Banca de DEFESA: QUEZIA VILA FLOR FURTADO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: QUEZIA VILA FLOR FURTADO
DATA: 02/12/2014
HORA: 08:30
LOCAL: PPGE
TÍTULO: Jovens e o espaço escolar em fracasso: táticas de resistência no processo de escolarização
PALAVRAS-CHAVES: Prática educativa. Fracasso escolar. Educação popular. Educação de Jovens e Adultos – EJA.
PÁGINAS: 156
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
RESUMO: Na história da Educação de Jovens e Adultos, tivemos muitos avanços em nível teórico e legal, mas, ao lado desse progresso discursivo, convivemos com muitas incoerências relacionadas ao fracasso escolar no interior de nossas escolas: crianças que fracassam na infância, crescem, tornam-se adolescentes e jovens, são direcionadas para as salas de EJA e continuam fracassando. Nesse contexto, o presente trabalho de tese trata do processo de escolarização em fracasso dos jovens na Educação de Jovens e Adultos. Buscamos refletir sobre sua entrada crescente nessa modalidade e analisar as táticas utilizadas pelos jovens e seus professores nesse processo de escolarização em fracasso. Partimos da hipótese de que os jovens que permanecem na EJA não se conformam com o programa organizado pela escola, mas acreditam que ela ainda possa conduzi-los à mobilidade social, mesmo que seja apenas através da certificação, a qual eles buscam reagindo através de táticas, também desenvolvidas pelos professores, que favorecem a aprovação para anos superiores, demonstrando insatisfação com um processo que permanece a excluir e no qual eles desejam insistentemente ser incluídos. Para tanto, selecionamos como aporte teórico-metodológico a pesquisa qualitativa e a abordagem etnográfica, que mais se aproximam do nosso foco de investigação. Trabalhamos com a observação, realizada de abril a dezembro de 2011 em quatro salas de aula, situadas em duas escolas municipais de João Pessoa-PB, e com a entrevista semiestruturada, realizada com oito jovens e três professores que faziam parte do Ciclo III dessas mesmas escolas. Tomamos como principal referencial teórico a literatura sobre fracasso escolar, de Charlot (2000), e sobre cotidiano, de Certeau (1994, 1996), para o desvelar da prática educativa. A análise do material coletado valida a tese de que existe o fracasso da Educação Básica e que os jovens que hoje se encontram na EJA vivenciaram situações de fracasso na escola, quando ainda eram crianças, continuam vivenciando as mesmas situações, quando chegam à EJA e, possivelmente, criam ações para superar essas situações de fracasso em busca de mobilidade social, as quais se apresentam aqui como táticas de resistência ao que é proposto pela escola e busca por benefícios. Essas táticas foram refletidas também por uma leitura positiva, em que foram identificados sinais de superação para uma melhor organização pedagógica da escola quanto às situações de fracasso, o que poderá contribuir para aprofundar os pressupostos teóricos e de intervenção para transformar a prática educativa vivenciada pelos jovens da EJA.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ALESSANDRO AUGUSTO DE AZEVEDO
Presidente - 268015 - EDINEIDE JEZINI MESQUITA ARAUJO
Interno - 1160748 - LUIZ GONZAGA GONCALVES
Interno - 335827 - MARIA DO SOCORRO XAVIER BATISTA
Externo à Instituição - NADJA NAIRA AGUIAR RIBEIRO