PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÃO TECNOLÓGICA EM MEDICAMENTOS (PPgDITM)
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
- Telefone/Ramal
-
Não informado
Notícias
Banca de DEFESA: HUMBERTO DE CARVALHO ARAGÃO NETO
Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: HUMBERTO DE CARVALHO ARAGÃO NETO
DATA: 15/07/2022
HORA: 09:00
LOCAL: https://meet.google.com/qhg-vgou-zzv
TÍTULO: INVESTIGAÇÃO DAS ATIVIDADES ANTINOCICEPTIVA E ANTI-INFLAMATÓRIA
DO ÁCIDO 3-CUMARINO CARBOXÍLICO
PALAVRAS-CHAVES: Pcumarina; docking; cicloxigenase; analgesia; inflamação.
PÁGINAS: 194
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Farmácia
RESUMO: A dor é uma experiência sensorial e emocional desagradável associada a dano real
ou potencial, ou descrita em termos de tal dano. Estimativas sugerem que 20% dos
adultos sofrem de algum tipo de dor em todo o mundo. A terapia da dor é atualmente
um dos desafios da medicina moderna. Os distúrbios da dor orofacial são frequentes
na população geral e seu tratamento farmacológico é difícil e controverso. O uso
terapêutico de anti-inflamatórios não esteroidais como analgésicos está associado a
um amplo espectro de efeitos adversos, incluindo lesões gastrointestinais, eventos
cardiovasculares e toxicidade renal. Nesse contexto, as cumarinas compreendem
uma importante classe de compostos fenólicos, exibindo diversos efeitos
farmacológicos. Suas aplicações terapêuticas dependem da estrutura química central
e dos padrões de substituição no anel aromático destes compostos. As cumarinas
simples representam a principal subclasse com propriedades anti-inflamatórias.
Estudos demonstram que a inserção de grupos funcionais no carbono 3 do esqueleto
básico cumarínico resulta em agentes farmacológicos com potente efeito anti-
inflamatório. Nesse contexto, o ácido 3-cumarínico carboxílico (A3CC) é um derivado
substituído das cumarinas simples, cujos efeitos em modelos de dor e inflamação
ainda não foram explorados. O presente estudo se propôs a investigar pela primeira
vez os efeitos antinociceptivo e anti-inflamatório do A3CC utilizando abordagens in
silico, in vitro e in vivo. Os softwares PASS, Molinspiration, Volsurf+, OSIRIS
DataWarrior e MetaSite 6 foram utilizados para estabelecer dados sobre espectro de
atividade, biodisponibilidade, toxicidade, permeabilidade hematoencefálica, e perfil
metabólico. O efeito sob eritrócitos humanos foi investigado através de ensaios de
hemólise e fragilidade osmótica. A atividade antinociceptiva foi avaliada nos modelos
de contorções abdominais induzidas por ácido acético, glutamato e formalina
orofaciais, e este último foi utilizado na investigação da participação da via opioide e
de canais K+
ATP. A atividade anti-inflamatória foi analisada através do modelo de
edema de pata induzido por carragenina e confirmada por estudos de docking
molecular com a enzima cicloxigenase (COX). O A3CC demonstrou possuir
viabilidade na circulação sanguínea ao exibir baixo percentual de hemólise frente a
eritrócitos humanos, além de ser capaz de proteger a membrana eritrocitária no teste
de fragilidade osmótica (p<0,001). Ele também exibiu propriedades analgésicas,
inibindo significativamente o comportamento nociceptivo nos testes de nocicepção
orofacial induzida por formalina (p<0,001) e glutamato (p<0,001), bem como no teste
de contorções abdominais induzidas por ácido acético (p<0,0001). O A3CC
demonstrou exercer seu efeito perifericamente, ao exibir propriedades anti-
inflamatórias de redução do edema de pata induzido por carragenina (p<0,05). Esse
efeito foi confirmado pelo docking molecular, e pode estar relacionado com a inibição
da COX-2 por interações com os resíduos de Tyr385 e Ser530.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 6336328 - REINALDO NOBREGA DE ALMEIDA
Interno - 338029 - HILZETH DE LUNA FREIRE PESSOA
Externo ao Programa - 2211713 - JOAO EUCLIDES FERNANDES BRAGA
Externo à Instituição - PAULA REGINA RODRIGUES SALGADO
Externo à Instituição - RENAN MARINHO BRAGA