PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA (CCA - PPGA)

CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS (CCA)

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Banca de DEFESA: THIAGO PEREIRA DE SOUSA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: THIAGO PEREIRA DE SOUSA
DATA: 26/02/2021
HORA: 08:00
LOCAL: Sala de videoconferência do CCA
TÍTULO: ESTRUTURA DO COMPONENTE ARBUSTIVO-ARBÓREO ADULTO E REGENERANTE COMO INDICADORES DE RESILIÊNCIA EM DIFERENTES ESTRATOS NO PARQUE NACIONAL DA FURNA FEIA
PALAVRAS-CHAVES: Semiárido brasileiro, Afloramento de rochas, Similaridade florística, Regeneração natural
PÁGINAS: 17
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Agronomia
SUBÁREA: Fitotecnia
RESUMO: O processo histórico de ocupação de terras no Nordeste brasileiro e o modelo extrativista predatório nas áreas de Caatinga, tem trazido consequências drásticas para os recursos naturais renováveis, onde o conhecimento da composição florística e estrutura fitossociológica das espécies têm contribuído para a conservação, recuperação e manejo dos ecossistemas; à medida que os estudos foram avançando, sentiu-se a necessidade de se entender os processos de regeneração das espécies nos ecossistemas, através da avaliação do banco de sementes nas diferentes situações, é possível identificar casos em que, por exemplo, apenas o isolamento dos fatores de degradação garantiria a regeneração florestal. O trabalho foi desenvolvido no Parque Nacional da Furna Feia, em três estratos classificados em função do histórico uso, sendo: (A1) perturbado, (A2) conservado, e (A3) preservado. Foram distribuídas aleatoriamente oito unidades amostrais em cada estrato, geolocalizadas com receptor de GPS e demarcadas com fita métrica, compostas por parcelas fixas de 20,0 m x 20,0 m; sendo amostrados e etiquetados todos os indivíduos arbustivos/arbóreos vivos com (CAP) ≥ 0,6 m a 1,3 m do solo, a intensidade amostral foi definida pela variância da população infinita, com amostra piloto de oito parcelas. Na amostragem da regeneração natural foi implantada uma sub-parcela em uma das extremidades de cada parcela, com 1,0 x 20,0 m (20m²), sendo amostrados todos os indivíduos arbustivo/arbóreos com altura ≥ 0,5 m, agrupados por classes de altura, em que: C1 = altura (H) ≥ 0,5 até 1,5m; C2 = altura (H) >1,5 até 2,5m; C3 = altura (H) >2,5m. A suficiência foi obtida na 6ª parcela, aos 2.180m². No estrato A1 foram amostrados 679 indivíduos de 28 espécies e 14 famílias botânicas, no estrato A2, 541 indivíduos de 22 espécies e 14 famílias botânicas, e no estrato A3, 856 indivíduos, de 21 espécies e 11 famílias botânicas. Em todos os estratos, a família Fabaceae foi a mais rica em número de espécies, seguida da Euphorbiaceae e Solanaceae. Mesmo com perturbação antrópica, o estrato A1 apresentou maior número de espécies em relação aos estratos A2 e A3, o que denota uma resiliência capaz de promover sua auto regeneração natural. Entretanto, o compartilhamento de espécies do estrato A1 com os demais foi inferior a 50%, comportamento que reflete claramente a perturbação antrópica como fator determinante na variabilidade florística. A suficiência amostral da regeneração natural com resposta em platô para os três estratos avaliados se estabilizou na 16ª parcela, com interseção da parte linear e o plateau aos 320m², sugerindo que a amostra é suficiente para representar a fitodiversidade da área. No estrato A1, foram amostrados um total de 70 indivíduos, distribuídos em 12 espécies e 7 famílias botânicas, já no estrato A2, foi amostrado um total de 62 indivíduos, distribuídos em 14 espécies e 10 famílias botânicas. No estrato A3, foi observado o maior número de indivíduos regenerantes, com um total de 101 indivíduos, distribuídos em 14 espécies e 9 famílias botânicas. Em geral, verifica-se que a maioria das espécies do componente adulto não conseguem se estabelecer componente regenerante, comprometendo o desenvolvimento da vegetação como um todo, onde das 28 espécies amostradas no componente adulto apenas Mimosa arenosa, Piptadenia stipulacea, Croton blanchetianus e Bauhinia cheilantha apresentaram intenso recrutamento, provavelmente por suas características ecológicas adaptativas, melhor se ajustando as condições do meio e assim se estabelecendo-se. As famílias Fabaceae e Euphorbiaceae possuem maior representatividade de espécies regenerantes, apresentando adaptação e sobrevivência as variações edafoclimáticas da região, com potencial de sucesso no estabelecimento local e atingirem a fase adulta. Os três estratos apresentam baixa riqueza de espécies regenerantes, entre as quais houve um destaque muito significativo de Mimosa arenosa com melhor estabelecimento nas três classes de altura, em todos os parâmetros avaliados, sendo está comumente encontrada em áreas naturais regenerativas, favorecendo o desenvolvimento de outras espécies.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1755911 - MANOEL BANDEIRA DE ALBUQUERQUE
Interno - 1916066 - THIAGO JARDELINO DIAS
Externo à Instituição - ALAN CAUÊ DE HOLANDA
Externo à Instituição - CARLOS FREDERICO LINS SILVA BRANDÃO
Externo à Instituição - RÉGIS VILLANOVA LONGHI