PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO (PPGEP)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de QUALIFICAÇÃO: ALINNY DANTAS AVELINO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ALINNY DANTAS AVELINO
DATA: 10/01/2018
HORA: 09:00
LOCAL: Laboratório de Análise do Trabalho
TÍTULO: A influência do metabolismo no cálculo do PMV da norma ISO 7730
PALAVRAS-CHAVES: Ergonomia ambiental, conforto térmico, estudante, ambiente smart
PÁGINAS: 81
RESUMO: Pesquisadores (Huang et al. (2012) e Vimalanathan e Babu (2014), Siqueira e Silva (2015) concordam que os fatores de conforto térmico são mais importantes que muitas outras características dos ambientes modernos, como iluminação. No entanto, ainda de acordo com os autores supracitados, os bancos de dados relativos ao conforto térmico no Brasil ainda são poucos e existe uma inadequação das normas vigentes às adaptações que os ambientes modernos, também chamados smart, exigem. Existem conflitos entre os resultados dos modelos PMV e as situações reais encontradas nos ambientes internos. As imprecisões na determinação da taxa metabólica são o foco principal deste trabalho, pois o uso do metabolismo obtido através de tabelas baseadas na atividade na definição do PMV de ambientes internos gera imprecisão quando comparado ao uso do metabolismo obtido por outros métodos experimentais ou matemáticos. Siqueira e Silva (2015) destacam que uma das implicações que o aumento na temperatura média do ar de 3°C a 6°C no ano 2100 em comparação ao final do século XX em todo o Brasil previsto pelo relatório do Ministério de Ciência e Tecnologia sobre mudanças climáticas terá à saúde do sistema termorregulatório humano e a geração de uma sobrecarga fisiológica, a qual poderá ter reflexos no trabalhador durante o exercício de atividades nos ambientes climatizados, e esta sobrecarga pode não estar nas tabelas de metabolismo presentes nas normas de conforto térmico. Assim, o aumento na temperatura demandará mais esforço do corpo humano para atingir a sensação de conforto térmico, o que poderá gerar uma inadequação do modelo do PMV com metabolismo obtido através das tabelas mencionadas, e este resultado possivelmente não representará a realidade dos novos ambientes climatizados. O PMV desconsidera também os modos adaptativos que cada pessoa utiliza em busca do conforto térmico conforme demonstram Akimoto et al. (2010), Luo et al. (2016b), Xavier (2000), Raja e Nicol (1997), Fanger e Toftum (2012) e outros autores que procuram demonstrar que fatores como idade, postura e até expectativa criada por viver em um ambiente externo com um determinado tipo de clima influenciam na adequação do modelo do PMV aos votos reais dos ocupantes de edificações em estudos de conforto térmico. A ausência de fatores subjetivos de adaptação no modelo do PMV, principalmente no cálculo do metabolismo pode ser o fator que causa desajustes do PMV que poderiam ser corrigidos através da construção de um modelo que leve em consideração outras variáveis. Em função dessas diferenças, é necessário analisar o metabolismo a fim de encontrar um modelo que seja capaz de obter um valor mais preciso, em especial em ambientes smart para utilizá-lo no modelo PMV, de reduzir as desconexões entre o PMV e o voto real dos ocupantes de edificações. De Dear et al. (2013) menciona que as mudanças climáticas e a necessidade de menor consumo energético em edificações têm determinado as direções das pesquisas contemporâneas no campo do conforto térmico. Esta tendência pode ser observada no estudo de Siqueira e Silva (2015) que menciona que os edifícios em geral têm como principal objetivo proporcionar um ambiente saudável e confortável para seus ocupantes e assim condições térmicas em um espaço fechado precisam ser controladas para assegurar a saúde e o conforto dos ocupantes bem como o adequado funcionamento dos equipamentos. De Dear et al. (2013) fez um levantamento das tendências de pesquisa no campo do conforto térmico de 1993 a 2013 e concluiu que existiam, nesta época oito campos emergentes de pesquisa. Dentre estas oito áreas, este trabalho está inserido no que ele chamou de aceitabilidade térmica em sistemas de conforto pessoal, mas traz consigo características de outras três das áreas por ele consideradas importantes para o cenário do conforto térmico atualmente. Daghigh (2015) enfatiza que vários conceitos já foram aplicados para relacionar variáveis de conforto térmico às variáveis fisiológicas do sujeito que ocupa o ambiente, destacando assim o nivel de dificuldade que apresenta o assunto. Considerando o exposto observa-se uma necessidade de ampliar o conhecimento sobre o metabolismo a fim de precisar e melhorar o cálculo do PMV para adaptá-lo as mudanças pelas quais os ambientes vêm passando tanto pela introdução de novos equipamentos quanto devido ao aumento da temperatura externa. Essa necessidade tem sido demonstrada também em trabalhos recentes (De Dear et al. (2013), Daghigh (2015)) em periódicos de alto impacto o que demonstra a importância e imperatividade deste estudo.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 6336620 - LUIZ BUENO DA SILVA
Interno - 330903 - MARIA DE LOURDES BARRETO GOMES
Externo à Instituição - JOÃO MANOEL ABREU DOS SANTOS BAPTISTA