PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ANTROPOLOGIA (PPGA)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

Telefone/Ramal
Não informado

Notícias


Banca de DEFESA: RAFAELA PORCARI MOLENA ACUIO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RAFAELA PORCARI MOLENA ACUIO
DATA: 26/02/2021
HORA: 15:00
LOCAL: via remota por plataforma de videoconferência
TÍTULO: “ATÉ QUE UM DIA EU SURTEI”: UM ESTUDO ANTROPOLÓGICO SOBRE EXPERIÊNCIAS DE CRISE EM SAÚDE MENTAL E ITINERAÇÕES DE CUIDADO
PALAVRAS-CHAVES: Antropologia da Saúde, Saúde Mental, Cuidado, Intervenção na Crise
PÁGINAS: 132
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Antropologia
RESUMO: ACUIO, Rafaela Porcari Molena. “Até que um dia eu surtei”: um estudo antropológico sobre experiências de crise em saúde mental e itinerações de cuidado. João Pessoa, 2021. Dissertação (Mestrado em Antropologia) – Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, 2021. Trata-se de uma pesquisa qualitativa de abordagem teórico-metodológica etnográfica, inscrita no campo da Antropologia da Saúde, que tem como objetivo compreender a construção de sentido à crise em saúde mental e a experiência de cuidado ao sofrimento. O trabalho de campo foi realizado por meio da coleta de narrativas de vida e entrevista em profundidade de três pessoas residentes no município de João Pessoa, PB, com trajetórias de adoecimento no campo da saúde mental. A ideia de crise em saúde mental foi empregada pelas interlocutoras para nomear um rol de experiências que envolveram um sofrimento que beirava o insuportável, e diziam respeito a momentos que se embaralhavam com outras crises biográficas. Identificou-se no processo de adoecimento e na experiência de sofrimento atravessamentos sociais com questões de gênero, raça, sexualidade, classe e geração. Os resultados apontaram também para o desenvolvimento de estratégias pelos sujeitos para lidar com o sofrimento, restabelecer condições satisfatórias de vida e prevenir novas crises, que dialogam com o cuidado biomédico e psicossocial oferecido pelos equipamentos de saúde mental, mas também produzem novas formas autorais de cuidar de si. Por meio da itineração em busca de cuidado e da articulação dos múltiplos atores, ambientes, objetos e discursos que dela fazem parte, a construção de sentido à crise se mostrou ancorada na própria experiência, que, ainda que corporificada e singular, mostra-se resultado também de lógicas sociais mais amplas, sendo possível um diálogo com contextos sócio político econômicos e atravessamentos sociais de maior escala.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ANA PAULA MÜLLER DE ANDRADE
Presidente - 1437307 - MARCIA REIS LONGHI
Interno - 1158983 - SONIA WEIDNER MALUF