Banca de DEFESA: ANTÔNIA CARLOS DA SILVA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANTÔNIA CARLOS DA SILVA
DATA: 27/02/2025
HORA: 14:00
LOCAL: Plataforma Google Meet
TÍTULO: MEMÓRIA COLETIVA DOS DESASTRES AMBIENTAIS NA CIDADE DO CRATO, CEARÁ
PALAVRAS-CHAVES: Riscos ambientais. Redução de riscos de desastres. História oral
PÁGINAS: 190
GRANDE ÁREA: Ciências Exatas e da Terra
ÁREA: Geociências
SUBÁREA: Geografia Física
ESPECIALIDADE: Climatologia Geográfica
RESUMO: A gestão de riscos de desastres ambientais envolve ações permanentes para o enfrentamento das ameaças com o apoio institucional e com a participação das comunidades envolvidas, sendo estas ações amparadas na ideia de que os riscos e os desastres são distribuídos desigualmente no espaço geográfico e atingem diferentemente a população Acselrad (2010). Para discutir a gestão de riscos ambientais situamos na cidade do Crato, no Ceará, as áreas de risco “Encosta do Seminário” e “Rio Granjeiro”, com o objetivo de compreender os desastres ambientais a partir das memórias construídas pelas pessoas que vivenciaram situações de deslizamentos de terra e de inundações. Atentando para a necessidade de estudos no âmbito dos desastres ambientais que agreguem os sujeitos atingidos para pensar caminhos efetivos para prevenir, gestar e reduzir os riscos decorrentes dos desastres ambientais, questionamos os formatos e a eficácia de enfrentamento dos riscos ambientais que foram ou são adotados junto as comunidades atingidas. Coloca-se como hipótese que o planejamento e as políticas públicas não têm considerado as experiências e as vivências dos sujeitos que habitam em áreas de riscos ambientais e em condições de alta vulnerabilidade social. Apontamos que as lembranças das pessoas em relação aos desastres ambientais experienciados imprimem registros na memória coletiva, sendo essa uma significativa ferramenta para a compreensão e o planejamento de ações voltadas para uma Educação para Redução de Riscos de Desastres - ERR. A memória coletiva é um conjunto de lembranças construídas a partir de um processo de reconstrução do passado vivido e experimentado por um determinado grupo social. É uma ferramenta que permite compreender coletivamente os processos, pois a rememoração vai além do que o indivíduo lembra, as memórias são coletivas, são partes da memória do grupo ao qual pertence (Halbwachs, 1990). Como procedimentos metodológicos consideramos as seguintes ações no campo da história oral: estudos em campo, com visitas às 09 (nove) áreas de risco mapeadas pela Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais - CPRM (2014) e as 02 (duas) áreas eleitas nesta pesquisa, as quais foram acompanhadas pela Defesa Civil Municipal do Crato; delimitação das áreas de estudo por apresentar a maior quantidade de imóveis e de pessoas em situação de riscos; estudo em fontes documentais escritas: Plano Diretor do Município do Crato e relatórios da CPRM e do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais - CEMADEN; e pesquisa em fontes documentais orais, com a realização de entrevistas semiestruturadas com 04 colaboradores que tiveram experiências com desastres ambientais. As narrativas dos colaboradores evidenciaram um significativo conhecimento sobre a dinâmica ambiental/climática, das ações humanas e da ausência de poder público, tão necessários ao entendimento das situações de riscos, das formas de agir e de prevenir a exposição aos perigos frente aos desastres ambientais. As narrativas dos colaboradores expressaram a realidade vivida, o reconhecimento das situações de risco pelo crivo perceptivo e das lembranças e suas repercussões na memória.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1813669 - MARCELO DE OLIVEIRA MOURA
Interno - 1451441 - ANTONIO CARLOS PINHEIRO
Interno - 335294 - EMILIA DE RODAT FERNANDES MOREIRA
Externo à Instituição - JULIANA MARIA OLIVEIRA SILVA
Externo à Instituição - Lucas Barbosa e Souza
Externo à Instituição - MARIA SOARES DA CUNHA