PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LINGUÍSTICA (PROLING)
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
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Notícias
Banca de DEFESA: LETICIA MARIA FORTE
Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LETICIA MARIA FORTE
DATA: 29/07/2025
HORA: 14:00
LOCAL: Plataforma Google Meet
TÍTULO: ENTRE A BOSS BITCH E A MALVADONA SAFADA: uma análise crítica do discurso multimodal sobre hipersexualização e empoderamento em videoclipes de Anitta, Iza e Luísa Sonza
PALAVRAS-CHAVES: discurso multimodal; hipersexualização; empoderamento; interseccionalidade; descolonialidade; Linguística Aplicada.
PÁGINAS: 126
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Lingüística
RESUMO: A presente pesquisa, de natureza qualitativa e caráter interpretativo, tem como objetivo central
investigar como os discursos presentes nos videoclipes Funk Rave, de Anitta, Mole, de Iza, e
Campo de Morango, de Luísa Sonza, constroem, reforçam ou contestam expressões de
hipersexualização e/ou empoderamento, considerando o discurso a partir de três dimensões
interdependentes: texto, práticas discursivas e práticas sociais. Para articular tais dimensões, a
pesquisa se ancora na Análise Crítica do Discurso (Fairclough, 2001), integrando, para a análise
do texto verbal, o sistema de transitividade da Linguística Sistêmico-Funcional (Halliday;
Matthiessen, 2004) e, para a análise multimodal, a metafunção representacional da Gramática
do Design Visual (Kress; van Leeuwen, 2006). Adota-se ainda uma perspectiva interseccional
e descolonial a fim de compreender como as noções de gênero, raça, classe e sexualidade se
entrelaçam na construção discursiva das representações analisadas (Akotirene, 2019; Lugones,
2020; hooks, 2020; Berth, 2023; Bezerra, 2023). Os resultados indicam que o videoclipe Campo
de Morango mobiliza majoritariamente discursos de hipersexualização que naturalizam a
submissão feminina e fetichizam a sexualidade. Funk Rave apresenta ambiguidade, oscilando
entre empoderamento individual e reprodução de estereótipos raciais e de gênero (Rodrigues,
2020; Carmo; Rodrigues, 2021). Já Mole, de Iza, articula um discurso de empoderamento mais
coerente com a concepção emancipadora de Berth (2023), com protagonismo de mulheres
negras e periféricas. Conclui-se que a hipersexualização não é uma mera intensificação da
sexualidade, mas um processo discursivo sustentado por estruturas sociais, enquanto o
empoderamento deve ser compreendido como prática política e coletiva.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2117739 - AMANDA BATISTA BRAGA
Presidente - 2009438 - FABIO ALEXANDRE SILVA BEZERRA
Externo à Instituição - GIANA TARGANSKI STEFFEN
Externo à Instituição - MARTHA JULIA MARTINS DE SOUZA