PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA (CCEN - PPGG)
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA (CCEN)
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Notícias
Banca de DEFESA: JOEL MACIEL PEREIRA CORDEIRO
Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JOEL MACIEL PEREIRA CORDEIRO
DATA: 29/09/2025
HORA: 14:00
LOCAL: DGEOC/UFPB
TÍTULO: Vivendo em meio a extinções, espécies invasoras, híbridos tecnológicos e mutações: a natureza híbrida no Antropoceno
PALAVRAS-CHAVES: Adaptação, Biogeografia, Citogenética, Especiação, Poliploidia
PÁGINAS: 105
GRANDE ÁREA: Ciências Exatas e da Terra
ÁREA: Geociências
SUBÁREA: Geografia Física
ESPECIALIDADE: Fotogeografia (Físico-Ecológica)
RESUMO: O Antropoceno é caracterizado como um período em que as atividades humanas exercem uma profunda influência global na dinâmica natural do planeta e no funcionamento dos ecossistemas. Como consequência, muitas espécies estão sendo levadas à extinção, enquanto outras se adaptam, e novas espécies emergem por meio do estabelecimento de novos nichos ecológicos. Com base em perspectivas ecológicas, biológicas, ambientais e biogeográficas, examinamos os principais impulsionadores, consequências e processos de extinção de espécies, juntamente com as estratégias adaptativas de grupos selecionados às condições ambientais adversas. Discutimos os mecanismos dominantes de especiação no Antropoceno e os atributos de uma natureza cada vez mais moldada pela atividade humana e pela tecnologia. A adaptação em muitas espécies é facilitada por mutações genéticas, como a poliploidia em plantas, bem como por sua capacidade de se tornarem espécies invasoras e amplamente dispersas. Além disso, uma nova categoria de organismos está emergindo, os híbridos tecnológicos, entidades projetadas em laboratório que combinam componentes naturais com tecnologia humana. A convergência de elementos naturais e antropogênicos apresenta desafios complexos para a conservação da biodiversidade, a resiliência dos ecossistemas, princípios éticos, a equidade social e as mudanças climáticas. A humanidade e suas tecnologias precisam compartilhar a responsabilidade de garantir que essa natureza híbrida traga benefícios tanto para as sociedades humanas quanto para os demais organismos que habitam os ecossistemas da Terra. Além do debate teórico, este estudo investiga os mecanismos de evolução cariotípica subjacentes à adaptação de plantas a ambientes urbanos, em paralelo a uma nova realidade ambiental no Antropoceno. Analisamos a estrutura da vegetação herbácea espontânea, considerando abundância, frequência, densidade, número de indivíduos e o índice de valor de importância (IVI), em 100 parcelas de 1 m² distribuídas em 10 cidades da Paraíba, Brasil. As espécies foram classificadas de acordo com a origem (nativa ou invasora) e nível de ploidia (diploide ou poliploide). Contagens cromossômicas foram realizadas para todas as espécies registradas. No total, registramos 8.779 indivíduos pertencentes a 18 famílias, 32 gêneros e 39 espécies. A riqueza de espécies foi semelhante entre os grupos nativos e invasores. No entanto, as espécies invasoras exibiram valores de IVI mais elevados. A poliploidia ocorreu em 61,5% das espécies analisadas, incluindo aquelas com os maiores IVIs. Estes resultados sugerem que plantas poliploides e amplamente dispersas, independentemente de serem nativas ou exóticas, tendem a possuir capacidades adaptativas e de sobrevivência aprimoradas no Antropoceno.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 4201553 - BARTOLOMEU ISRAEL DE SOUZA
Interno - 179.048.110-49 - DIRCE MARIA ANTUNES SUERTEGARAY - UFRGS
Externo à Instituição - ADRIANO FIGUEIRÓ
Externo à Instituição - FELIPE NOLLET MEDEIROS DE ASSIS
Externo à Instituição - SUELI ANGELO FURLAN