PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LINGUÍSTICA (PROLING)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Notícias


Banca de DEFESA: GUILHERME MOÉS RIBEIRO DE SOUSA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: GUILHERME MOÉS RIBEIRO DE SOUSA
DATA: 13/02/2025
HORA: 14:00
LOCAL: Plataforma Zoom
TÍTULO: HISTÓRIA, AGENTES E GÊNEROS DE TEXTO EM PRÁTICAS DE DIVULGAÇÃO/POPULARIZAÇÃO CIENTÍFICA DA LINGUÍSTICA NO BRASIL: UMA ANÁLISE SOB O PRISMA INTERACIONISTA SOCIODISCURSIVO
PALAVRAS-CHAVES: divulgação científica; popularização científica; linguística; ciência; interacionismo sociodiscursivo.
PÁGINAS: 313
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Lingüística
RESUMO: Este trabalho de tese toma como objeto as práticas linguageiras de divulgação/popularização científica da Linguística no Brasil, a partir da história da constituição dessa ciência e de sua divulgação/popularização no país, do agir de linguistas como agentes e das respostas sociais no reconhecimento da ciência linguística. Nesse contexto, baseamo-nos no questionamento: como se caracterizam histórica, agentiva e responsivamente as práticas linguageiras de divulgação/popularização científica da Linguística no Brasil? Diante disso, o objetivo geral é caracterizar histórica, agentiva e responsivamente as práticas linguageiras de divulgação/popularização da ciência linguística no Brasil. Para tanto, os objetivos específicos são: i) averiguar o processo de construção sócio-histórica da ciência linguística no contexto brasileiro e sua respectiva divulgação/popularização; ii) analisar o agir de linguistas como agentes nas práticas linguageiras de divulgação/popularização científica da Linguística no cenário nacional; iii) avaliar as respostas da sociedade frente às práticas linguageiras de divulgação/popularização científica da Linguística no Brasil, no que tange ao reconhecimento social dessa ciência. Fundamentados no Interacionismo Sociodiscursivo (ISD), a partir de Bronckart (1999, 2006), e em estudos sobre Ciência e Pesquisa Científica (Popper, 1972; Demo, 1985, 1995; Chalmers, 1993), História da Linguística como Ciência (CLG, 2012; Câmara Jr., 1976; Furtado da Cunha; Costa; Martelotta, 2011; Altman, 2021), Divulgação Científica (Reis, 1954, 1983; Bueno, 1984; Zamboni, 2001; Leibruder, 2011; Grillo, 2013), Popularização Científica (Motta-Roth, 2009), Responsividade (Bakhtin, 2003; Volóchinov, 2017; Menegassi, 2008, 2009), na Teoria Geral dos Sistemas (Bertalanffy, 2010) e outros, desenvolvemos uma pesquisa, conforme Silveira e Córdova (2009) e Gil (2002), teórico-aplicada (quanto à natureza), qualitativa (quanto à abordagem), exploratório-descritiva (quanto aos objetivos) e bibliográfica, documental e estudo de caso (quanto ao estado do corpus e aos procedimentos). Além de documentos bibliográficos sobre a história e a divulgação/popularização da Linguística no Brasil, o corpus é constituído de entrevistas a 8 coordenadores de pós-graduação stricto sensu em Linguística e a 7 divulgadores científicos da Linguística, questionários a 15 professores de estágio supervisionado atuantes em cursos de licenciatura em Letras/Português/Linguística, a 30 professores de Língua Portuguesa atuantes na Educação Básica e a 50 interlocutores sociais (pessoas de diferentes áreas/segmentos sociais), envolvendo um total de 110 colaboradores, com representantes de todas as cinco regiões do país. Os resultados e análises indicam, em linhas gerais: quanto à história, que a ciência teve um percurso sócio-histórico de constituição pela e para a elite socioeconômica brasileira e assim foi também em termos de divulgação científica, e à Linguística, por ser uma ciência recente quando comparada a ciências da natureza e exatas, restou a carência em termos de reconhecimento social, e que há preocupação, ao mesmo tempo tardia (em relação às demais ciências) e recente (pela jovialidade da Linguística), para maior desenvolvimento de práticas de divulgação/popularização; quanto ao agir, em geral, os linguistas demonstram interesses por essas práticas, a escola parece ter potencial como espaço para tal, e, a despeito da aparente instrumentalização para o agir, carece-se de sistematização e institucionalização; quanto à aparente prevalência de responsividade silenciosa dos interlocutores sociais no reconhecimento da Linguística, por ter vínculo, nos dados analisados, com o grau de escolaridade dos colaboradores e com a inserção na cultura disciplinar da Linguística, pode ser reflexiv-criticamente ativada com a educação científica específica em Linguística. Concluímos que a popularização da ciência linguística no Brasil, como diálogo agentivo-responsivo entre ciência e sociedade, requer maior engajamento dos linguistas na pesquisa, no ensino, na extensão e na divulgação científica propriamente dita, na sistematização de um continuum rumo a uma maior responsividade social.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1285220 - REGINA CELI MENDES PEREIRA DA SILVA
Interno - 2401526 - ELAINE ESPINDOLA BALDISSERA
Interno - 2733966 - SOCORRO CLAUDIA TAVARES DE SOUSA
Externo à Instituição - EVANDRO GONCALVES LEITE
Externo à Instituição - JULIANA ALVES ASSIS
Externo à Instituição - TANIA GUEDES MAGALHÃES
Externo à Instituição - VERA LÚCIA LOPES CRISTOVÃO