PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA (CCEN - PPGG)
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA (CCEN)
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Banca de DEFESA: GUSTAVO FERREIRA DE VASCONCELOS
Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: GUSTAVO FERREIRA DE VASCONCELOS
DATA: 16/12/2025
HORA: 09:00
LOCAL: Auditório do Departamento de Geociências
TÍTULO: ANÁLISE DA HIDRODINÂMICA COSTEIRA, MORFOLOGIA PRAIAL, BALANÇO SEDIMENTAR E DESLOCAMENTO DA LINHA DE COSTA DAS PRAIAS DO SEIXAS E CABO BRANCO, JOÃO PESSOA/PB
PALAVRAS-CHAVES: Dinâmica Costeira, Erosão Costeira, Balanço Sedimentar.
PÁGINAS: 111
GRANDE ÁREA: Ciências Exatas e da Terra
ÁREA: Geociências
SUBÁREA: Geografia Física
ESPECIALIDADE: Geomorfologia
RESUMO: As praias do Seixas e do Cabo Branco, localizadas na cidade de João Pessoa, no Estado da Paraíba vêm apresentando alterações na linha de costa, refletindo processos de erosão, sedimentação e estabilidade costeira que resultam da interação entre dinâmicas naturais e intervenções antrópicas. No entanto, ainda não está claramente estabelecido em que medida as estruturas artificiais rígidas na área de estudo interferem nos processos hidrodinâmicos e morfossedimentares locais, alterando o balanço sedimentar e a evolução da linha de costa. Assim, o objetivo deste estudo é analisar a dinâmica da linha de costa e os processos de erosão, estabilidade e sedimentação costeira, estabelecendo uma conexão entre os aspectos naturais e antropogênicos nas praias do Seixas e Cabo Branco. Para a realização deste estudo foram utilizados os seguintes procedimentos metodológicos: (1) monitoramento de quatro perfis topográficos transversais (P1 a P4) localizados ao longo das praias estudadas durante 13 meses (de 06 de Junho de 2023 a 06 de Junho de 2024) para analisarmos a dinamicidade da morfologia praial, (2) quantificação do balanço sedimentar nos quatro perfis topográficos transversais, (3) estimativa das mudanças na linha de costa a partir de uma análise multitemporal em curto prazo (2016−2024) e de longo prazo (1984−2025), e (4) análise da hidrodinâmica marinha utilizando o modelo SMC-Brasil para o período de 1948 a 2008. Os resultados obtidos mostraram que os perfis P1 (próximo ao mirante do Cabo Branco) e P2 (próximo a ponta da falésia do Cabo Branco) apresentaram discreta acreção de 3,38 m³/m e 2,06 m³/m, respectivamente, provavelmente atribuída à reflexão de ondas geradas pela estrutura próxima, e pela presença de um enrocamento, enquanto o P3 (localizado no pontal arenoso da praia dos Seixas) apresentou a maior acreção (8,60 m³/m). O P4 (perfil mais ao Sul) registrou erosão acelerada de 9,04 m³/m. Com relação as mudanças na linha de costa, os resultados indicam que as áreas classificadas tendência a estabilidade/acreção (as porções norte da enseada da praia do Cabo Branco e centro-sul da praia do Seixas) tanto no período de curto prazo quanto no de longo prazo tendem a coincidir espacialmente. Em relação as áreas de erosão ou criticamente erodidas ocorreu uma maior discrepância nos resultados. As áreas sul da enseada do Cabo e Branco e Ponta do Cabo Branco apresentaram uma predominância de áreas erodidas e criticamente erodidas no curto prazo, enquanto no longo prazo essas áreas apresentaram estabilidade. Esses resultados podem ser explicados pela existência de um terraço de abrasão nessa área, que pode ter influenciado na captura das linhas de costa. Os resultados mostram que no curto prazo houve uma maior fragmentação das classes e identificação de microzonas de acréscimo e estabilidade, diferentemente das classes obtidas no longo prazo. No que tange, os resultados das taxas no transporte de sedimentos, observou-se que os maiores valores ocorrem nas estações de inverno e primavera, uma vez que as correntes marinhas, ventos e ondas tornam-se mais fortes nesse período. Os resultados do transporte/fluxos médios de sedimentos estimados pelo SMC-Brasil apresentaram um predomínio dos valores negativos de transporte de sedimentos nos perfis transversais P1, P2 e P4, excetuando-se, apenas o P3, único que ficou positivo durante todos os períodos. Diante do exposto, percebemos a complexidade desse ambiente que se altera constantemente, causando mudanças no balanço sedimentar devido a alteração natural de energia, bem como das interferências antrópicas que intensificam as perdas ou o acréscimo de sedimentos nas praias.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente(a) - 2529303 - RICHARDE MARQUES DA SILVA
Interno(a) - 338351 - EDUARDO RODRIGUES VIANA DE LIMA
Externo(a) ao Programa - 1358547 - CELSO AUGUSTO GUIMARAES SANTOS
Externo(a) ao Programa - 1067435 - VICTOR HUGO RABELO COELHO
Externo(a) à Instituição - MARIA CECILIA SILVA SOUZA