PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ANTROPOLOGIA (PPGA)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: PAULO FERNANDES ROSA SOBRINHO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: PAULO FERNANDES ROSA SOBRINHO
DATA: 29/11/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Remota por videoconferência Google meet
TÍTULO: Etnografia sonora das violas, violeiros e violeiras nordestinas entre a Paraíba e Pernambuco
PALAVRAS-CHAVES: Violas nordestinas. Etnografia da música. Música de tradição oral. Etnomusicologia.
PÁGINAS: 100
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Antropologia
RESUMO: A pesquisa das violas nordestinas entre a Paraíba e Pernambuco se propõe a simultaneamente conhecer a música dos violeiros e violeiras repentistas tradicionais e desvelar saberes e fazeres artísticos musicais de homens e mulheres, como um fenômeno musical e social contextualizado na cultura popular da tradição oral do Nordeste brasileiro. Pretende-se desvendar o fenômeno da cultura através da música, ou simultaneamente, desvendar através da música um conjunto de informações fundamentais sobre a cultura local. A análise examina as violas nordestinas, a música dos(as) violeiros e violeiras tradicionais e não tradicionais, com o intuito de compreender aspectos da organização social destas comunidades. Leva-se em consideração os aspectos musicais e extramusicais inseridos no contexto da comunicação antropológica. Fundamenta-se nos conceitos de cultura popular e arte popular de Maria Laura Viveiros de Castro (2001, 2010, 2012) e Nestor Garcia Canclini (2013, 1977), examinando os múltiplos aspectos socioculturais e musicais das violas nordestinas na tradição musical oral local, apresentando-as como instrumentos musicais materiais e imateriais. Aborda-se os saberes e fazeres de construtores-luthiers das violas, os sentidos e significados do tocar e fazer músicas pelas mãos dos tocadores, violeiros e violeiras repentistas tradicionais, considerando os processos de apropriações e ressignificações das violas nordestinas e das músicas tradicionais orais, por violeiros contemporâneos. Outros autores como Fernando Ortiz (1955, 1987), com o conceito etnomusicológico de transculturação; George Marcus (com o conceito de etnografia multissituada (2001,2011); Pierre Nora (1984) com o conceito de local de memória, contribuem para se pensar a viola nordestina no contexto desta transformação, apropriação e ressignificação de sentidos. A tese apresenta uma descrição etnográfica dos violeiros e violeiras, a partir de uma organologia musical viva (Bates, 2012) das violas nordestinas, buscando desvendar o que são estas violas. Foi realizado um roteiro etnográfico de observação e escuta em campo, incluindo a coleta de imagens fotográficas e documentos, gravação de áudios e audiovisuais, entre outros procedimentos, objetivando a coleta sistematizada de dados. A pesquisa pretende demonstrar a relevância da viola nordestina como um instrumento musical portador de significados materiais e imateriais, na sua condição de manter-se e de transforma-se entre a tradição oral e a contemporaneidade da cultura popular local. A presença e a continuidade das violas nordestinas aqui apresentadas estão garantidas no intermitente processo de permanecer e de refazer-se em suas múltiplas possibilidades artísticas e culturais no Nordeste e no Brasil.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 447569 - LARA SANTOS DE AMORIM
Interno - 1149645 - LUCIANA DE OLIVEIRA CHIANCA
Externo ao Programa - 1812371 - FABIO HENRIQUE GOMES RIBEIRO
Externo à Instituição - LADY SELMA FERREIRA ALBERNAZ