PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO (CE - PPGE)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: CAMILA DE LOURDES CAVALCANTI PAIVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: CAMILA DE LOURDES CAVALCANTI PAIVA
DATA: 03/12/2021
HORA: 09:00
LOCAL: https://meet.google.com/fcd-domq-ott
TÍTULO: A CONFIGURAÇÃO DIDÁTICA DAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DE PROFESSORES/AS DA EJA EM COMBATE À LGBTFOBIA
PALAVRAS-CHAVES: EJA. LGBTfobia. Práticas Pedagógicas. Análise Crítica do Discurso.
PÁGINAS: 167
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
SUBÁREA: Tópicos Específicos de Educação
ESPECIALIDADE: Educação de Adultos
RESUMO: O objetivo deste trabalho de dissertação consiste em delinear a configuração didática das práticas pedagógicas dos/as professores/as da EJA no combate à LGBTfobia. Justifica-se a presente pesquisa mediante o baixo quantitativo de estudos acadêmicos que correlacionam as práticas pedagógicas, a didática, a LGBTfobia e a EJA. Para tanto, foi utilizada uma pesquisa de abordagem qualitativa, cuja geração de dados se deu por meio da entrevista semiestruturada, com cinco professores/as, os quais se identificavam enquanto docentes, cujas práticas se caracterizavam de forma combativas a LGBTfobia. Estes professores foram selecionados a partir da técnica de snow ball sampling. Como método de análise de dados, neste trabalho foi utilizada a Análise Crítica do Discurso (ACD), pautada nos estudos de Fairclough (2012). Na análise dos dados, os discursos dos/as professores/as sobre o seu papel e o da escola integram um discurso maior que se justifica na manutenção de uma educação tradicional, que enxerga o/a aluno/a como um depósito, o/a qual receberá os conhecimentos possuídos pelo/a professor/a, e ainda, se constitui na ideia heteronormativa de que os assuntos relacionados ao combate a LGBTfobia se resumem em trabalhar as infecções sexualmente transmissíveis (IST’s), dentre elas a AIDS, ou as diferenças dentro de uma lógica binária dos sexos masculino e feminino, o que limita os trabalhos da temática do combate a LGBTfobia às aulas da disciplina de ciências. Ressaltamos que a EJA é uma modalidade com uma diversidade etária, que abrange jovens, adultos/as e idosos/as, e que assuntos tidos como íntimos ou proibidos, podem e devem ser tratados, visando propagar conhecimentos que lhes serão úteis em suas vidas dentro e fora da escola. Dentre os achados da pesquisa, são ressaltados nas práticas discursivas que a LGBTfobia se constitui enquanto uma ameaça e que, algumas vezes, não é identificada pelo/a professor/a e, em algumas situações, é praticada não apenas pelos/as outros/as alunos/as entre si, mas também pelo/a próprio/a professor/a para com estes/as. O medo de represália e a falta de formação inicial e continuada se apresentam como dificuldade de introduzir a temática nas práticas pedagógicas dos/as professores/as. A configuração didática ressaltada nas práticas discursivas dos sujeitos da pesquisa se evidencia nas práticas pedagógicas que objetivam levar o conhecimento aos/as alunos/as, combater as discriminações e os preconceitos, construir uma consciência cidadã de respeito e desnaturalizar a ideia de que só existem os gêneros e orientações sexuais dentro da lógica heteronormativa. Ressalta-se a necessidade de novos estudos sobre práticas pedagógicas de combate à LGBTfobia, sinalizando enquanto futuros possíveis problemas investigativos, aqueles que observem como essas práticas pedagógicas são trabalhadas nos cursos de formação de professores/as. Por fim, apontamos para a necessidade de novas reflexões/estudos, que confiram visibilidade a essas práticas pedagógicas, de modo a contribuir para construir uma educação pautada no diálogo, no respeito a diversidade e na empatia ao próximo.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2459627 - EDUARDO JORGE LOPES DA SILVA
Interno - 2506180 - JEANE FELIX DA SILVA
Interno - 1152512 - JOSÉ LEONARDO ROLIM DE LIMA SEVERO
Externo à Instituição - MÁRCIO EVARISTO BELTRÃO
Externo à Instituição - WALDENIA LEÃO DE CARVALHO