PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO (PPGEP)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: ELAMARA MARAMA DE ARAUJO VIEIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ELAMARA MARAMA DE ARAUJO VIEIRA
DATA: 03/03/2016
HORA: 09:00
LOCAL: Laboratório de Análise do Trabalho
TÍTULO: RISCO OCUPACIONAL RELACIONADO AO CONFORTO AMBIENTAL EM UTIS
PALAVRAS-CHAVES: Ergonomia ambiental; Conforto; Qualidade ambiental interna; Saúde Ocupacional; Unidade de Terapia Intensiva; ambiente de trabalho.
PÁGINAS: 207
GRANDE ÁREA: Engenharias
ÁREA: Engenharia de Produção
SUBÁREA: Engenharia do Produto
ESPECIALIDADE: Ergonomia
RESUMO: INTRODUÇÃO - Para realizar as tarefas de forma eficiente e segura é necessário alcançar o equilíbrio entre o ambiente laboral e os requisitos psicofisiológicos de conforto. Edifícios insalubres no que diz respeito ao aspecto ambiental, pode causar uma série de doenças para os ocupantes, podendo afetar a saúde física e/ou mental. Na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), a atenção, agilidade e a concentração requeridas para a execução da tarefa tornam-se um agravante e, conjuntamente com as condições ambientais desfavoráveis, podem prejudicar a saúde e o bem-estar dos profissionais com o desencadeamento de múltiplos sintomas. Assim, o ambiente físico onde o profissional está incluso torna-se um importante indicador quantitativo da exposição ao risco no sentido de avaliar como o profissional está sendo afetado pelos requisitos de conforto ambiental. OBJETIVO - Avaliar se as variáveis ambientais oferecem risco à saúde e bem-estar dos profissionais nas Unidades de Terapia Intensiva. MÉTODOS - Foram selecionadas 9 UTIs da cidade de João Pessoa-PB, onde coletou-se em três dias consecutivos dados referentes às variáveis térmica, acústica, lumínica e qualidade do ar. Simultaneamente, entrevistou-se 128 profissionais, entre médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e técnicos de enfermagem, abordando questões acerca da percepção, satisfação e das condições de saúde relacionadas ao ambiente. Fez-se análise descritiva dos dados relativo às variáveis ambientais coletadas em cada UTI e, através de Redes Bayesianas, analisou-se suas influências na saúde e no bem-estar dos profissionais. Foram construídas cinco Redes Bayesianas, sendo uma de caráter global abordando as variáveis experimentais de temperatura, ruído, iluminação e qualidade do ar, a percepção relativa a cada variável, além dos sinais e sintomas dos profissionais captados através dos questionários; e as outras quatro redes focaram cada variável do conforto ambiental abordada. Cada rede foi validada segundo a Curva ROC (Receiver Operating Characteristic) admitindo-se como satisfatório o valor da área sob a curva ≥ 0,7. RESULTADOS - As variáveis que apresentaram maiores impactos sobre à saúde dos profissionais foram as variáveis térmicas, sejam elas experimentais ou perceptivas. A construção da Rede Bayesiana Global (RBG) permitiu verificar que passar de um estado de conforto para o de desconforto térmico, conforme o PMV da ISO 7730/2005, pode incrementar em 13,1% o risco para o surgimento de sintomas físicos, e 8,2% para sintomas psicológicos. Segundo a RBG, um profissional sair de um estado de conforto térmico, segundo a percepção dos profissionais, pode incrementar em 18,5% o risco para o surgimento de sintomas físicos, e em 8% para o surgimento de sintomas psicológicos. Na rede bayesiana específica das variáveis térmicas a inclusão de nós relativos ao desejo e sensação térmica puderam consolidar a ideia de que a neutralidade e a aceitação do ambiente térmico são atributos essenciais para a redução de queixas sintomatológicas, podendo reduzir em até 19,3% a probabilidade da ocorrência de sintomas. CONSIDERAÇÕES FINAIS – Constatou-se que as variáveis ambientais têm impacto sob a saúde e bem-estar dos profissionais intensivistas, podendo favorecer ou inibir a ocorrência de queixas sintomatológica. A percepção posiciona-se como mediadora entre o homem e o ambiente, ou ainda como própria preditora em casos onde mesmo em estados ótimos a percepção negativa pode incidir em sintomas. Admite-se que o tema em questão envolve uma complexidade superior a demanda abordada no momento. A ocorrência de queixas sintomatológicas ocupacionais relacionada ao ambiente, seja elas de caráter físico ou psicológicos, envolve uma diversidade maior de variáveis das abordadas nesta pesquisa, podendo incluir variáveis pessoais, cognitivas e organizacionais, as quais podem ser abordadas em investigações futuras.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 6336620 - LUIZ BUENO DA SILVA
Interno - 330903 - MARIA DE LOURDES BARRETO GOMES
Externo ao Programa - 1636125 - SOLANGE MARIA LEDER
Externo ao Programa - 1519494 - ULISSES UMBELINO DOS ANJOS