PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÃO TECNOLÓGICA EM MEDICAMENTOS (PPgDITM)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: FAUMANA DOS SANTOS CAMARA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: FAUMANA DOS SANTOS CAMARA
DATA: 30/08/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Google meet
TÍTULO: CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA, REOLÓGICA, CITOTÓXICA, ANTIBACTERIANA E ANTIOXIDANTE DA MUCILAGEM DE DIOSCOREA CAYENNENIS: UMA NOVA PROPOSTA DE SALIVA ARTIFICIAL
PALAVRAS-CHAVES: Dioscorea; Saliva artificial; Xerostomia
PÁGINAS: 90
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Farmácia
RESUMO: O objetivo deste trabalho foi desenvolver uma formulação de saliva artificial contendo mucilagem de Dioscorea cayennenis (MDC) para o tratamento da hipossalivação (associada ou não à xerostomia). Para tanto, foram desenvolvidas formulações de saliva artificial compostas por cloreto de cálcio (CaCl2), cloreto de potássio (KCl) e fluoreto de sódio (NF) com diferentes concentrações de MDC (0,125g; 0,250g; 0,500g; 0,750g e 1g) e estas foram avaliadas quanto às suas propriedades reológicas assim como a sua atividade biológica. Primeiro, a mucilagem foi caracterizada quanto a sua concentração de lipídios e proteínas pelo método de Bligh e Dyer, Kjeldhl, respectivamente. A determinação da concentração de carboidratos, foi calculada subtraindo-se a soma das porcentagens de umidade, proteína, gordura e cinzas de 100. Foi avaliado o pH e a capacidade tampão de todas as 5 formulações da saliva com auxílio de um pHmetro e solução de ácido clorídrico 5 mM. A viscosidade da formulação de saliva foi mensurada em seis diferentes taxas de cisalhamento (1,10,20,30,50,60 e 100 mPa/ s) com auxílio de um viscosímetro. A molhabilidade da formulação foi determinada a partir da medição do ângulo de contato em uma superfície de dente bovino. Ainda, a toxicidade in vitro foi determinada através da avaliação hemolítica/antihemolítica em eritrócitos humanos (A, B e O) e atividade oxidante/antioxidante sobre hemoglobina humana. O efeito antibacteriano foi avaliado frente às linhagens bacterianas Gram-positivas e Gram-negativas de importância odontológica e avaliado o efeito sobre a formação e degradação do biofilme. Assim, observou-se que: Sobre a caracterização química, a MDC liofilizada contém proteínas (7,34%), lipídios (1,48%) e carboidratos (73,84%). O pH das formulações de saliva artificial foi considerado ácido e a capacidade tampão da saliva MDC 1g é considerada normal; MDC 0,750g, 0,500g e 0,250g limítrofe e a 0,125g baixa. A saliva artificial a base de MDC possui um perfil reológico de fluído pseudoplástico não newtoniano semelhante a saliva humana em que o ângulo de contato de todas as formulações de saliva MDC foram menores do que 900 demonstrando ser um líquido hidrofílico. A MDC apresenta baixa toxicidade em eritrócitos humanos para os tipos sanguíneos avaliados, protege contra hemólise em eritrócitos humanos e apresenta atividade antioxidante. Não foi observado efeito antibacteriano nas cepas testadas. Porém, a MDC foi capaz de inibir a formação de biofilmes assim como degradou biofilmes pré formados. Embora a MDC ainda não tenha sido explorada como componente para fabricação de substitutos salivares no tratamento da hipossalivação (associada ou não à xerostomia), a literatura e os resultados preliminares deste estudo sugerem sua utilização como recurso promissor para esse fim.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 067.330.964-98 - ABRAHAO ALVES DE OLIVEIRA FILHO - UFPB
Externo ao Programa - 2554209 - ANDREA GADELHA RIBEIRO TARGINO
Interno - 6337281 - FABIO CORREIA SAMPAIO
Presidente - 338029 - HILZETH DE LUNA FREIRE PESSOA
Externo à Instituição - JOSÉ DE ALENCAR FERNANDES NETO