PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO (CE - PPGE)
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
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Notícias
Banca de DEFESA: DAIANE LINS DA SILVA FIRINO
Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: DAIANE LINS DA SILVA FIRINO
DATA: 27/02/2025
HORA: 08:00
LOCAL: Sala virtual Google Meet
TÍTULO: PEDAGOGIA JURÍDICA: REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE PEDAGOGIA E DE PEDAGOGAS NO JUDICIÁRIO PARAIBANO
PALAVRAS-CHAVES: Educação. Pedagogia Jurídica. Pedagogas(os). Representações Sociais. Identidade Profissional.
PÁGINAS: 240
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
SUBÁREA: Tópicos Específicos de Educação
RESUMO: A formação em Pedagogia é voltada, eminentemente, para a atuação em espaço escolar. Nas últimas décadas, observa-se um movimento, advindo da prática, de atuação de profissionais de Pedagogia em áreas não escolares, tais como a hospitalar, a empresarial e a jurídica, sendo esta última um campo emergente que vem sendo denominado de Pedagogia Jurídica. É neste novo campo de atuação que se situa o objeto de estudo desta pesquisa: as Representações Sociais (RS) de Pedagogia, Profissional de Pedagogia e atuação de pedagogas(os) no âmbito do Judiciário. Dessa forma, esta pesquisa visa compreender como as representações sociais de pedagogas e demais integrantes da equipe interprofissional do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) acerca da Pedagogia, da/o profissional e de sua atuação influenciam a construção da identidade profissional das(os) pedagogas(os) jurídicas(os) e do campo da Pedagogia Jurídica. Considerando que as representações sociais determinam práticas, comportamentos, instituem lugares e contribuem para a formação de identidades, o argumento de tese é que as representações sociais acerca da Pedagogia e do lugar da(o) pedagoga(a), associadas à docência e, portanto, ao espaço escolar, dificultam a legitimação do saber pedagógico no âmbito do Judiciário e o estabelecimento de uma identidade profissional distinta da docência. Sendo assim, a questão que norteou a pesquisa foi: Quais as representações sociais que as pedagogas e os/as demais profissionais que atuam nas equipes interprofissionais no TJPB têm a respeito da Pedagogia, da(o) profissional de Pedagogia e de sua atuação, e como essas representações influenciam na constituição da identidade profissional e do campo da Pedagogia Jurídica? Para responder a essa questão e ao objetivo geral, utilizou-se método quanti/qualitativo, sendo a coleta de dados realizada através de um questionário online, com questões fechadas e abertas, aplicado com as pedagogas e demais integrantes das equipes interprofissionais (juízes, psicólogos(as) e assistentes sociais) do TJPB. Utilizando a Teoria das Representações Sociais (TRS) como aporte teórico-metodológico, as análises dos dados foram realizadas por meio do software OpenEvoc. Os resultados indicaram que as RS evidenciam um núcleo central que reafirma a pedagogia como uma prática essencialmente vinculada ao ensino e à docência em espaços escolares. Essa visão cristalizada limita a compreensão das múltiplas possibilidades de atuação do pedagogo em contextos mais amplos, como o Judiciário, e reforça estigmas que comprometem a consolidação de uma identidade profissional multifacetada e adequada às demandas contemporâneas. Para promover mudanças significativas nas RS sobre Ppedagogia, e consolidar um de seus espaços não escolares que é a Pedagogia Jurídica, é fundamental incorporar práticas contraditórias que questionem e desconstruam essas representações tradicionais. Essas práticas contraditórias, conforme preconizadas por Moscovici, devem emergir como estratégias intencionais para transformar as estruturas simbólicas e cognitivas que sustentam essas visões limitadas. Tais práticas funcionam como ferramentas para modificar o sistema periférico das RS circulantes no âmbito da sociedade e do Judiciário, permitindo que novos elementos emergentes desafiem e transformem o núcleo central, ampliando a visão coletiva sobre a Ppedagogia e ressignificando a identidade profissional da(o) pedagoga(o) jurídica(o), sendo esta ancorada em valores como interdisciplinaridade, mediação social e transformação. O movimento para modificar essas RS exige um esforço conjunto entre instituições de ensino, organizações profissionais, políticas públicas e as(os) próprias(os) pedagogas(os), que devem se posicionar como agentes de mudança e inovação em suas práticas. Só assim será possível ampliar a presença e o reconhecimento da Pedagogia no judiciário estadual brasileiro, consolidando uma nova identidade profissional e rompendo com a visão restritiva que limita seu potencial transformador.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 333019 - MARIA EULINA PESSOA DE CARVALHO
Interno - 1152512 - JOSE LEONARDO ROLIM DE LIMA SEVERO
Interno - 1501013 - MARLECIO MAKNAMARA DA SILVA CUNHA
Externo ao Programa - 035.283.684-97 - JEANE FELIX DA SILVA - UFAL
Externo à Instituição - FLAVIO ROMERO GUIMARÃES
Externo à Instituição - LILIANE CAMPOS MACHADO