PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ANTROPOLOGIA (PPGA)
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
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Banca de DEFESA: HELOISA CARDOSO WANICK LOUREIRO DE SOUSA
Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: HELOISA CARDOSO WANICK LOUREIRO DE SOUSA
DATA: 26/11/2024
HORA: 08:30
LOCAL: Remota por videoconferência Google meet
TÍTULO: SUICÍDIO E POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE: estudo etnográfico com atores e documentos acerca da efetivação de políticas de prevenção do suicídio
PALAVRAS-CHAVES: Antropologia da Saúde; políticas públicas; prevenção do suicídio; pessoas em situação de suicídio.
PÁGINAS: 100
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Antropologia
RESUMO: Esta tese apresenta um estudo acerca do suicídio e do conjunto de políticas públicas de prevenção do suicídio, a partir do campo da vigilância epidemiológica das violências autoprovocadas, resultado de pesquisa de campo etnográfica multissituada. Parte de incômodos advindos do cotidiano de trabalho da autora engendrando alteridades desenvolvidas por uma sanitarista e antropóloga implicada. Tem como objetivo geral de, a partir de uma abordagem antropológica, compreender a dinâmica de construção e institucionalização de políticas de prevenção do suicídio no Brasil. Caminha entre instâncias locais e nacionais que se conectam na trama de construção e efetivação de políticas públicas. Tem como material de pesquisa em interlocução, respectivamente, por um lado, o conjunto de documentos referentes às políticas de prevenção do suicídio e outras políticas de saúde e, por outro lado, interlocutoras/es, dentre eles destacam-se pessoas em situação de suicídio, grupo de trabalho local sobre prevenção do suicídio e gestoras/es vinculadas/os direta ou indiretamente aos processos de idealização e construção, implantação e implementação e operacionalização das respectivas políticas, com experiência em nível local ou nacional. Diante da complexidade do tema, o suicídio deve ser compreendido como um processo que não se esgota com a tentativa e a morte, ele reverbera no entorno familiar/próximo e no contexto social amplo, para além da pessoa. Na saúde pública, o suicídio emerge como problema a partir das políticas públicas voltadas às violências (Política Nacional de Redução de Morbimortalidade por Acidentes e Violências; Política Nacional de Prevenção da Automutilação e do Suicídio, para exemplificar), caracterizado como violências autoprovocadas, constituindo-se em uma arena de luta e poder por sua definição e enfrentamento. A este respeito, as políticas públicas de saúde, historicamente, não enfrentam a problemática do suicídio de forma direta, encontrando-se pulverizada entre diferentes áreas de conhecimento e falta de consenso no fluxo de atenção na saúde. Quando se dispõem de diretrizes e normas de prevenção do suicídio, elas oscilam em conformidade com as gestões e políticas públicas, não contemplam sua complexidade, reduzem-se às explicações biomédicas e individualizantes, sem priorização financeira na execução das ações de saúde nos diferentes níveis do Sistema Único de Saúde. Diante do desafio, é preciso continuar na resistência política de encontrar a arena de prevenção e no esperançar de que vidas não sejam abreviadas pelo suicídio.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1177988 - EDNALVA MACIEL NEVES
Interno - 1487317 - MONICA LOURDES FRANCH GUTIERREZ
Interno - 1283466 - PEDRO FRANCISCO GUEDES DO NASCIMENTO
Externo à Instituição - RACHEL AISENGART MENEZES
Externo à Instituição - SONIA WEIDNER MALUF