PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA (CCEN - PPGG)
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA (CCEN)
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Notícias
Banca de DEFESA: MATHEUS GOUVEIA
Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MATHEUS GOUVEIA
DATA: 16/12/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Google Meet
TÍTULO: ATIVISMOS CARTOGRÁFICOS E REPRESENTAÇÕES ESPACIAIS:
um debate essencialmente geográfico
PALAVRAS-CHAVES: Representações Espaciais. Ativismos Cartográficos. Investigação
Militante. Epistemologias do Sul.
PÁGINAS: 252
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Geografia
SUBÁREA: Geografia Humana
RESUMO: O presente trabalho discute as representações espaciais a partir dos ativismos
cartográficos, mediante a aproximação da Geografia com os conhecimentos de
algumas comunidades tradicionais organizadas localizadas no litoral sudeste
brasileiro. Desse modo, o objetivo geral do trabalho busca demonstrar como as
representações espaciais, mais especificamente os ativismos cartográficos (Santos,
R. E. 2011; Gouveia, 2021), podem ser compreendidas como práticas espaciais
essenciais a territorialidade das comunidades tradicionais e fundamentais para suas
estratégias de luta e resistência. Combinaremos as ideias de conflito ontológico
(Escobar, 2016) e conhecimento fronteiriço (Mignolo, 2005; Santos, B. S. 2019) para
discutir as representações espaciais em diferentes contextos e sociedades, operando
a categoria de análise evento, sugerida por Milton Santos (1999), e compreendendo-
as como práticas espaciais (Corrêa, 1995; Moreira, 2007; Souza, 2013) sob a
combinação dos métodos histórico e comparativo (Marconi; Lakatos, 2003; Spósito,
2017; Torres-Miranda, 2019). Buscando subsidiar essa tentativa, os objetivos
específicos, por sua vez, são: a) apresentar uma discussão sobre o entendimento das
representações espaciais como práticas espaciais e sua relação direta com a cultura
e com a produção de conhecimentos; b) elaborar uma contribuição acerca da história
da Cartografia e a importância dos mapas na modernidade colonial; c) expor uma
tentativa de contribuição que evidencie outras possibilidades de representações
espaciais e, também, de ativismos cartográficos. Nesse sentido, partimos da hipótese
de que historicamente os conflitos territoriais envolvendo as comunidades tradicionais
sempre foram representados e pensados a partir de mapas elaborados
exclusivamente pela linguagem cartográfica moderna. E assim como demonstrado em
outros momentos, compreendemos que a linguagem cartográfica, para além de toda
significativa contribuição técnica e científica, serviu ao exercício do poder colonial
(Harley, 2009; Rodrigues, 2006; Rocha, 2015). Defendemos, então, a tese de que os
ativismos cartográficos mudam a dinâmica do conflito vivenciado pelas comunidades
tradicionais, pois disputam ativamente diferentes narrativas, entre diferentes escalas
e contextos, operando como uma nova possibilidade de uso estratégico dos
conhecimentos da própria comunidade e de r-existência da territorialidade do grupo.
Utiliza-se como principal material de referências as experiências cartográficas,
desenvolvidas na área de atuação de um conjunto formado pelo Fórum de
Comunidades Tradicionais (FCT), pelo CARTONOMIA (CNPQ/UFF) e pelo
Observatório de Territórios Sustentáveis e Saudáveis da Bocaina (OTSS/FIOCRUZ),
entre os anos de 2017 e 2019. Além de toda vivência e conhecimentos imbricados,
que transcendem fronteiras e instituições, destaca-se que o referencial central para o
desenvolvimento dessa pesquisa foi a experiência cartográfica do Quilombo da
Fazenda, Ubatuba-SP.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 337195 - DORALICE SATYRO MAIA
Interno - 1762569 - AMANDA CHRISTINNE NASCIMENTO MARQUES
Interno - 1005440 - ANA CAROLINA DE OLIVEIRA MARQUES
Externo à Instituição - CLÁUDIO UBIRATAM GONÇALVES
Externo à Instituição - Diogo Marçal Cirqueira
Externo à Instituição - RENATO EMERSON NASCIMENTO DOS SANTOS