Banca de DEFESA: ULIANA GOMES DA SILVA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ULIANA GOMES DA SILVA
DATA: 29/11/2024
HORA: 13:30
LOCAL: Sala de Reuniões - CCHLA/CAMPUS I UFPB
TÍTULO: “MINHA COMPANHEIRA DE VIDA”: UMA ANÁLISE ETNOGRÁFICA SOBRE AS ESTRATÉGIAS DE CUIDADO DAS PESSOAS COM DOENÇA FALCIFORME NO ESTADO DA PARAÍBA
PALAVRAS-CHAVES: Doença Falciforme; Saúde da população Negra; cuidado;
PÁGINAS: 100
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Antropologia
RESUMO: Esta tese problematiza o modo como as pessoas acometidas pela Doença Falciforme (DF) no Estado da Paraíba, que acessam o sistema de saúde pública, constroem as estratégias de cuidado frente à experiência de adoecimento ao longo da vida. Trata-se de uma inquietação que se constrói junto às reflexões e aos diálogos ocorreram desde a pesquisa desenvolvida no Mestrado. A DF é a doença genética que mais acomete pessoas no Brasil, com maior incidência na população negra. A pesquisa se insere nos estudos sobre a Doença Falciforme no campo da Antropologia, através da abordagem teórico-metodológica da etnografia em ambientes virtuais e físicos, por meio de observações e entrevistas semiestruturadas. O estudo foi realizado com pessoas acometidas pela DF, residentes na Paraíba, que acessaram o Sistema Único de Saúde (SUS) para tratamento. A faixa etária dos participantes varia de 23 a 59 anos, sendo a maioria composta por pessoas Negras. Conjectura-se que a construção das estratégias de cuidado configuram-se como práticas necessárias e essenciais para manter-se bem (sem crise e complicações) e vivo/a, tendo em vista que as pessoas com DF vivenciam em seus cotidianos a busca e construção de cuidados para lidar com os sintomas e dores físicas e sociais, definindo, a partir do que sentem, seus modos de agir. O enfrentamento do racismo é uma realidade e se faz presente também nas instituições de saúde, impactando no acesso as políticas públicas de saúde e aos tratamentos adequados, potencializando as “dores”, tornando o viver com Doença Falciforme um dilema. Assim, a presente tese permitiu perceber o processo de enfrentamento do adoecimento, assim como identificar a construção das estratégias de cuidado, demostrando que os/as interlocutores/as vivem uma luta constante na busca pelo tratamento, têm suas experiências perpassadas por itinerários de negligências alicerçados pelos obstáculos do racismo. O cuidado é percebido mediante as dimensões do autocuidado, cuidado recebido/requerido e cuidados coletivos, produzidos ao longo da vida e frente ao enfrentamento ao adoecimento.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ANA CLAUDIA RODRIGUES DA SILVA
Externo ao Programa - 1779954 - LUZIANA RAMALHO RIBEIRO
Interno - 1437307 - MARCIA REIS LONGHI
Interno - 1722411 - MARCO AURELIO PAZ TELLA
Presidente - 1487317 - MONICA LOURDES FRANCH GUTIERREZ
Interno - 1283466 - PEDRO FRANCISCO GUEDES DO NASCIMENTO