaio de toxicidade subcrônico foi utilizado apenas o suco do P. gounellei, administrado por via oral (gavagem), diariamente, durante o período de 28 dias, em concentrações pré definidas (5mlkg; 7,5ml/kg;10 ml/kg). Durante os períodos de observação os animais foram avaliados com relação ao consumo de água, ração e evolução ponderal. Posteriormente, foi realizado a eutanásia e autopsia dos ratos. Foram avaliados parâmetros hematológicos, bioquímicos, e realizado exame anatomopatológico e histopatológico. No ensaio de toxicidade aguda todos os animais apresentaram diminuição de peso, sem contudo ocorrer alteração no consumo de ração. Nos grupos do suco e geléia houve diminuição no consumo de água. No grupo do suco verificou-se diminuição de uréia, lipase e aumento de cloro e magnésio. No grupo da geléia evidenciou-se aumento de alanina aminotransferase e volume corpuscular médio. Naqueles que receberam o iogurte ocorreu diminuição de fósforo e magnésio, hematócrito e linfócitos. No ensaio de toxicidade subcrônica Houve diminuição da hemoglobina e hematócrito em todos os grupo de ratas estudados. Conclui-se, assim, com relação ao estudo de toxicidade aguda, que o suco e o iogurte da geleia do P. gounellei possuem baixa toxicidade. Em relação à geleia do P. gounellei, pode-se inferir que mais estudos são necessários para descartar hepatotoxicidade, já que a mesma ocasionou elevação discreta de ALT e AST. Com relação ao estudo de toxicidade subcrônica pode-se inferir que o consumo pelas fêmeas do suco do P. gounellei nas três diferentes doses, causou alterações significativas do ponto de vista hematológico.
  • POLIANE DA SILVA CALIXTO
  • ENVOLVIMENTO DOS SISTEMAS GLUTAMATÉRGICO E OXIDONITRÉRGICO NO EFEITO ANTIDEPRESSIVO E ANSIOLÍTICO DO 4-ALIL-2,6-DIMETOXIFENOL: UMA ABORDAGEM IN SILICO E IN VIVO
  • Data: 04/06/2021
  • Hora: 14:00
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  • Os transtornos depressivos e de ansiedade estão entre as condições de saúde mental mais comum em todo o mundo. Vários mecanismos biológicos têm mostrado importante papel na fisiopatologia, assim como na etiologia e progressão do TDM e ansiedade. O estresse é o principal fator ambiental que pode causar uma hiperatividade do Eixo hipotálamo-pituitária-adrenal (HPA) um mecanismo importante na resposta ao estresse. O 4-alil 2,6-dimetoxifenol (ADMP) é um fenilpropanoide que mostrou alta atividade antioxidante em estudos anteriores, uma propriedade relevante para fármacos antidepressivos, uma vez que a gravidade dos transtornos de depressão e ansiedade estão correlacionados com o aumento de marcadores de estresse oxidativo. O presente estudo investigou a atividade antidepressiva e ansiolítica do ADMP em camundongos submetidos ao modelo de estresse induzido pela dexametasona e possíveis vias de ação. Para investigar a atividade farmacológica, foram realizados estudos in sílico e in vivo. O ADMP apresentou menor energia de ligação para a via L-arginina/NO/GMPc e o receptor NMDAR, não apresentou toxicidade nos parâmetros de mutagenicidade, carcinogenicidade, toxicidade do sistema reprodutivo, irritabilidade do tecido cutâneo no estudo in sílico., os animais foram pré-administrados com dexametasona (64μg/kg s.c.) 4h antes da realização dos testes comportamentais, sendo o ADMP (25, 50 e 100 mg/kg i.p) e a imipramina (10 mg/kg i.p.) administrados 45 e 30 minutos respectivamente antes dos testes. Nos estudos in vivo, a administração de ADMP produziu efeito antidepressivo nas doses de 25 e 50 mg/kg e ansiolítico nas doses de 25, 50 e 100 mg/kg, sem alterar a atividade locomotora e exploratória na dose 50 mg/kg. Na avaliação dos possíveis mecanismos de ação do ADMP, foi escolhido o teste de nado forçado e a dose de 50 mg/kg, os resultados sugerem que a atividade antidepressiva pode ser dependente da inibição de mediadores da via NMDA-L-arginina/NO/GMPc. Na avaliação dos parâmetros oxidativos foi observado aumento nos níveis de GSH nos animais submetidos ao tratamento com o ADMP nas doses de 25 e 100 mg/kg em comparação ao grupo tratado com dexametasona. Então o tratamento com o ADMP produziu efeito antidepressivo e ansiolítico, através do envolvimento do receptor NMDA e mediadores da via L arginina/NO/GMPc, confirmando os resultados in sílico e atividade antioxidante, no qual demostrou aumentar os níveis de GSH.
  • KARDILANDIA MENDES DE OLIVEIRA
  • AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE E DO EFEITO ANTIDEPRESSIVO SIMILE DE UM DERIVADO CHALCONA (GA-4), POR MEIO DE METODOLOGIAS IN SILICO E IN VIVO
  • Data: 26/03/2021
  • Hora: 14:00
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  • As chalconas são uma classe química importante na saúde por mostrar muitas atividades biológicas interessantes, além de uma síntese conveniente. São relatadas diferentes atividades farmacológicas, que as chalconas possuem, como: ações anti-inflamatórias, antimicrobianas, antioxidantes, citotóxicas, antitumorais, entre outras. Portanto, este trabalho teve como objetivo investigar a chalcona 3(benzo[d][1,3]dioxol-5- il)-5-(tiofen-2il)-4,5-dihidro-1H-pirazol-1-carbotioamida, também conhecida como GA-4, para avaliar sua farmacocinética e toxicidade in sílico, docking molecular assim como também sua toxicidade in vivo. Portanto, inicialmente foram investigadas as características farmacocinéticas e toxicológicas teóricas da substância GA-4, por meio de ensaios in sílico com os softwares AdmetSAR e Molinspiration, em seguida foi avaliada a estrutura cristalográfica para observar o comportamento da molécula no sítio de ligação das proteínas alvo como também observar as interações moleculares. Posteriormente foi realizado o estudo toxicológico agudo in vivo, seguindo os protocolos experimentais adotados no Laboratório de Ensaios Toxicológicos (LABETOX) e o Guia da OECD 423 (2001). Assim, foi administrada uma dose de 300 mg/Kg da substância teste, em ratas Wistar, e posteriormente não havendo mortes foi administrada dose de 2000 mg/Kg. Após 14 dias, os animais foram eutanasiados por sobredose de anestésico, e seu sangue coletado para avaliação de parâmetros bioquímicos e hematológicos. Também foram realizadas análises anátomo histológica dos órgãos dos animais. Posteriormente foram realizados ensaios psicofarmacológicos in vivo, utilizando camundongos Swiss : inicialmente o teste do campo aberto nas doses de 50, 100 e 200 mg/Kg, analisando os parâmetros: Rearing, Grooming, Número de cruzamentos, micções e bolos fecais, e mais específicamente, para avaliar o efeito antidepressivo símile o teste do nado forçado, sendo avaliado o tempo de imobilidade dos animais nas mesmas doses do teste de campo aberto. Quanto a sua farmacocinética, os estudos in sílico mostram que esta apresenta uma boa absorção oral teórica, com possível capacidade de atravessar a barreira hematoencefálica, e uma baixa toxicidade aguda teórica de grau III, além disso foi observado que a GA-04 se ligou no mesmo sítio de ativação da ioimbina, mostrando ser um possível antagonista dos receptores α2- adrenérgico Esta foi confirmada com os estudo de toxicidade in vivo, na qual a substância GA-4 apresentou uma DL50 maior que 5000 mg/Kg, sendo classificada na categoria 5 da GSH, como baixa toxicidade. Foram avaliados 21 parâmetros bioquímicos, sendo constatados alterações significativas comparadas ao controle em apenas 5 dosagens: proteínas totais, creatinina, sódio, cálcio e lipase. Quanto aos parâmetros hematológicos, não houve nenhuma alteração no eritrograma e plaquetograma , sendo detectada uma alteração apenas nos leucócitos. Entretanto, ao realizar o estudo histológico dos órgãos dos animais, não foi encontrado nenhuma alteração significativa comparando-se com o grupo controle. Portanto, diante de tais resultados, podemos inferir que a substância GA-4, é um potente candidato como futuro medicamento antidepressivo, já que além dos resultados farmacológicos promissores, esta apresenta uma boa absorção oral teórica e baixa toxicidade.
  • GABRIEL CHAVES NETO
  • Estudo não-clínico do efeito ansiolítico do óleo essencial de Citrus aurantium L. em um complexo de inclusão com 2-hidroxipropil-β-ciclodextrina
  • Data: 22/02/2021
  • Hora: 14:00
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  • A ansiedade tem aumentado de maneira significativa na população mundial, o que tem incentivado a busca por alternativas inovadoras que atuem no tratamento. Pesquisas com óleo essencial do Citrus aurantium L. (OEC) tem apresentado resultados com efeitos ansiolíticos tanto em grupos animais como em grupos humanos. Porém limitações em relação ao uso, a sua preservação, estocagem e quantificação da dosagem afetam a eficiência da terapêutica. O uso potencial de complexos de Ciclodextrinas como carreadores de fármacos tem sido explorado com sucesso na produção de medicamentos, melhando as características físico-quimicas. O estudo tem como objetivo avaliar o potencial ansiolítico do complexo de inclusão 2-hidroxipropil-β-ciclodextrina (HP-β-CD) contendo OEC. A preparação do complexo de inclusão foi desenvolvida pelo método de liofilização usando o modelo de liofilizador Alpha 1-2 LD plus. O limoneno (LIM), principal composto do OEC, com HP-β-CD na razão molar (1: 1M) foi disperso em etanol usando um agitador de laboratório por 48 horas em temperatura ambiente (25° C) para permitir a formação de complexos e evitar a perda de voláteis na atmosfera. Foram realizados ensaios farmacológicos não clínicos utilizando camundongos distribuídos em grupos experimentais e grupos controle submetidos ao teste de labirinto de cruz elevado, teste da placa perfurada, teste de esconder esferas, e teste rota-rod. Foram observados resultados satisfatórios do efeito ansiolítico do OEC complexado em HP-β-CD, com a indicação de uma potencialização do efeito com doses de 500 mg/kg e 250 mg/kg complexadas, sugerindo menores perdas no processo farmacocinético.
2019
Descrição
  • MICHELLINE CAVALCANTI TOSCANO DE BRITO
  • MICROPARTÍCULAS COM CLOREXIDINA: CARACTERIZAÇÃO, ATIVIDADE ANTIMICROBIANA CONTRA MICRORGANISMOS DA OROFARINGE E DESENVOLVIMENTO DE POMADA ORABASE
  • Data: 07/11/2019
  • Hora: 14:00
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  • Introdução: Pacientes internos em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) apresentam condições limitantes que eleva o crescimento microbiano na orofaringe, sendo os antimicrobianos fundamentais na prevenção de pneumonia nosocomial nestes pacientes. Objetivo: Caracterizar micropartículas com clorexidina como produto farmacêutico intermediário e avaliar a atividade in vitro sobre microrganismos da orofaringe para desenvolvimento de pomada orabase. Métodos: Foi preparado micropartículas com digluconato de clorexidina como princípio ativo e maltodextrina como excipiente, em seguida as micropartículas foram caracterizadas quanto a uniformidade, estabilidade, tempo de liberação da clorexidina do microparticulado, análises por microscopia, análise térmica e avaliação por infravermelho. Foi realizado a análise do tipo e prevalência das espécies bacterianas em banco de dados da coleta da secreção ou aspirado traqueal de pacientes internos na UTI do Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW-UFPB), e análise de pH das soluções teste e controles. Os testes microbiológicos foram realizados em cepas planctônicas e em biofilme uniespécie quanto a eficácia das micropartículas com clorexidina contra os microrganismos da orofaringe Staphylococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa, Klebsiella pneumoniae, Streptococcus pneumoniae e Candida albicans. Em sequência, foi preparado forma farmacêutica de pomada orabase com as micropartículas com clorexidina a 0,12% para testes microbiológicos e de estabilidade. Resultados: As micropartículas apresentaram características favoráveis como produto intermediário com tamanho, porosidade e formas irregulares, em análises de microscopia, compatíveis com o processo de preparo, e confirmado a incorporação de clorexidina nas micropartículas. Foi observado uniformidade da massa, estabilidade química em 24 meses, estabilidade quanto à absorção de água em 12 meses, e perfil de liberação lenta por um tempo aproximado de 2 horas. A bactéria Pseudomonas aeruginosa foi a mais prevalente nos pacientes do HULW-UFPB, e o pH das soluções foi adequada para os estudos microbiológicos. Nos testes microbiológicos as micropartículas com clorexidina apresentaram resultados semelhantes aos observados com a clorexidina livre frente à todas as cepas estudadas, e a pomada com as micropartículas teve antimicrobiana compatível com os efeitos da liberação lenta da clorexidina para as mesmas cepas. Foi constatado perda da estabilidade física com oxidação da pomada preparada com as micropartículas, a qual foi atribuída à incompatibilidade entre a maltodextrina e o agente de neutralização de pH, sendo sugerido a substituição deste, e ajustes do pH para futuros testes não-clínicos e clínicos. Conclusão: Micropartículas com clorexidina e incorporadas à forma farmacêutica de pomada orabase pode apresentar benefícios na aplicação clínica intra-oral como sistema de liberação controlada.
  • LUCIANA DA SILVA NUNES RAMALHO
  • AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE NÃO-CLÍNICA DO EXTRATO ETANÓLICO BRUTO E FRAÇÕES DE SIDA RHOMBIFOLIA L. EM ROEDORES.
  • Data: 30/07/2019
  • Hora: 14:00
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  • Sida rhombifolia e usada na medicina popular indiana para o tratamento da hipertensao arterial, diabetes e gota. A sua ampla utilizacao na medicina popular justifica os estudos de toxicidade que garantam a seguranca de seu uso. Objetivo: Avaliacao toxicologica pre-clinica do extrato etanolico bruto e fracoes de Sida rhombifolia L. , com base no “Guia para a conducao de estudos nao clinicos de toxicologia e seguranca farmacologica” necessaria ao desenvolvimento de medicamentos. Metodologia: Para ambas as metodologias foram utilizados ratos Wistar, ambos os sexos, com a administracao do extrato etanolico bruto e fracoes de Sida rhombifolia L.), via oral. Na toxicidade aguda, utilizou-se um grupo tratado com a dose 2000 mg/kg e um grupo controle (veiculo). Apos a administracao, observou-se os parametros de comportamento por 30, 60, 90, 120, 180 e 240 minutos, consumo de racao e agua diariamente, evolucao ponderal semanal e parametros hematologicos , bioquimicos e anatomopatologicos, apos os 14 dias da administracao da dose unica. Para a toxicidade cronica os animais foram tratados por via oral (v.o) com as doses de 16, 80 e 400 mg/kg do EEB de de Sida rhombifolia L. e um grupo controle, durante 90 dias. Foram analisados o consumo de agua e racao, evolucao ponderal, testes comportamentais tais como, rota rod e campo aberto, parametros bioquimicos e hematologicos e anatomopatologicos. Resultados: Na toxicidade aguda foi observado que nos machos tratados, houve uma diminuicao estatisticamente significativa em ambos os consumos. As analises bioquimicas constaram alteracoes estatisticamente significativas nos parametros AST, ALT e creatinina. Os parametros hematologicos alterados foram hemacias, VCM, HCM e eosinofilos. As analises bioquimicas e hematologicas apresentaram alteracoes nos parametros supracitados apenas nos machos tratados.Nos estudos agudos com a fracao diclorometano de EEB de de Sida rhombifolia L observou-se que consumo de agua e racao dos grupos tratados apresentou alteracoes significativas em relacao aos controles na segunda semana. A evolucao ponderal mostrou-se com diferencas significativas apenas na primeira semana. As analises hematologicas revelaram um aumento significativo de neutrofilos em machos, e uma baixa de linfocitos tambem em machos e eosinofilos em femeas. A bioquimica mostrou aumento significativo de Fosfatase alcalina e fosforo apenas em femeas.Na toxicidade aguda do EEB da fracao Hidroalcoolica a evolucao ponderal mostrou-se com diferenca significativa em femeas tratadas durante a segunda semana. O consumo de agua e racao apresentou alteracao significativa quanto ao consumo de agua em machos tratados. Dentre todos os parametros hematologicos analisados, foi observada apenas alteracao quanto ao VCM de machos tratados, um indice hematimetrico de grande importancia quanto ao diagnostico das anemias. Na avaliacao bioquimica observou-se em ratos machos baixa nos niveis de creatinina, enquanto que nas femeas foi observado aumento significativo de TGO-AST, Acido Urico e em Glicose. Para o estudo toxicicologico agudo com a fracao N-Butanolica obtivemos uma alteracao significativa no consumo de agua e racao e na evolucao ponderal dos machos na segunda semana.As analises bioquimicas constaram variacoes estatisticamente significativas nos parametros triglicerideos, calcio, fosforo, albumina e AST dos machos, na qual esta ultima os valores estiveram abaixo dos valores do grupo controle. Enquanto que nas femeas houve mudanca apenas da glicose. Na toxicidade cronica, diminuiu o consumo de agua e racao nos machos, diminuicao da racao nas femeas, para o teste corportamental campo aberto, aumentou a ambulacao e o grooming nas femeas. Para os parametros bioquimicos houve diminuicao da albumina nas femeas e aumento nos niveis de glicose. Para os machos, aumento na albumina e glicose, como tambem ocorreu diminuicao nos niveis de triglicerideos. Para os parametros hematologicos, um aumento dos hematocrito e neutrofilo dos animais femeas, como tambem diminuiu o CHCM e linfocitos. Conclusao: De acordo com os resultados obtidos o extrato etanolico bruto e fracoes de Sida rhombifolia L apresentaram uma toxicidade consideravel, sendo necessarias maiores investigacoes para atestar a seguranca de seu uso.
  • PATRICIA MARIA SIMOES DE ALBUQUERQUE
  • REDES NEURAIS ARTIFICIAIS NO MONITORAMENTO DE INIBIDORES DE TIROSINA QUINASE NA LEUCEMIA MIELOIDE CRÔNICA
  • Data: 29/07/2019
  • Hora: 14:00
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  • A pesquisa objetivou monitorar o tratamento de pacientes com Leucemia Mieloide Cronica (LMC) com inibidores da tirosina quinase (TKI), como ferramentas, este estudo utilizou tecnicas de inteligencia computacional (redes neurais artificiais) para subsidiar estimativas prognosticas e terapeuticas. Caracteriza-se como um estudo clinico, prospectivo, observacional e transversal, baseado em dados institucionais cujos resultados foram analisados retrospectivamente, a partir de informacoes obtidas da analise de prontuarios de cada participante, o qual foi monitorado por 12 meses. A amostra foi composta de 105 pacientes do setor de ambulatorio de quimioterapia de um hospital do municipio de Joao Pessoa-PB, no periodo de setembro de 2015 a setembro de 2016. Para a coleta de dados, foi utilizado tres instrumentos: o de dados sociodemograficos, clinicos e terapeuticos; o acompanhamento dos pacientes correspondente as reacoes adversas; e o contendo o questionario questionario World Health Organization Quality of Life (WHOQOL-bref), para avaliacao da qualidade de vida. A base de dados foi obtida , e um total de 694 variaveis submetidos a estudos de mapas auto-organizados (SOMs). Das tecnicas de aprendizado de maquina nao supervisionadas para pacientes com LMC em grupos baseados em variaveis especificas, podem-se observar eventos adversos nao considerados graves em pacientes tratados com imatinibe e dasatinibe e causas provaveis responsaveis pela ruptura nao intencional do tratamento: hipopigmentacao cutanea, graus de vomitos, graus de edema orbital e graus de lacrimejamento, vomito, diarreia, fadiga e sindrome de mao e pe. A literatura mostra que os eventos adversos (EAs) estao significamente relacionados a qualidade de vida do paciente, interferindo na vida diaria dos mesmos e afetando negativamente a adesao a terapia como demonstrado neste estudo. Assim, ha uma necessidade de atualizar os modelos do SOM usando novos dados para melhorar a robustez na previsao da descontinuacao do tratamento devido a eventos adversos e para identificar os principais fatores para a falha do tratamento.
  • ALESSANDRA ESTEVAM DOS SANTOS
  • DESENVOLVIMENTO E AVALIAÇÃO DE ESPUMA DENTAL, CONTENDO ÓLEO ESSENCIAL DE Lippia sidoides CHAM. E ASSOCIAÇÕES PARA PREVENÇÃO E TRATAMENTO DE LESÕES BUCAIS.
  • Data: 22/04/2019
  • Hora: 14:00
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  • As lesoes ulcerativas na cavidade oral ocasionam dor e interferem na qualidade de vida do paciente. Objetivo - Avaliar in vitro o oleo essencial de Lippia sidoides Cham., na perspectiva de desenvolver uma forma farmaceutica indicada para lesoes na cavidade bucal. Metodos – O oleo essencial de Lippia sidoides Cham. (OELS) foi extraido a partir das partes aereas da planta e seu oleo foi caracterizado por Cromatografia Gasosa acoplada a Espectrometro de Massas (CGEM), sendo quantificado o componente majoritario, timol, atraves de um metodo desenvolvido e validado em Cromatografia Gasosa com Detector de Ionizacao de Chama (CG-DIC). Foi realizado um estudo de sazonalidade para verificacao do teor de timol e rendimento em relacao as variaveis climaticas. A atividade antimicrobiana do OELS, dos oleos essenciais associados Cymbopogon citratus e Citrus limon e da espuma dental desenvolvida foi verificada frente aos microrganismos Pseudomonas aeruginosa, Streptococcus mutans, Staphylococcus aureus e Candida albicans atraves de ensaios de difusao em agar, microdiluicao e checkerboard e a citotoxicidade dos oleos avaliada. Foi desenvolvida uma espuma dental em que foi incorporado os oleos essenciais. Atraves do metodo de liofilizacao foi desenvolvida uma microparticula, contendo OELS a partir de um planejamento fatorial, sendo desenvolvido e validado um metodo de extracao em matriz solida para determinacao e quantificacao do timol na microparticula.
  • MICAELLY DA SILVA OLIVEIRA
  • Estudo fitoquímico de Pavonia glazioviana Gurke e Sida rhombifolia L. (Malvaceae), obtenção de derivados de criptolepinona, avaliação antimicrobiana destes derivados e das substâncias isoladas de P. glazioviana
  • Data: 15/03/2019
  • Hora: 14:00
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  • Pavonia glazioviana Gurke (Malvaceae), popularmente conhecida como "malva-da-chapada", e de ocorrencia exclusiva da Caatinga brasileira e a especie Sida rhombifolia L. (Malvaceae) conhecida popularmente como “matapasto” e “relogio” e nativa das areas tropicais e subtropicais do mundo. O estudo fitoquimico de P. glazioviana foi realizado atraves de tecnicas cromatograficas classicas, levando ao isolamento de 12 compostos, identificados atraves da analise dos espectros de Ressonancia Magnetica Nuclear (RMN de 1H e 13C), uni e bidimensionais alem da espectrometria de massas. O extrato dessa especie foi avaliado quanto ao teor de fenolicos e flavonoides totais, atraves de metodos espectroscopicos e a atividade antioxidante pelo metodo DPPH. O estudo com a fracao de alcaloides totais (FAT) de S. rhombifolia foi realizado atraves de UPLC-MS/MS e a partir da FAT foram obtidos derivados do alcaloide criptolepinona, atraves de semisintese. Os compostos isolados de P.glazioviana e os derivados obtidos de criptolepinona foram avaliados quanto ao seu potencial microbiologico in vitro, atraves da tecnica de microdiluicao. Os compostos isolados nesta especie foram: 132-S-hidroxi-feofitina a (Pg-1a), 132-S-hidroxi-173-etoxi-feoforbideo a (Pg-1b), alcool alifatico (Pg-2), ester do acido p-cumarico (Pg-3), cicloart-23Z-ene-3β,25-diol (Pg-4), cicloart-25-ene-3β,24-diol (Pg-5), sitosterol-3-O-β-D-glicopiranosideo (Pg-6a), estigmasterol-3-O-β-D-glicopiranosideo (Pg-6b), 5,7-dihidroxi-3,8,4’-trimetoxiflavona (Pg-7), 5,7-dihidroxi-3,7,8,4’-tetrametoxiflavona (Pg-8), 5,7,4’-trihidroxi-3,8-dimetoxiflavona (Pg-9), 5,7,4’-trihidroxi-3-metoxiflavona (Pg-10). A quantidade de fenolicos encontrada em P. glazioviana foi de 48,40 mg de EAG/g de extrato e de flavonoides foi de 33,68 ± 0,76 mgEQ/g de extrato. A especie P. glazioviana mostrou-se boa produtora de fenolicos e flavonoides, alem de seu grande potencial antioxidante. O estudo com a FAT permitiu a identificacao de sete substancias, a saber: acido carboxilico da criptolepina (1), criptolepina (2), quindolina (3), 11-metoxiquindolina (4), quindolinona (5), criptolepinona (6) e acido carboxilico metil ester de quindolina (7). Entre as substancia isoladas de P.glazioviana a 5,7-dihidroxi-3,8,4'-trimetoxiflavona mostrou potencial bacteriostatico/bactericida e fungistatica/fungicida contra as cepas testadas, enquanto que a substancia 23(Z)-cicloart-23-en-3β,25-diol apresentou moderada atividade contra os mesmos microrganismos. Foi possivel obter dois derivados de criptolepinona: 5,10-dimetilquindolin-11–ona (Dc-1) e 5-metilquindolin-10–etil-11-ona (Dc-2), os quais apresentaram atividade anticrobiana, sendo que o 5-metilquindolin-10–etil-11-ona mostrou-se ativo em concentracoes menores.
2018
Descrição
  • CONSUELO FERNANDA MACEDO DE SOUZA
  • Estudo clínico e não clínico de um novo composto microcapsulado contendo óleo essencial de Cinnamomum Zeylanicum Blume para pulpotomia de dentes decíduos.
  • Orientador : FABIO CORREIA SAMPAIO
  • Data: 31/10/2018
  • Hora: 14:00
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  • A pulpotomia e um tratamento endodontico conservador que envolve a remocao do tecido pulpar coronario inflamado com consequente manutencao da integridade do tecido pulpar radicular. Esse tecido remanescente devera ser protegido com um material que preserve a vitalidade do tecido e induza a formacao de tecido mineralizado sobre o mesmo, mantendo-o assim com estrutura e funcao normais. Assim o objetivo principal dessa pesquisa e avaliar a eficacia de uma pasta a base de microcapsula contendo oleo essencial de Cinnamomum Zeylanicum Blume para a pulpotomia de dentes deciduos in vitro, in vivo (animais e humanos). Este foi um estudo do tipo Ensaio Clinico Randomizado (RCT), longitudinal, prospectivo, do tipo “split-mouth”, onde o mesmo individuo foi exposto ao tratamento alternativo (composto a base de eugenol) e convencional (Callen – Hidroxido de calcio). No estudo split-mouth cada individuo age como proprio controle. A formulacao selecionada para o estudo em humanos foi aquela que apresentou melhor resposta biologica no estudo em animais, tendo como uma dose de partida provavel uma quantidade de 20 mg de eugenol no oleo essencial do C. zeylanicum similar aos produtos comerciais da odontologia. Foram selecionados aleatoriamente 40 voluntarios na faixa etaria de 5-8 anos com necessidade de tratamento (pulpotomia) em no minimo dois dentes deciduos em diferentes quadrantes. Os participantes estavam livres de qualquer doenca sistemica. A avaliacao do efeito analgesico do produto foi realizado atraves de duas escalas: uma visual analogica para mensurar a sensibilidade dolorosa apos 12 e 24 horas do procedimento restaurador e a escala de faces Wong-Baker. Para a analise estatistica foram empregados os softwares SPSS e Excel. Os dados foram tabulados no programa estatistico para posterior analise dos resultados. O metodo estatistico foi escolhido com base na aderencia ao modelo de distribuicao normal e igualdade de variancia sendo considerado o valor p < 0.05 como estatisticamente significativo. No estudo em animais foram avaliados 8 ratos, divididos em 4 grupos. G1 (microcapsula, oxido de zinco e oleo mineral), G2 (microcapsula e oleo mineral), G3 (oxido de zinco e oleo mineral) e G4 (hidroxido de calcio e oleo mineral). G1 na avaliacao de 7 dias apresentou escassas celulas inflamatorias sem area representativa de mineralizacao, apos 30 dias apresentou multiplas e extensas areas mineralizadas sem a presenca de infiltrado inflamatorio significativo. As laminas do G2 na avaliacao de 7 dias apresentaram moderado infiltrado inflamatorio mononuclear sem area de necrose significativa. Na avaliacao de 30 dias apresentaram vasos dilatados e moderada area de necrose. No estudo clinico foram avaliadas clinicamente 40 criancas, 23 eram do sexo feminino e 17 do sexo masculino. Todas apresentavam-se em denticao mista, sendo avaliado assim os indices de dentes cariados, perdidos e obturados para a denticao decidua e permanente. O indice CPO-d para denticao permanente mostrou uma media de 3,1 (±1,5) com um minimo de 0 e um valor maximo de 6, enquanto que a denticao decidua apresentou uma media de dentes cariados, perdidos e obturados de 6,8 (±1,8), com um valor minimo de 3 e maximo de 10. As criancas retornaram em periodos de 1, 3, 6, 9 e 12 meses apos os procedimentos terem sido realizados em ambos os dentes com ambos os materiais. No primeiro mes de avaliacao, dos individuos que retornaram nenhum relatou dor nos elementos tratados independente no material utilizado, bem como nao foi observada presenca de abscesso, fistula ou mobilidade em nenhum dos elementos avaliados. Na avaliacao de 3 meses, dois voluntarios relataram dor e ao exame clinico foi observada a presenca de fistula na regiao do elemento tratado com hidroxido de calcio como medicacao. Nao havendo ainda relatos de abscesso e apenas 2 casos de mobilidade que de acordo com os criterios avaliados seria uma mobilidade de aspecto fisiologico. Na consulta de 6 meses, 2 criancas haviam perdido o elemento dentario tratado com o hidroxido de calcio nao permitindo assim a comparacao de criterios clinicos com o outro elemento e foram excluidas como comparacao entre os materiais a nao ser o fato de a exfoliacao ter sido mais acelerada no dente tratado com o hidroxido de calcio e outras 4 criancas simplesmente nao compareceram. Porem nao houve relato de dor nos remanescentes e apenas 2 voluntarios tratados com o hidroxido de calcio bem como 1 tratado com eugenol apresentaram presenca de fistula clinicamente visivel, levando a necessidade de exodontia para retirada deles. Ao completar 9 meses dos procedimentos, foram avaliados mais 3 casos de fistula sendo 1 em um dente tratado com o eugenol e dois com o hidroxido e calcio. Nao houve observacao de dentes com abscesso e 3 elementos aparentaram mobilidade por questoes fisiologicas. Ao completar 1 ano de avaliacao restaram apenas 12 criancas e nenhum relatou dor, abscesso, fistula ou mobilidade nos elementos tratados. Com relacao a dor pos-operatoria, criancas do sexo feminino atribuiram scores menor em ambas as escalas (WB, 3,4±3,2; VAS, 1,7±1,3) quando comparado com o sexo masculino (WB, 4,4±3,2; VAS, 2,2±1,4). Nao havendo diferenca estatisticamente significativa entre genero com relacao ao tipo de escala (WB, p=0,950; VAS, p=0,837). A maioria das criancas sentiram a necessidade de utilizar medicacao para o controle da dor pos-operatoria, 52,5% utilizaram o ibuprofeno por tres dias apos o procedimento. Ao relacionar o tipo de escala e a idade das criancas verificou-se nao haver correlacao positiva (WB=0,264 e VAS= 0,237). A escala WBFPS, apresenta scores de 0 a 10, mostrando uma media de 3,9 (±3,2) e a escala VAS com scores de 0 a 5 apresentou um score medio de 1,97 (±1,4). Conclui-se que a pasta microcapsulada de Cinnamomum Zeylanicum Blume mostra eficacia em pulpotomias de dentes deciduos, apresentando compatibilidade biologica, acao antinflamatoria e formacao de areas mineralizadas em polpa de animais; maior controle de dor pos-operatoria quando comparada com o hidroxido de calcio.
  • ANTONIO CARLOS LOPES BRANCO
  • AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTI FÚNGICA CONTRA CEPAS ATCC E CLINICA DE Candida albicans, DO EXTRATO ETANÓLICO BRUTO DA Borreria verticillata (L.) G. MEYER., ASSOCIADA A MEMBRANA DE QUITOSANA
  • Data: 28/02/2018
  • Hora: 14:00
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  • Objetivo: A pesquisa objetivou o desenvolvimento de um fito medicamento que tera aplicacao em pacientes portadores de afeccoes fungicas (candidiase) associadas a proteses moveis ou nao , em pacientes imunodeprimidos hospitalizados ou nao Metodologia: O referido medicamento foi formulado a partir do extrato etanolico bruto da Borreria verticillata, tendo como carreador uma membrada de quitosana (polissacarideo) de media densidade com metodologia de obtencao modificada para adequacao ao projeto desenvolvido, com patente depositada no INPI sob n° BR 10 2017 026982 5. Em relacao a membrana, testes foram executados, como o teste de intumescimento, degradacao e estabilidade para determinar algumas propriedades fisicas da mesma que pudessem ter interferencia no projeto, inclusive um teste para verificar se apenas a membrana isoladamente possuia alguma acao isolada contra as cepas. A partir da obtencao do extrato bruto, foram feitos ensaios para determinar sua toxicidade em teste com Artemia salina, a sua margem de seguranca atraves de microdiluicoes com determinacao da CIM e efetividade na sua utilizacao isolado e associado a membrana com incorporacao de uma solucao de acido citrico a 5% como parte do estudo. Como controle positivo, foi usada a nistatina solucao oral comercial 100.000Ui/ml para todos os testes comparativos. Conclusao: concluiu-se que o extrato etanolico bruto em sua CIM, possui uma forte atividade contra as cepas estudadas, com toxicidade quase nula, e que sua associacao com a membrana de quitosana se mostrou bastante eficaz.
  • VALMIR GOMES DE SOUZA
  • Tecnologias de produção e de controle de qualidade da matéria prima vegetal, obtida a partir das folhas de Angico(Anadenanthera colubrina (Vell) Brenan var. cebil (Griseb.) Altschul)
  • Data: 26/02/2018
  • Hora: 09:30
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  • Anadenanthera colubrina (angico) e uma planta medicinal, nativa da caatinga, cujos extratos hidroalcolicos e decoctos de folhas e cascas de sao popularmente usadas no tratamento de doencas do trato gastrico, doencas respiratorias, infeccoes e inflamacoes; sendo uma das dez plantas medicinais mais usadas no Nordeste do Brasil. Analises fitoquimicas de extratos de A. colubrina demonstraram a presenca dos seguintes metabolitos secundarios: alcaloides, esteroides, triterpenoides, compostos fenolicos e flavonoides como a quercetina. O objetivo deste trabalho foi propor a padronizacao da materia prima vegetal de A. colubrina (extrato fluido, extrato seco), otimizacao das condicoes de secagem do extrato por spray drying e producao de pre-formulados com diferentes adjuvantes tecnologicos e realizar estudo de estabilidade acelerada dos mesmos, bem como validar e covalidar metodo analitico por CLAE-DAD. A padronizacao do extrato fluido das folhas de A. colubrina, avaliou a influencia de tres proporcoes de sistema de solvente e do tamanho de particula da droga vegetal no processo extrativo, sendo a eficiencia extrativa determinada em funcao da concentracao do marcador quercetina, analisado por CLAE-DAD. A padronizacao do extrato seco nebulizado (ESN) avaliou os parametros tecnologicos de secagem: temperatura de entrada de ar, fluxo de alimentacao da bomba e proporcao de adjuvante de secagem atraves de planejamento fatorial 23+1 empregando como resposta o teor do marcador quercetina e rendimento do processo de secagem. Os pre-formulados foram produzidos por mistura fisica 1:1, contendo ESN e excipientes amido pre-gelatinizado, celulose microcristalina 102, maltodextrina e lactose M 200, sendo entao realizado estudo de estabilidade acelerada por 180 dias conforme guia oficial. Os resultados demonstram que a eficiencia extrativa ocorre nas condicoes de proporcao de solvente a 50 e 70% de etanol com concentracao de quercetina de 122,5 e 124,2 μg/ mL respectivamente. A avaliacao dos tamanhos de particulas no processo extrativo, demonstrou que a medida que se reduz o tamanho de particula, ha aumento na eficiencia extrativa do flavonoide quercetina nas condicoes avaliadas. A validacao do metodo analitico por CLAE-DAD permitiu avaliar os parametros: especificidade, linearidade, limites de deteccao e quantificacao, precisao, exatidao, robustez e estabilidade, todos esses resultados dentro das recomendacoes oficiais. O planejamento fatorial aplicado na producao do extrato seco de A. colubrina, apontou a condicao de 10%, 160ºC, 8mL/min como otima. Os resultados do estudo de estabilidade acelerada dos pre-formulados de extrato seco de angico demonstraram que os pre-formulados eram estaveis e que seguem modelo cinetico de degradacao de ordem zero. O estudo determinou o tempo necessario para que o teor de quercetina degradasse 10% em relacao ao teor inicial, sendo obtido os seguintes tempos em ordem decrescente de estabilidade: Amido > celulose microcristalina > Maltodextrina > Lactose sendo os pre-formulados amido (41 meses) e celulose (15 meses) os que tiveram melhor desempenho. Os resultados obtidos no presente estudo permitiram agregar novas tecnologias na producao e controle de qualidade de produtos derivados de A. colubrina, produzindo extrato seco padronizado por spray-drying, com manutencao das caracteristicas de sua qualidade.
2017
Descrição
  • AGNA HELIA DE OLIVEIRA
  • “Tecnologias de produção e de controle de qualidade da matéria-prima vegetal, obtida a partir das folhas de Poincianella pyramidalis (Tul.) L. P. Queiroz”
  • Data: 23/11/2017
  • Hora: 15:00
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  • Poincianella pyramidalis (Tul.) L.P Queiroz e uma especie vegetal encontrada, principalmente no bioma caatinga, popularmente conhecida como “catingueira”. Utilizada na medicina tradicional para o tratamento de gastrite, colica, diarreia, asma, bronquite, diabetes, inflamacao, alem de apresentar atividade cicatrizante. Diversos trabalhos cientificos foram publicados, comprovando suas atividades biologicas, dentre as quais podemos destacar, as atividades antimicrobiana contra Staphylococcus aureus, Escherichia coli, Enterococcus faecalis, Klebsiella pneumoniae, Salmonella spp. e Pseudomonas aeruginosa, gastroprotetora, anti-inflamatoria, antinoceptiva e anti-helmintica. Devido sua variedade de propriedades farmacologicas, esta especie tem um grande potencial para o desenvolvimento de um medicamento fitoterapico com amplo espectro de acao. O presente trabalho teve como objetivos, obter e padronizar extratos secos obtidos a partir do extrato hidroalcoolico das folhas da catingueira. Um planejamento fatorial 23+1 as a metodsociado a metodologia de superficie resposta (MSR) foi aplicado para avaliar e otimizar os efeitos dos parametros de processo sobre os teores dos biomarcadores canferol e quercetina. Os resultados obtidos mostraram que os teores de canferol e quercetina foram significativamente afetados pelas condicoes do processo e as melhores condicoes operacionais encontradas foram: temperatura de entrada do ar de 160ºC, razao de fluxo de alimentacao igual a 4mL/min e percetual do adjuvante de secagem de 10%. Foi realizado o desenvolvimento e a validacao da metodologia analitica por cromatografia liquida de alta eficiencia, para avaliar a qualidade dos extratos fluidos e secos, atraves da quantificacao dos biomarcadores canferol e quercetina, para tanto foi utilizado uma mistura de metanol:acido fosforico 1% (47: 53), como fase movel em sistema isocratico, com vazao de 1,2 mL/min, coluna RP C-18 (5 μm), como fase estacionaria, e ʎ 370 nm. O metodo apresentou curva analitica linear no intervalo de 0,2-7,6 µg/mL para ambos os analitos avaliados, os coeficientes de correlacao da analise de regressao linear foram 0,9999 e 0,9996, para o canferol e a quercetina, respectivamente. Para avaliar a estabilidade do extrato seco foram realizados estudos de estabilidade acelerada das misturas binarias (1:1) de extrato seco e os seguintes excipientes: amido, maltodextrina, celulose e lactose. Foram determinadas as cineticas de degradacao, para cada pre-formulado, onde foi observado que os biomarcadores canferol e quercetina possuem perfis termicos diferentes para cada excipiente estudado. O canferol apresentou cinetica de ordem zero nos pre-formulados com amido e lactose e de segunda ordem para as misturas contendo celulose e maltodextrina, enquanto que para quercetina foi determinada a cinetica de segunda ordem de reacao para todos os pre-formulados estudados.
  • AGNA HELIA DE OLIVEIRA
  • “Tecnologias de produção e de controle de qualidade da matéria-prima vegetal, obtida a partir das folhas de Poincianella pyramidalis (Tul.) L. P. Queiroz”
  • Data: 23/11/2017
  • Hora: 15:00
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  • Poincianella pyramidalis (Tul.) L.P Queiroz e uma especie vegetal encontrada, principalmente no bioma caatinga, popularmente conhecida como “catingueira”. Utilizada na medicina tradicional para o tratamento de gastrite, colica, diarreia, asma, bronquite, diabetes, inflamacao, alem de apresentar atividade cicatrizante. Diversos trabalhos cientificos foram publicados, comprovando suas atividades biologicas, dentre as quais podemos destacar, as atividades antimicrobiana contra Staphylococcus aureus, Escherichia coli, Enterococcus faecalis, Klebsiella pneumoniae, Salmonella spp. e Pseudomonas aeruginosa, gastroprotetora, anti-inflamatoria, antinoceptiva e anti-helmintica. Devido sua variedade de propriedades farmacologicas, esta especie tem um grande potencial para o desenvolvimento de um medicamento fitoterapico com amplo espectro de acao. O presente trabalho teve como objetivos, obter e padronizar extratos secos obtidos a partir do extrato hidroalcoolico das folhas da catingueira. Um planejamento fatorial 23+1 as a metodsociado a metodologia de superficie resposta (MSR) foi aplicado para avaliar e otimizar os efeitos dos parametros de processo sobre os teores dos biomarcadores canferol e quercetina. Os resultados obtidos mostraram que os teores de canferol e quercetina foram significativamente afetados pelas condicoes do processo e as melhores condicoes operacionais encontradas foram: temperatura de entrada do ar de 160ºC, razao de fluxo de alimentacao igual a 4mL/min e percetual do adjuvante de secagem de 10%. Foi realizado o desenvolvimento e a validacao da metodologia analitica por cromatografia liquida de alta eficiencia, para avaliar a qualidade dos extratos fluidos e secos, atraves da quantificacao dos biomarcadores canferol e quercetina, para tanto foi utilizado uma mistura de metanol:acido fosforico 1% (47: 53), como fase movel em sistema isocratico, com vazao de 1,2 mL/min, coluna RP C-18 (5 μm), como fase estacionaria, e ʎ 370 nm. O metodo apresentou curva analitica linear no intervalo de 0,2-7,6 µg/mL para ambos os analitos avaliados, os coeficientes de correlacao da analise de regressao linear foram 0,9999 e 0,9996, para o canferol e a quercetina, respectivamente. Para avaliar a estabilidade do extrato seco foram realizados estudos de estabilidade acelerada das misturas binarias (1:1) de extrato seco e os seguintes excipientes: amido, maltodextrina, celulose e lactose. Foram determinadas as cineticas de degradacao, para cada pre-formulado, onde foi observado que os biomarcadores canferol e quercetina possuem perfis termicos diferentes para cada excipiente estudado. O canferol apresentou cinetica de ordem zero nos pre-formulados com amido e lactose e de segunda ordem para as misturas contendo celulose e maltodextrina, enquanto que para quercetina foi determinada a cinetica de segunda ordem de reacao para todos os pre-formulados estudados.
  • ISLAINE DE SOUZA SALVADOR
  • Estudos toxicológicos não-clínicos dos infuso e extratos secos nebulizados das drogas vegetais Myracrodruon urundeuva Allemão (aroeira), Poincianella pyramidalis Tul. (catingueira) e Anadenanthera colubrina var. cebil (angico)
  • Data: 06/07/2017
  • Hora: 14:00
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  • As plantas Myracrodruon urundeuva (aroeira), Poincianella pyramidalis (catingueira) e Anadenanthera colubrina (angico), sao comumente utilizadas na medicina popular do Cariri paraibano, para o tratamento de diversas afeccoes intestinais, ginecologicas, de cicatrizacao e respiratorias. O trabalho teve como objetivo avaliar o perfil toxicologico nao clinico agudo, dos infusos e dos extratos secos nebulizados das drogas vegetais das folhas de M. urundeuva, P. pyramidalis e A. colubrina. Foram avaliados os infusos dos pos das drogas vegetais das plantas estudadas, nos tamanhos de particulas de po grosso (710-355 µm), po semifino (355-180 µm) e o po finissimo (150-75 µm), nos camundongos swiss em dose unica, avaliados durante 14 dias, quanto as alteracoes comportamentais, consumo de agua, racao e massa corporal. Os extratos secos nebulizados (ESN) das drogas vegetais M. urundeuva, P. pyramidalis e A. colubrina foram avaliados nas concentracoes de 500, 1000 e 2000 mg/kg por animal em dose unica via oral em camundongos machos/femeas durante 14 dias, observando-se as alteracoes comportamentais, consumo de agua, racao e massa corporal. Foram determinados, tambem, a massa dos orgaos coracao, figado, rins, pulmao e baco, com avaliacao morfologica desses orgaos e morte. Os estudos em doses repetidas utilizando o ESN das drogas vegetais estudadas, na concentracao de 2000 mg/kg/dia /animal em camundongo e coelhos machos/femeas, avaliados durante 30 dias, quanto as alteracoes comportamentais, consumo de agua, racao e massa corporal, bem como massa dos orgaos coracao, figado, rins, pulmao e baco, alem da analise dos parametros hematologicos e bioquimicos, morfologicos e histopatologicos dos orgaos estudados. Foram utilizados grupos controle administrando-se agua destilada em camundongos e coelhos. Os dados obtidos com os infusos evidenciaram a nao existencia de sinais de toxicidade sistemica para todos os tamanhos de particulas das drogas vegetais estudadas. Os estudos toxicologicos de dose unica com os ESN nas tres concentracoes tambem evidenciaram nenhuma alteracao comportamental, no consumo de agua e racao, na massa corporal, massa dos orgaos coracao, figado, rins, pulmao e baco. Em doses repetidas na concentracao de 2000 mg/kg por animal de cada ESN das drogas vegetais M. urundeuva, P. pyramidalis e A. colubrina ficaram demonstradas a nao existencia de alteracoes toxicologicas sistemicas e comportamentais ou morte nos camundongos e coelhos tratados em relacao aos seus respectivos grupos controle. Os estudos toxicologicos nao-clinicos agudos mostraram que os infusos e extratos secos das especies estudadas podem ser utilizados em formulacoes topicas nas concentracoes avaliadas com seguranca comprovada.
2016
Descrição
  • MARINA SUENIA DE ARAUJO VILAR
  • “Atividade Imunomoduladora da Fase Acetato de Etila obtida das cascas da Anacardium occidentale L. no Processo Inflamatório Agudo e Avaliação da Toxicidade Aguda”
  • Orientador : JOSE MARIA BARBOSA FILHO
  • Data: 29/09/2016
  • Hora: 14:00
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  • Anacardium occidentale L. e caracterizada pela presenca de taninos na casca, folhas, pedunculo da fruta e do tegumento da castanha de caju. Estudos tem descrito varias atividades biologicas da planta, tais como antimicrobianos, antioxidantes, antiulcerogenico e anti-inflamatorio. O objetivo deste estudo foi avaliar a atividade da fase de acetato de etilo (AcOEt) de A. occidentale L. em modelos experimentais de inflamacao aguda e caracterizacao dos compostos fenolicos atraves de um metodo analitico por HPLC. Para a identificacao dos compostos foi comparado os tempos de retencao e espectros de absorcao das substancias com os padroes e, onde foi possivel, verificou-se a presenca de catequina, epicatequina, epigalocatequina e acido galico na fase de AcOEt. Em seguida, camundongos Albino Swiss (Mus musculus) foram tratados com solucao salina, carragenina (2,5%), indometacina (10 mg / kg), bradicinina (6 nmol) e PGE2 (5 ug) na presenca de diferentes concentracoes de fase de AcOEt (12,5 ; 25; 50; e 100 po mg / kg / peso) para o teste do edema da pata. Foi realizado desafio com carragenina (500 ug / mL i.p.) para doses de 50 e 100 mg / kg de fase de AcOEt a fim de avaliar as contagens totais e diferenciais de celulas por citometria de fluxo e quantificacao dos niveis de citocinas IL-1, TNF-, IL-6 e IL-10. No teste do edema da pata todas as concentracoes testadas da fase reduziram o edema. Observou-se uma resposta anti-inflamatoria significativa da fase de AcOEt sobre contagem total de celulas, com estimulo para reducao do numero de neutrofilos de 28,6% para 14,5 e 9,1%, com as doses de 50 e 100 mg / kg, respectivamente, do modelo da peritonite induzida por carragenina. Os niveis de IL-1 (p<0,01) e TNF-α (p<0,001) foram reduzidos significativamente em comparacao com os niveis produzidos apos o desafio com carragenina. Estes resultados sugerem que a fase de AcOEt testada desempenha um papel modulador na resposta inflamatoria. O metodo cromatografico pode ser utilizado para a identificacao e quantificacao dos compostos fenolicos e e apropriado para analisar a fase de AcOEt.
  • EDLA JULINDA RIBEIRO COUTINHO ESPINOLA GUEDES
  • Avaliação da atividade anti-inflamatória e ensaios toxicológicos pré-clínicos do extrato etanólico da folha de Wissadula Periplocifolia (L.) C. Presl.
  • Data: 08/06/2016
  • Hora: 14:00
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  • Introducao: A especie Wissadula periplocifolia (L.) C.presl., da familia das Malvaceae, conhecida como jangadeira ou malva-malva, possue uso popular como anti-inflamatoria, antimicrobiana, alem de relatos de uso contra picadas de insetos e de cobras. Metodologia: Para o edema de pata, a atividade anti-inflamatoria foi analisada com ratos Wistar que receberam (v.o.), veiculo (Solucao salina 0,9%.), o anti-inflamatorio nao esteroidal padrao indometacina e 3 diferentes doses de EEB de W.periplocifolia. (25, 50 e 100 mg/kg). Logo em seguida foi medido o volume da pata do animal (tempo zero). Apos 60 minutos foi induzido o processo inflamatorio pela administracao de 0,1µL de carragenina (cg) a 1% na regiao subplantar da pata posterior direita de cada animal. O volume da pata foi medido logo apos a injecao de carragenina (tempo zero) e nas 4 horas posteriores com intervalos constantes de 60 minutos com auxilio de um pletismometro. Para o estudo toxicologico agudo foram utilizados ratos Wistar, de ambos os sexos, com dose de 2000 mg/kg, por via oral, do extrato etanolico bruto de W periplocifolia administrado a um grupo tratado e um veiculo, a um grupo controle. Apos a administracao, foram observados os parametros de comportamento por 30', 60', 90', 120', 180' e 240 minutos, consumo de agua e racao, os parametros hematologicos e bioquimicos. E a ocorrencia de morte. Ja na toxicidade cronica, a substancia foi administrada diariamente, em diferentes doses a varios grupos de animais por um periodo de 90 dias. Animais pre-selecionados foram distribuidos em 6 grupos contendo 20 animais. Cada grupo foi composto por 10 machos e 10 femeas, e foram tratados da seguinte maneira. Tres grupos foram tratados diariamente, no turno da manha, por via oral (gavagem), com 3 doses do extrato etanolico bruto, de 10 mg/kg ; 30 mg/kg e 90 mg/kg. O quarto grupo, controle, foi administrado agua, veiculo utilizado na dissolucao do EEB da W.periplocifolia. O quinto e sexto grupos (satelites) receberam as doses de 30 mg/kg e 90 mg/kg e so foram sacrificados 30 dias apos o fim do experimento, para a verificacao da reversao de um possivel quadro de intoxicacao. Foram avaliados os efeitos da administracao prolongada do EEB da W.periplocifolia, como manda a literatura. Objetivo: O objetivo desse estudo foi a avaliar a atividade anti-inflamatoria do extrato etanolico bruto da Wissadula periplocifolia (L) C presl atraves do edema de pata induzido por carragenina, realizar estudo toxicologico nao clinico agudo e cronico em ratos, com base na Instrucao Normativa nº4, de 18 de junho de 2014 da Agencia Nacional de Vigilancia Sanitaria (ANVISA) para melhor conhecimento da especie selecionada e desenvolvimento de novos medicamentos. Resultados: Os resultados do presente estudo demonstraram que 25 mg/kg de EEB produziu atividade anti-inflamatoria comparavel a da indometacina. No entanto, este efeito nao foi EEB dose-dependente. A nao ocorrencia de obito apos a administracao oral de 2.000 mg/kg de um produto vegetal indica uma provavel falta de toxicidade para a especie receptora .A reducao no consumo pelo grupo dos machos tratados e a dosagem reduzida de creatinina observadas neste grupo indicou que haver perda de massa muscular. Apesar desta atividade ter sido reduzida em ratos machos tratados com o EEB W. periplocifolia, nao encontramos qualquer razao especifica para este singular achado.Nao houve alteracoes nos parametros hematologicos dos ratos tratados. Ja no estudo cronico O EEB, promoveu uma diminuicao significativa da contagem da serie branca, dos netrofilos, dos monocitos e da serie plaquetaria, principalmente em todos os grupos dos machos tratados. Conclusao: Esta avaliacao indicou atividade anti-inflamatoria e o estudo toxicologico nao-clinico agudo do EEB da W. periplocifolia nao revelou quaisquer efeitos toxicos e nenhuma morte do animal. Ja no e o estudo toxicologico nao-clinico cronico, EEB induziu a uma deplecao importante na serie leucocitaria e plaquetaria, principalmente nos ratos machos.
  • JESSICA KARINA DA SILVA MACIEL
  • Caracterização fitoquímica e tecnológica do extrato de Pilosocereus gounellei (A. Weber ex K. Schum. Bly. Ex Rowl.)- Cactaceae e avaliação de suas atividades antioxidante e microbiológica.
  • Data: 26/02/2016
  • Hora: 14:00
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  • A espécie Pilosocereus gounellei A. Weber ex K. Schum. Bly. ex Rowl (Cactaceae), conhecida popularmente como xique-xique é endêmica do semiárido brasileiro com habitat desde o Maranhão até a Bahía, onde há relatos do uso do macerado das suas raízes pela medicina popular para o tratamentos de doenças do trato urinário e inflamação da próstata e o macerado da medula dos cladódios para o tratamento de gastrite. O estudo fitoquímico de P. gounellei proporcionou o isolamento e identificação de nove substâncias sendo três esteroides, β-sitosterol, a mistura do β-sitosterol com o estigmasterol e a mistura do β-sitosterol e estigmasterol glicosilados; três flavonoides, pinostrobina, quercetina e canferol; um composto porfirínico, feofitina a; além de duas alcamidas, a trans-feruloiltiramina e a 7’- etoxy trans- feruloiltiramina (Marianneína), que foi descrita pela primeira vez na literatura. A caracterização estrutural das substâncias foi feita por meio de métodos espectroscópicos uni e bidimensionais de 1H e 13C. A análise da atividade antioxidante dos extratos dos cladódios, raízes, flores, frutos e fração metanólica, revelou que o extrato dos frutos possui alto potencial antioxidante, sendo um candidato a possível produto nutracêutico. A triagem da atividade antimicrobiana revelou que as amostras de P. gounellei, com exceção do extrato dos frutos e fração metanólica, possuem uma discreta atividade frente à E. colli. A metodologia analítica validada, possibilitou quantificar o β-sitosterol, no extrato dos cladódios (0,38 ± 0,023 mg de β-sitosterol/g de extrato dos cladódios) além de contribuir para o controle de qualidade da matéria-prima vegetal.
  • PAULA REGINA RODRIGUES SALGADO
  • Estereoisômeros da epóxi-carvona com atividade anticonvulsivante: um estudo comparativo.
  • Data: 26/02/2016
  • Hora: 14:00
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  • A epóxi-carvona é um monoterpeno presente em plantas aromáticas com atividades farmacológicas já comprovadas no sistema nervoso central, entre elas, antinociceptiva e anticonvulsivante. Esta substância apresenta centros quirais que possibilitam a geração de quatro estereoisômeros, denominados (+)-cis-EC, (-)-cis-EC, (+)-trans-EC e (-)-trans-EC, cujos efeitos anticonvulsivantes comparativos nunca foram estudados. Este trabalho visa investigar de forma comparativa a atividade anticonvulsivante dos citados estereoisômeros da EC em modelos experimentais de indução química e elétrica de convulsão em camundongos, bem como quantificar citocinas pró-inflamatórias e realizar análise histopatológica dos animais tratados. No teste das convulsões induzidas pelo pentilenotetrazol, todos os estereoisômeros testados (300 mg/kg; i.p.) foram efetivos na proteção das convulsões, aumentando a latência para surgimentos das mesmas. Já no teste das convulsões induzidas pela pilocarpina, as substâncias (+)-cis-EC, (+)-trans-EC e (-)-trans-EC tiveram maior destaque na redução de parâmetros relacionados à ativação de receptores colinérgicos, além de aumentarem a latência para início das convulsões. Não foram obtidos resultados significativos no teste das convulsões induzidas pela estricnina, sugerindo-se que possivelmente estas drogas não atuem em receptores de glicina. No modelo do eletrochoque auricular máximo, evidenciou-se diferença no efeito dos estereoisômeros da EC e apesar de todos reduzirem a duração das convulsões de forma significativa, as substâncias (+)-trans-EC e (-)-trans-EC apresentaram uma redução ainda mais acentuada. No teste do “kindling”, (+)-cis-EC e (-)-cis-EC reduziram a média dos escores apresentados, com pequeno mas visível destaque para (+)-cis-EC. O estereoisômero (+)-cis-EC diminuiu os níveis das citocinas pró-inflamatórias IL-1β, IL-6 e TNFα no teste do “kindling”, enquanto, comparativamente, (-)-cis-EC não reduziu a quantidade de IL-1β. A análise histopatológica do hipocampo evidenciou proteção neuronal maior para os tratados com (+)-cis-EC. O grupo que recebeu (-)-cis-EC exibiu componentes inflamatórios neste tecido, o que elenca mais uma vez (+)-cis-EC como promissor, comparativamente. Sendo assim, esses resultados mostram que os estereoisômeros da EC tem similar potencial anticonvulsivante, com destaque para (+)-cis-EC, que possivelmente interfere potencializando vias inibitórias ou inibindo vias excitatórias, além de alterar os níveis de citocinas envolvidas no processo epileptogênico e promover proteção neuronal por mecanismos que requerem maiores investigações.
2015
Descrição
  • GUILHERME EDUARDO NUNES DIAS
  • AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE NÃO-CLÍNICA DO EXTRATO ETANOLICO BRUTO DE Pilosocereus gounellei (Fac weber) EM RATOS
  • Data: 02/12/2015
  • Hora: 14:00
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  • Pilosocereus gounellei é uma planta popularmente conhecida como xique-xique, sendo tradicionalmente empregada pela população do nordeste para o tratamento de inflamações prostáticas. Neste sentido nos propomos realizar uma avaliação toxicológica não-clínica do extrato etanólico de Pilosocereus gounellei (fac weber) (Pg-EEtOH) seguindo o guia para a condução de estudos não clínicos de toxicologia e segurança farmacológica necessários ao desenvolvimento de medicamentos (01/2013). Para tanto, serão utilizados ratos Wistar e camundongos Swiss de ambos os sexos. Inicialmente será realizada uma triagem farmacológica com intuito de verificar os efeitos do extrato sobre os parâmetros fisiológicos desses animais. No ensaio toxicológico agudo será utilizada a dose única de 2000 mg/kg por via oral, após o tratamento serão observados durante 14 dias os seguintes parâmetros: os efeitos comportamentais durante 72 horas; consumo de água e ração diariamente; bem como a evolução ponderal semanalmente. Após o 14o dia será determinada a DL50. Os animais que sobreviventes serão sacrificados para análise dos parâmetros bioquímicos, hematológicos, avaliação macroscópica dos órgãos e exames histopatológicos nos órgãos alterados. No estudo toxicológico crônico serão administradas doses fracionadas do Pg-EEtOH durante 90 dias, serão avaliados os seguintes parâmetros: temperatura, glicemia, consumo de água e ração, evolução ponderal, atividade exploratória e motora dos animais, parâmetros hematológicos e bioquímicos dos ratos em estudo. A genotoxicidade foi avaliada através do Teste do Micronúcleo em células hematológicas perifericas de Roedores in vivo. A atividade antiinflamatória foi avaliada através do modelo de edema de pata induzida por carragenina. O Pg-EEtOH apresentou uma CL50 de 547,3 μg/mL, uma DL50 > 2000 mg/kg, não causou alterações comportamentais, causou uma diminuição significativa no consumo de água e ração. Nas fêmeas foi observado um aumento nos níveis de séricos de ureia e uma diminuição nos níveis de creatinina. No ensaio crônico o Pg-EEtOH não alterou a temperatura nem a glicemia dos animais de forma significativa, também não alterou o consumo de água e ração e nem a evolução ponderal. Na analise comportamental dos animais não foi encontrado nenhuma alteração significativa nos parâmetros avaliados também não ocorreu nenhuma alteração no sistema motor autônomo desses animais. Os parâmetros bioquímicos e hematológicos não ocorreram nenhuma alteração significativa quando comparado ao grupo controle. A analise histopatológica não foi necessária uma vez que não ocorreu nenhuma alteração macroscópica e nem sinais de alteração na fisiologia e no funcionamento dos órgãos. Na pesquisa de micronúcleos podemos observar que o extrato não induziu a formação de micronúcleos quando comparado com o grupo controle. No modelo de edema de pata foi observado que apenas a dose de 25 mg/kg reduziu significativamente o edema. Com base nos dados obtidos observamos que o Pg-EEtOH possui uma baixa toxicidade e genotoxicidade além de apresentar atividade antiinflamatória sendo necessário estudos mais aprofundados para avaliar a atividade antiinflamatória.
  • JOSUE DO AMARAL RAMALHO
  • Avaliação da toxicidade aguda e crônica do extrato hidroalcoólico bruto da casca da raiz de Dioclea grandiflora mart. ex benth.
  • Data: 29/10/2015
  • Hora: 14:00
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  • Introdução: A Dioclea grandiflora, conhecido como Mucunã de caroço, atua sobre o Sistema Nervoso Central, doenças da próstata e pedras nos rins. Objetivo: Avaliação toxicológica não clínica aguda e crônica do extrato hidroalcoólico bruto da casca da raiz de Dioclea grandiflora, com base na Instrução Normativa nº4, de 18 de junho de 2014 da Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Metodologia: Para ambas as metodologias foram utilizados ratos Wistar, ambos os sexos, com a administração do extrato etanólico bruto da casca da raiz de Dioclea grandiflora, via oral. Na toxicidade aguda, utilizou-se um grupo tratado com a dose 2000 mg/kg e um grupo controle (veiculo). Após a administração, observou-se os parâmetros de comportamento por 30, 60, 90, 120, 180 e 240 minutos, consumo de ração e água diariamente, evolução ponderal semanal e parâmetros hematológicos e bioquímicos, após os 14 dias da administração da dose única. O número de sobreviventes contabilizados para determinar a DL50. Para a toxicidade crônica os animais foram tratados por via oral (v.o) com as doses de 10, 50 e 250 mg/kg do EEBCRDg e um grupo controle, durante 90 dias. Foram analisados o consumo de água e ração, temperatura, glicemia, evolução ponderal, testes comportamentais tais como, rota rod e campo aberto, parâmetros bioquímios e hematológicos e anatomopatológicos. Resultados: Na toxicidade aguda houve aumento estatisticamente significativo no consumo de água e ração para ambos os sexos. Aumento da albumina dos machos, nas fêmeas reduziu a fosfatase alcalina, proteína total e globulinas. Diminuiu o número de hemácias nas fêmeas. Na toxicidade crônica houve aumento na temperatura dos machos e diminuição das fêmeas, diminuição da glicemia em ambos os sexos, diminuiu o consumo de água e ração nos machos, aumento e diminuição da água e ração nas fêmeas, aumento e diminição da evolução ponderal para ambos os sexos, para o teste corportamental campo aberto, aumentou a ambulação nas fêmeas, aumentou o levantar em ambos os sexos, aumento da limpeza nas fêmeas, diminuiu a quantidade de bolos fecais nas fêmeas. Para os parâmetros bioquímicos houve diminuição da glicose e albumina, aumento da creatinina, AST, ALT, LDH, Proteínas totais, albumina e globulina para os machos, aumento nas proteínas totais e globulina nas fêmeas. Para os parâmetros hematológicos aumento as hemácias, hematocrito, leucócitos e diminuiu o VCM e CHCM nos machos, nas fêmeas aumentou hemácias, diminuiu VCM e HCM. Apresentando infiltrado inflamatório nos pulmões dos machos. Conclusão: De acordo com os resultados obtidos o EEBCRDg apresentou uma toxicidade considerável de atenção, sendo necessárias maiores investigações para atestar a segurança de seu uso.
  • LIANE FRANCO BARROS MANGUEIRA
  • Ensaio Clínico com o Infuso das Folhas de Cissampelos sympodialis Eichl. (Menispermaceae).
  • Data: 24/08/2015
  • Hora: 14:00
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  • Cissampelos sympodialis Eichl. é uma espécie da flora brasileira, encontrada desde o Ceará até o norte de Minas Gerais, ocorrendo principalmente em áreas de clima semi-árido. A espécie é conhecida popularmente como "milona", "jarrinha", "orelha-de-onça" e "abuteira", cujas folhas e raízes são empregadas na medicina popular para o tratamento de doenças do aparelho respiratório, reumatismos e artrites. A espécie Cissampelos sympodialis é estudada na Universidade Federal da Paraíba há mais de vinte anos, tendo sido demonstrado em ensaios pré-clínicos, efeito broncodilatador, anti-inflamatório e baixa toxicidade. O objetivo do presente estudo foi avaliar, respectivamente, a segurança e eficácia das folhas de Cissampelos sympodialis em seres humanos, através da realização de ensaio clínico com 18 voluntários saudáveis (fase I) e 18 atópicos (fase II), que usaram o infuso das folhas de Cissampelos sympodialis, por um período de quatro semanas em cada fase. Foram aplicados questionários para investigação de efeitos adversos, realizados exames clínicos, laboratoriais, eletrocardiograma e espirometria. A pesquisa foi desenvolvida de acordo com as normas regulamentadoras de pesquisas, envolvendo seres humanos e aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos do Hospital Universitário Lauro Wanderley (UFPB). Diante do exposto, concluiu-se que o infuso das folhas do Cissampelos sympodialis Eichl. em seres humanos, foi bem tolerado, não sendo observadas, durante a sua utilização, alterações clínicas, laboratoriais, eletrocardiográficas e nem reações adversas significantes. Os voluntários asmáticos, que participaram da fase II da pesquisa, referiram melhora dos sintomas e redução do uso de broncodilatador de resgate, porém, não foi observada na espirometria alteração com significância estatística quando comparados os exames pré e pós utilização do infuso das folhas do Cissampelos sympodialis do total da amostra. Estes resultados sugerem a baixa toxicidade, na dose e via de administração testadas e possível efeito benéfico em pessoas com asma. Com estes dados obtidos e complementados com os resultados pré-clínicos, torna-se viável o registro e/ou notificação do produto estudado junto a ANVISA de acordo com Instrução Normativa nº 4, de 18 de junho de 2014, visando uma posterior produção de um fitoterápico com aplicação em desordens inflamatórias, especialmente a asma.
  • YANNA CAROLINA FERREIRA TELES
  • Estudo fitoquímico de Wissadula periplocifolia (L.) C. Presl (Malvaceae) e desenvolvimento de metodologia analítica para quantificação do seu marcador químico
  • Data: 24/07/2015
  • Hora: 14:00
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  • Wissadula periplocifolia (Malvaceae), popularmente conhecida no Brasil como “malva amarela”, é usada tradicionalmente para tratar picadas de cobra e de abelha. O estudo fitoquímico das suas partes aéreas, utilizando técnicas cromatográficas, conduziu ao isolamento de derivados clorofílicos, triterpenos, ácidos fenólicos e treze flavonoides, dentre eles flavonas metoxiladas, flavonoides glicosilados e flavonoides sulfatados, com destaque para as substâncias inéditas: 5 –hidroxi -4’-metoxi- 7-O-sulfato flavona; 5,7 –di-hidroxi -4’-metoxi- 8-O-sulfato flavona; 5,7,4’–tri-hidroxi - 8-O-sulfato flavona; 5,8 –di-hidroxi -4’-metoxi- 8-O-sulfato flavona e 5,7,4’ –tri-hidroxi -3’-metoxi- 8-O-sulfato flavona. As substâncias isoladas foram caracterizados por análise espectroscópica, como RMN uni e bidimensionais e LC-HRMS. Um ensaio preliminar para avaliar a atividade antibacteriana das fases de W. periplocifolia mostrou que a fase diclorometano, acetato de etila e n-butanol foram ativas contra Enterococcus faecalis. Os flavonoides tilirosídeo e 7,4'-di-O-metilisoscutelareina mostraram atividade anti-inflamatória através da inibição do recrutamento de neutrófilos em modelo animal. O tilirosídeo foi selecionado como marcador químico de W. periplocifolia e uma metodologia analítica foi desenvolvida e validada para quantificar o teor do tilirosídeo no extrato etanólico bruto de W. periplocifolia, por HPLC. Utilizando a metodologia desenvolvida, foi detectado o teor de 3,5% de tilirosídeo no extrato etanólico bruto de W. periplocifolia.
  • DANIELA DE ARAUJO VILAR
  • ESTUDO FITOQUÍMICO DA BIXINA E FRAÇÃO OLEOSA EXTRAÍDOS DA BIXA ORELLANA BIOMONITORADO PELA ATIVIDADE LEISHMANICIDA
  • Data: 21/05/2015
  • Hora: 10:30
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  • A leishmaniose é uma doença transmitida por protozoários do gênero Leishmania. Numerosas espécies são responsáveis pela infecção em humanos, resultando em três fenótipos clínicos. A OMS as classificam como doenças negligenciadas, e incentiva a busca de novos fármacos ou formulações que sejam eficazes e que tenham baixa toxicidade ao homem. Todos os fármacos atualmente em uso para o tratamento da leishmaniose apresentam restrições, como toxicidade, graves efeitos colaterais, custo elevado, administração parenteral ou teratogenicidade. Desta forma, o desenvolvimento de fármacos mais eficazes e seletivos é de suma importância, e a identificação de vias metabólicas exclusivas do parasita que possam ser usadas como alvo pode ser um ponto de partida interessante. As plantas medicinais têm sido uma rica fonte para obtenção de moléculas para serem exploradas terapeuticamente. A Bixa orellana L. popularmente conhecido como “urucum” apresenta diversas atividades farmacológicas comprovadas. O objetivo do presente estudo foi verificar o potencial antileishmania e a toxicidade dos fitoconstituintes da fração oleosada semente de B. orellana L. e da bixina, visando comprovar sua atividade biológica, seguranças e eficácia terapêutica. A bixina foi caracterizada através de espectros de ressonância magnética nuclear de ¹H e ¹³C e a fração oleosa por cromatógrafo a gás acoplado a espectrômetro de massas. Pode-se inferir que a bixina e a fração oleosa apresentam-se como tóxicos por apresentar valor de DL50, respectivamente, de 353,64±67,54 e 285,41±35,81μg/mL, baixa toxicidade frente eritrócitos de camundongos suíços e baixa toxicidade após administração aguda na dose de 2000 mg/mL.A bixina e a fração oleosa inibiram o crescimento das formas promastigotas, gerando uma IC50 de 2,16 μg/mL e 1,26 μg/mL, respectivamente, para Leishmania major. O teste de exclusão do azul de Trypan demonstrou uma significativa citotoxicidade das substâncias em estudo sobre macrófagos murinos. A CC50 calculada para os macrófagos murinos foi de 59,51 μg/mL e 111,41 μg/mL, para a bixina e fração oleosa, respectivamente, portanto, são mais tóxicas para os parasitos que para os macrófagos avaliados. A bixina e a fração oleosa não apresentaram um efeito antileishmania in vivo em camundongos suíços infectados com L. major. Pode-se concluir que a bixina e a fração oleosa apresentaram atividade antileishmania (leishmaniostática e leishmanicida) sobre formas promastigotas de L.major.