PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA (CCEN - PPGG)

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA (CCEN)

Telefone/Ramal
Não informado

Notícias


Banca de QUALIFICAÇÃO: DANIEL ALMEIDA BEZERRA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: DANIEL ALMEIDA BEZERRA
DATA: 26/08/2025
HORA: 09:00
LOCAL: Presencial - PPGG/UFPB
TÍTULO: O CURRÍCULO E O TERRITÓRIO: a escola como lugar da pesquisa e a pesquisa na construção da identidade socioespacial do Mutirão
PALAVRAS-CHAVES: PESQUISA; ESCOLA; CIDADE; BAIRRO DO MUTIRÃO; CAMPINA GRANDE.
PÁGINAS: 110
RESUMO: Somos a comunidade escolar do Mutirão que se constrói, cotidianamente, na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio, Nossa Senhora Aparecida, localizada na Zona Rural de Transição de Campina Grande, na Paraíba. Durante muito tempo a Comunidade do Mutirão foi, e ainda muitas vezes o é hoje, conhecida por elementos da memória coletiva e socioespaciais, estigmatizadores. Para enfrentarmos estes estigmas elaboramos o Projeto de Intervenção Pedagógica de nossa escola (ENSA), para o ano de 2025: MUTIRÃO: memórias e identidade socioespacial - da estigmatização à valorização sociocultural. Entendemos a escola como lugar privilegiado para a construção do conhecimento científico na direção de uma formação política e cidadã. Assim, indagamos: Como a práxis caminhar-pensar-pesquisar, na articulação entre a escola e a cidade, pode contribuir na territorização de um currículo que valorize a identidade socioespacial do Mutirão e no combate aos estigmas que a esse território são atribuídos? A problemática que dessa questão central deriva é a seguinte: (i) Através da educação geográfica pela pesquisa, na escola, espaços como: o pátio, a biblioteca, os laboratórios, podem contribuir na iniciação científica e na formação política dos nossos alunos? (ii) Através excursão geográfica, os espaços na cidade como: os museus, as praças, as Universidades, a feira-livre, as ruas, as rodoviárias, podem se tornar, articuladamente à escola, territórios geográfico-educativos que contribuam na valorização da identidade socioespacial do Mutirão? (iii) Como a caminhada e o olhar (pedagogia do ver) podem, através da educação geográfica pela pesquisa, espacializar (paisagem e lugar) um currículo comum entre a nossa escola, no Mutirão, e a cidade de Campina Grande capaz de contribuir na superação dos estigmas que recaem sobre a identidade socioespacial do Mutirão? Assim, nosso objetivo geral é o de: analisar como a práxis caminhar-pensar-pesquisar, na articulação entre a escola Nossa Senhora Aparecida, no Mutirão, e a cidade de Campina Grande, pode territorializar um currículo que valorize a identidade socioespacial do Mutirão e nos ajude no combate aos estigmas que ele são atribuídos. E, os objetivos específicos são: (i) Refletir como a pesquisa (pedagogia de projetos) pode contribuir tanto na ampliação dos territórios educativos de aprendizagem (geográfica) para além da sala de aula, na escola, integrando: biblioteca, laboratórios, pátio com o espaço geográfico do entorno da escola, no Mutirão, quanto na formação da identidade socioespacial do Mutirão; (ii) Compreender como a prática espacial da excursão geográfica por: museus, praças, feiras livres, ruas, nos ajuda a problematizar, coletiva e colaborativamente com os estudantes, na escola, o valor social do espaço (geográfico) público, articulando esta problematização, aos projetos de pesquisa, na escola, em especial, à possibilidade de nossa escola se tornar, através da pesquisa, um “espaço guardião da memória coletiva” da Comunidade do Mutirão; (iii) Analisar como a caminhada e o olhar podem, através da educação geográfica pela pesquisa, espacializar um currículo comum entre a escola e a cidade que valorize a identidade socioespacial do Mutirão e contribua no combate aos estigmas que à nossa comunidade são atribuídos. A noção de “curriculo territorializado” por nós operado é resultado de um diálogo com a Escola dos Sonhos em Bananeiras (2023/24/25); e, com o projeto de Extensão Campinandando (UFCG-2023/24/25). Ancorada na pedagogia crítica de Freire (1996), nossa pesquisa defende o processo educativo como diálogo e prática libertadora capaz de possibilitar aos estudantes a resignificação do seu lugar no mundo. Desse modo, ao abordar o Mutirão como campo de estudo-pesquisa, buscamos contribuir para que os estudantes o reconheçam como território de memória, resistência e potencialidade, e, no combate à segregação socioespacial (CARLOS, 2007; 2020), através da organização do currículo por projetos de trabalho (HERNÁNDEZ; VENTURA, 2017; HERNÁNDEZ, 1998); alinhando-se à pedagogia (des)obediente a partir de projetos de indagação¬ (HERNÁNDEZ; ANGUITA, 2025); à educação geográfica e ao trabalho com projetos (CARVALHO, 2020) e à pedagogia da pergunta proposta por Freire e Faundez (1985). Nossa metodologia retoma a excursão (geográfica) escolar como metodologia intuitiva (CARDOSO, 2008; 2011; 2013). Retomamos, assim, a arte de caminhar na cidade, como parte do processo de educação do olhar geográfico. (BEZERRA, 2017; DE CERTEAU, 1998; MARANDOLA JR; PAULA; FERNANDEZ, 2007).
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 031.880.724-65 - LUIZ EUGÊNIO PEREIRA CARVALHO - UFCG
Interno - 338016 - CARLOS AUGUSTO DE AMORIM CARDOSO
Externo à Instituição - RODRIGO BEZERRA PESSOA