PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA (CCEN - PPGG)
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA (CCEN)
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Notícias
Banca de DEFESA: DENIZE MONTEIRO DOS ANJOS
Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: DENIZE MONTEIRO DOS ANJOS
DATA: 27/06/2025
HORA: 09:00
LOCAL: meet.google.com/vsa-ueph-bzg
TÍTULO: IDENTIFICAÇÃO DE ÁREAS SUSCETÍVEIS À OCORRÊNCIA DE SECAS AGRÍCOLAS USANDO DADOS CENSITÁRIOS, SENSORIAMENTO REMOTO E ANÁLISE MULTICRITÉRIO
PALAVRAS-CHAVES: Sensoriamento Remoto; MODIS; CHIRPS; Escassez de Água; Google Earth Engine.
PÁGINAS: 118
GRANDE ÁREA: Ciências Exatas e da Terra
ÁREA: Geociências
SUBÁREA: Geografia Física
RESUMO: As mudanças climáticas têm cada vez mais impactado os ecossistemas e as atividades econômicas, especialmente na região Nordeste do Brasil, onde a irregularidade das chuvas intensifica a ocorrência de secas agrícolas. Este estudo teve como objetivo central identificar áreas com maior risco à seca agrícola tendo como foco as culturas de milho, feijão-caupi e mandioca, para o período de 2001 a 2022, baseado na aplicação do Índice de Risco de Seca Agrícola (IRSA). O IRSA mede o risco a seca agrícola variando de 0 (muito alto) e 1 (muito baixo). A metodologia incluiu. Nesta pesquisa, o IRSA foi aplicado as microrregiões do estado da Paraíba e integrou dados de sensoriamento remoto, censitários e o Método de Análise Hierárquica Analytic Hierarchy Process (AHP). Para a realização desse estudo foram utilizados dados de temperatura (MODIS), evapotranspiração (MODIS), e precipitação (CHIRPS) estimados por sensoriamento remoto e de área colhida em hectares (SIDRA/IBGE). A validação estatística do índice foi realizada por meio das curvas ROC (Receiver Operating Characteristic) e da AUC (Área Sob a Curva), utilizando 3.000 pontos regulares extraídos dos mapas raster para cada cultura. A análise espacial indicou que as mesorregiões do Sertão Paraibano e Borborema apresentaram os maiores riscos de seca agrícola, destacando-se o ano de 2012 como o mais crítico. As microrregiões de Patos, Piancó, Sousa, Catolé do Rocha, Seridó Oriental e Ocidental foram as mais afetadas ao longo da série histórica. Em contrapartida, as microrregiões Cajazeiras, Sousa, Patos, Piancó, Itaporanga, e Serra do Teixeira foram as que apresentaram os menores riscos a seca agrícola. A cultura do milho demonstrou maior resiliência em relação à seca, enquanto a mandioca foi a mais afetada. Os mapas gerados com base na média dos 21 anos indicaram que cerca de 32,80% da área total estudada apresentou risco moderado, com predomínio de pixels na faixa de 0,58 a 0,84, indicando risco baixo a muito baixo. Os resultados demonstraram excelente desempenho para indicar padrões de risco espacial que podem orientar ações futuras, com valores de AUC variando entre 0,97 e 0,99, indicando alta capacidade de discriminação do modelo entre áreas com e sem seca agrícola. Este trabalho comprova a eficiência da integração de métodos geoespaciais e multicritério na avaliação do risco de seca agrícola, fornecendo subsídios técnicos para gestão territorial, planejamento agrícola e políticas públicas de mitigação da seca no semiárido paraibano.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2529303 - RICHARDE MARQUES DA SILVA
Interno - 338351 - EDUARDO RODRIGUES VIANA DE LIMA
Externo à Instituição - VALERIA RAQUEL PORTO DE LIMA
Externo à Instituição - VANINE ELANE MENEZES DE FARIAS
Externo à Instituição - ÉRICA CRISTINE MEDEIROS MACHADO