PROGRAMA MULTICÊNTRICO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FISIOLÓGICAS (PMPGCF)
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
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Banca de QUALIFICAÇÃO: RAYANELLE TISSIANE GOMES DA SILVA
Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RAYANELLE TISSIANE GOMES DA SILVA
DATA: 11/07/2025
HORA: 00:00
LOCAL: Plataforma Google Meet
TÍTULO: EFEITOS DO TRATAMENTO COM EXTRATO DE CANNABIS RICO EM CANABIDIOL SOBRE AS RESPOSTAS CARDIOMETABÓLICAS DE RATOS COM HIPERTENSÃO RENOVASCULAR
PALAVRAS-CHAVES: Hipertensão renovascular; Canabidiol; Velocidade de onda de pulso; Modulação cardiometabólica; Barorreflexo.
PÁGINAS: 72
RESUMO: A hipertensão arterial é uma doença multifatorial e crônica que está associada a doenças cardiometabólicas graves com grande impacto na saúde pública. Em estudos recentes do nosso grupo de pesquisa foi observado que o tratamento crônico com o extrato de Cannabis sativa rica em canabidiol (CBD), promoveu redução da pressão arterial média (PAM), melhora da vasomotricidade arterial, da sensibilidade do barorreflexo e do estresse oxidativo em aortas de ratos com hipertensão renovascular. Dando continuidade a esses estudos, a nossa hipótese é que o tratamento com CBD contribua para a melhora de parâmetros antropométricos, ingestão de água e ração, melhora da velocidade do fluxo arterial (VOP), sensibilidade barorreflexa e da modulação autonômica cardiovascular contribuindo para redução da pressão arterial em animais hipertensos renovascular modelo 2-rins-1-clipe (1R1C). Para tanto, foram utilizados ratos Sprague-Dawley, submetidos a cirurgia 2R1C ou SHAM. Após a 4ª semana de cirurgia iniciamos o tratamento como extrato da cannabis rico em CBD (30 mg/kg/12h por 2 semanas/gavagem intragástrica). Os resultados mostraram que os animais hipertensos apresentaram menor ganho de peso, sem alterações no consumo de ração, mas aumento na ingestão de água e volume urinário e que o tratamento com o CBD não promoveu alterações significativas nesses parâmetros. Além disso, o tratamento com o CBD não alterou a resposta pressora do quimiorreflexo ou hipotensora ao bloqueio ganglionar nos animais hipertensos. Entretanto, o tratamento com CBD reduziu a VOP (6,1 ± 0,4 s, vs 7,7 ± 0,8 s), e melhorou a sensibilidade ao barorreflexo nos animais hipertensos 2R1C (-4,03 ± 0,19 vs. -3,01 ± 0,21 bpm.mmHg-1) o que foi acompanhado por redução da PAM (mmHg) (134 ± 7 vs. 179 ± 10 mmHg). Esses achados reforçam o potencial terapêutico do CBD no manejo da hipertensão arterial e consequentemente em suas complicações cardiovasculares, oferecendo novas perspectivas para o desenvolvimento de estratégias clínicas voltadas à redução do risco cardiovascular associado à hipertensão.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1971886 - MARIA DO SOCORRO DE FRANCA FALCAO
Externo à Instituição - MILEDE HANNER SARAIVA PAES