Banca de DEFESA: JOSE FLORENTINO VIEIRA DE MELO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JOSE FLORENTINO VIEIRA DE MELO
DATA: 21/11/2025
HORA: 09:00
LOCAL: UFPB – OPPA (Observatório de Pesquisa e Prática em Administração)
TÍTULO: (DES)ARTICULANDO OS VEIOS DA SUSTENTABILIDADE: discursos, práticas e conexões interorganizacionais em Instituições de Ensino Superior
PALAVRAS-CHAVES: universidades sustentáveis; constituição comunicativa das organizações; desacoplamento; isomorfismo; glocalização; análise sociológica do discurso.
PÁGINAS: 387
GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas
ÁREA: Administração
RESUMO: Esta pesquisa investigou discursos, práticas e conexões em torno da sustentabilidade em Instituições de Ensino Superior no Brasil – Universidade de São Paulo (USP) e Universidade Federal da Paraíba (UFPB) – e na Espanha – Universitat Politècnica de València (UPV) e Universidad Complutense de Madrid (UCM). O objetivo foi analisar como a padronização retórica, oriunda de redes interinstitucionais, interfere nas ações sustentáveis dessas organizações, revelando tensões entre pressões universais e adaptações locais. Ancorada no construcionismo social, a investigação adotou abordagem qualitativa e exploratória, com estudo de múltiplos casos. Os procedimentos incluíram análise documental de relatórios, planos e sítios oficiais, além de entrevistas semiestruturadas com gestores e observação de artefatos sociomateriais. A fundamentação teórica baseou-se na Constituição Comunicativa das Organizações (CCO) e a metodologia analítica se valeu da Análise Sociológica dos Sistemas Discursivos (ASD), o que permitiu desvelar camadas das narrativas, estilos de fala e negociações simbólicas. Os resultados evidenciaram processos de isomorfismo, em que diretrizes internacionais – como os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) –, ranqueamentos e associações interuniversitárias promovem uniformidade de falas, coexistindo com fenômenos de desacoplamento, nos quais as vozes predominantes divergem de práticas materiais, gerando ambiguidades e silenciamentos. A glocalização emergiu como mecanismo dialético, ressignificando agendas externas em contextos situados, com destaque para dimensões de governança, avaliação e alcance social. Observou-se, ainda, a sociomaterialidade como elemento constitutivo, onde objetos e espaços atuam como agentes na construção de sentidos, contrapondo-se entre inovação e reprodução de desigualdades. As conclusões apontam para trilhas colaborativas que transcendam o greenwashing, fomentem governança plural e incentivem diálogos interdisciplinares, convertendo os espaços acadêmicos em laboratórios vivos de experimentação. Convida-se, pois, a uma reflexão crítica sobre seu papel na reconfiguração de futuros equitativos, com potencial para combater desigualdades por meio de práticas integradas.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente(a) - 1346570 - ANA LUCIA DE ARAUJO LIMA COELHO
Interno(a) - 2285466 - ANIELSON BARBOSA DA SILVA
Externo(a) à Instituição - LOURDES CANÓS DARÓS
Externo(a) ao Programa - 1353967 - RENATA PAES DE BARROS CAMARA
Interno(a) - 2332845 - SAMIR ADAMOGLU DE OLIVEIRA