PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA (CCEN - PPGG)
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA (CCEN)
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Notícias
Banca de DEFESA: MATEUS BARBOSA DA SILVA
Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MATEUS BARBOSA DA SILVA
DATA: 29/08/2025
HORA: 17:00
LOCAL: ambiente virtual - Google Meet
TÍTULO: O TERRITÓRIO E O LUGAR NAS DISCUSSÕES SOBRE GÊNERO E SEXUALIDADE NA GEOGRAFIA ESCOLAR: Encontros e desencontros conceituais
PALAVRAS-CHAVES: Território. Lugar. Gênero. Sexualidade. Geografia Escolar.
PÁGINAS: 95
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Geografia
RESUMO: Com a evolução do pensamento geográfico, as questões de gênero e sexualidade passaram a
ganhar atenção nesta ciência. Conforme Milton Santos (2006) argumenta, os sujeitos, suas
diferenças e as interações que estabelecem no espaço precisam ser analisados pela Geografia, através de seus conceitos. Este trabalho, partindo da perspectiva decolonial, propõe que o ensino da disciplina na educação básica também se aproprie dessas questões, analisando o próprio espaço escolar a partir das vivências de corpos dissidentes, considerando a escala do corpo como um território de análise. O objetivo central é analisar as relações teóricas e as possibilidades metodológicas dos conceitos de lugar/território e gênero/sexualidade a partir da Geografia Escolar. A pesquisa, de natureza qualitativa e exploratória, utilizou metodologias como a pesquisa queer e a análise documental. As referências teóricas principais incluem Beauvoir (1967), Judith Butler (2006) e Foucault (1993) para discussões de gênero e sexualidade; Louro (1997) para o espaço escolar; e geógrafos como Haesbaert (2021), Tuan (1980) e Joseli Maria Silva (2009) para a ressignificação dos conceitos de território e lugar. A análise documental revelou que a Base Nacional Comum Curricular, ao silenciar as questões de gênero e sexualidade, utiliza termos genéricos como diversidade para mascarar uma agenda conservadora. Essa omissão reforça a territorialidade heteronormativa do espaço escolar e a marginalização de corpos não normativos. Em contrapartida, o estudo demonstrou, por meio da análise de trabalhos de Freitas (2021) e Mello e Tonini (2022), que a ausência de diretrizes oficiais não impede a atuação docente. Pelo contrário, a prática pedagógica pode se tornar um ato de transgressão, subvertendo o currículo formal e transformando a sala de aula em um espaço de acolhimento e resistência. Minhas próprias experiências como professor, em Campina Grande e em Vitória, validaram essa tese, mostrando que, ao conectar a Geografia com as vivências dos estudantes, é possível capacitá-los a mapear as injustiças e a construir ativamente espaços de pertencimento e respeito. Assim, o trabalho conclui que o professor e a aula de Geografia são agentes políticos fundamentais na luta por uma educação mais justa e decolonial.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 031.880.724-65 - LUIZ EUGÊNIO PEREIRA CARVALHO - UFCG
Interno - 069.203.544-38 - ANGELICA MARA DE LIMA DIAS - UEPB
Externo à Instituição - ALDO GONCALVES DE OLIVEIRA
Externo à Instituição - CARLOS ANDRÉ GAYER MOREIRA