Banca de QUALIFICAÇÃO: KILMA CRISTEANE FERREIRA GUEDES

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: KILMA CRISTEANE FERREIRA GUEDES
DATA: 01/07/2021
HORA: 14:30
LOCAL: meet.google.com/nje-tuxy-vpz
TÍTULO: PRÁTICAS EDUCATIVAS DO MOVIMENTO DE EDUCAÇÃO DE BASE – MEB: A ALFABETIZAÇÃO/CONSCIENTIZAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS PELAS ONDAS DO RÁDIO (1961-1964)
PALAVRAS-CHAVES: História da Educação. MEB. Práticas educativas. Memória. Representações.
PÁGINAS: 103
RESUMO: O presente estudo tem por objetivo analisar as práticas educativas e as estratégias alfabetizadoras desenvolvidas pelo Movimento de Educação de Base - MEB, que promoveram a conscientização e a politização de jovens e adultos pertencentes à classe popular, no recorte de 1961 a 1964. O MEB emergiu em um cenário de efervescência política e ideológica no Brasil e no mundo, tendo sido criado pela Conferência Nacional dos Bispos Brasileiros – CNBB com o apoio do Governo Federal, oficializado pelo Decreto nº 50.370/1961. Suas atividades foram implementadas por meio de escolas radiofônicas, utilizando “as ondas do rádio” para promover o processo educativo, nas quais, professor-locutor, monitores (voluntários) e alunos se esforçavam para superar as barreiras do ensino remoto à época. Em 1963, o livro de leitura (cartilha) Viver é lutar também foi adotado como suporte pedagógico. A história, a memória e o legado do MEB se entrecruzam nas representações de suas práticas educativas, entretanto, percebe-se que conforme o cenário histórico se configurava e se modificava no período analisado, elas foram postas ora em transbordamento, ora em esvaziamento. Para compreender essa dinamicidade e os meandros dessas práticas educativas, esse estudo se debruça sobre fontes escritas e iconográficas sobre o MEB, e especialmente, as produzidas pelo MEB e seus participantes. Elas serão problematizadas, discutidas e analisadas tendo como aporte teórico-metodológico os estudos da Teoria da Memória em Le Goff (1990), Halbwachs (1990) e a Teoria das Representações à luz de Chartier (1988, 1990), em diálogo com os estudos sobre a História da Educação de Jovens e Adultos e as contribuições dos autores como Paiva (2003), Di Pierro e Haddad (2000), Saviani (2008), Paulo Freire (1967, 1987), Fávero (2004, 2006), entre outros. Pretende-se apontar e analisar as contribuições, contradições e desdobramentos dessas práticas educativas e alfabetizadoras, configuradas como estratégias de conscientização/politização das massas populares, discutindo como elas podem auxiliar positivamente no debate sobre a promoção do direito à educação de jovens e adultos e para a História da Educação no momento atual.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1330406 - MARIA ELIZETE GUIMARAES CARVALHO
Interno - 2583808 - FABIANA SENA DA SILVA
Externo ao Programa - 1180155 - GERALDA MACEDO
Externo à Instituição - GRINAURA MEDEIROS DE MORAIS