Banca de DEFESA: GERMANA KARLA MARTINS SOARES DA SILVA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: GERMANA KARLA MARTINS SOARES DA SILVA
DATA: 16/12/2025
HORA: 15:00
LOCAL: Google meet
TÍTULO: Etnoarqueologia em terra potiguara: materialidade, memórias e ecologia doméstica das Aldeia Jaraguá, Ybykuara e São Miguel, litoral norte da Paraíba
PALAVRAS-CHAVES: Etnoarqueologia; Ecologia doméstica; Potiguara; Memória; Arqueologia do cotidiano
PÁGINAS: 300
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Antropologia
SUBÁREA: Etnologia Indígena
RESUMO: Esta tese desenvolve uma abordagem etnoarqueológica em territórios potiguara situados no litoral norte da Paraíba, com foco nas aldeias Jaraguá, Ybykuara e São Miguel. A investigação se constrói a partir da convivência e da escuta atenta junto aos grupos domésticos de Ediene e Francisco, Pedro e Luciana, Ezequiel Maria e Fabrício. Dialogando com os campos da Antropologia, da Arqueologia e da História, busca-se compreender as práticas do cotidiano, os sentidos atribuídos a objetos e sítios arqueológicos, e o papel da memória na construção territorial e na circulação de saberes entre gerações. A partir do conceito de ecologia doméstica, conforme proposto por Wilk e Rathje, e das ideias de paisagem-tarefa e emaranhado, formuladas por Tim Ingold, o trabalho explora as interações entre pessoas, artefatos, lugares e entidades não humanas, os encantados. A pesquisa assume uma perspectiva sensível às experiências vividas, valorizando as narrativas potiguara como forma legítima de conhecimento e como expressão dos modos próprios de significar o mundo. O trabalho de campo, profundamente marcado pelos desafios da pandemia de COVID-19, exigiu um posicionamento ético, baseado na escuta cuidadosa e no cultivo de vínculos respeitosos. Foi a partir desse compromisso que se tornaram visíveis as tramas complexas que sustentam os grupos domésticos e suas relações com os espaços que habitam. Longe de restringir-se à análise dos vestígios materiais isoladamente, esta tese procura compreender os significados que os povos indígenas atribuem a esses vestígios, revelando como a memória, os afetos e as cosmologias conformam suas formas de estar no mundo. Desse modo, a etnoarqueologia aqui proposta se firma como uma arqueologia do cotidiano, comprometida com a valorização dos saberes locais e com a crítica a perspectivas que ainda insistem em negar às populações indígenas o protagonismo na produção e na transmissão de suas próprias histórias.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente(a) - 1346139 - CARLOS XAVIER DE AZEVEDO NETTO
Interno(a) - 1719755 - ESTEVAO MARTINS PALITOT
Interno(a) - 1716293 - ALEXANDRA BARBOSA DA SILVA
Interno(a) - 1679324 - FABIO MURA
Externo(a) à Instituição - JORGE EREMITES DE OLIVEIRA
Externo(a) à Instituição - MARCIA MARIA BEZERRA DE ALMEIDA
Externo(a) à Instituição - THAIS CATOIRA PEREIRA