PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO (CE - PPGE)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: GILDIVAN FRANCISCO DAS NEVES

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: GILDIVAN FRANCISCO DAS NEVES
DATA: 28/04/2022
HORA: 14:00
LOCAL: Sala virtual do Google Meet
TÍTULO: MOVIMENTOS SOCIAIS DO CAMPO, PRÁTICAS EDUCATIVAS E (RE)CONFIGURAÇÕES DO TERRITÓRIO: LEITURAS A PARTIR DA LUTA DO POVO DE ALAGAMAR
PALAVRAS-CHAVES: Movimentos Sociais do Campo. Práticas Educativas. Território. Luta do Povo de Alagamar.
PÁGINAS: 282
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
RESUMO: A Luta do Povo de Alagamar foi um movimento social ocorrido na década de 1970, em Alagamar, situado entre os municípios paraibanos de Itabaiana e Salgado de São Félix e integra um cenário de lutas e resistências no campo e que tem contribuído para (re)configurá-lo. Deste modo, elencamos como objeto de estudo as (re)configurações do território de Alagamar, a partir das práticas educativas construídas pelos trabalhadores rurais na participação no movimento social neste ocorrido. Enquanto problemática: de que maneira, as práticas educativas construídas pelos trabalhadores rurais, através de suas participações na Luta do Povo de Alagamar, contribuíram para o desencadeamento de (re)configurações no território, a partir do movimento social? Frente a esta, elencamos como objetivo geral analisar como as práticas educativas construídas pelos trabalhadores rurais na Luta do Povo de Alagamar contribuíram para a (re)configuração do território no qual foi realizada, enfatizando as novas territorialidades construídas. Como objetivos específicos, destacamos: a) Contextualizar o território de Alagamar, tomando como referência o movimento social neste ocorrido; b) Discutir as diferentes propostas de solução para a situação de exclusão vivenciada em Alagamar, no contexto do movimento social, como ressonâncias de leituras distintas do território; c) Compreender como o movimento social e as práticas educativas a partir deste construídas contribuíram para a construção de novas leituras para o território de Alagamar; e, d) Levantar fontes para a história local, contribuindo para o trato com a memória do movimento social, no âmbito da educação do campo, no território em que foi realizado. Apresentamos como tese o seguinte argumento: mediante a participação na Luta do Povo de Alagamar, os trabalhadores rurais construíram práticas educativas que contribuíram para a construção de novas leituras e (re)configurações para o território no qual ocorreu. Partimos do campo da Educação Popular que nos possibilitou adentrar a história local do território em que o movimento social foi realizado, visualizando o território e as suas memórias, ao Sul. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, a partir da pesquisa documental, tendo como fontes jornais, cartilha, cartas pastorais escritas por D José Maria Pires, Informativo Arquidiocesano no 83 de 1980, fotografias, analisadas considerando o disposto por Bacellar (2008) e Le Goff (2012) sobre o trato com documentos. A partir dos referidos autores, construímos uma ficha que contribuiu com o processo de catalogação e análise e resultou na construção de um produto que denominamos de Catálogo de fontes: Luta do Povo de Alagamar. Percebemos que no contexto do movimento social, existiam leituras divergentes para o território, o que incidia nas resistências realizadas pelos trabalhadores rurais, na busca pela desapropriação e permanência na localidade e nas ações dos novos proprietários, com vistas a expulsar os moradores de Alagamar. Este remeteu a um espaço de construção de práticas educativas, a partir das quais foram geradas aprendizagens, que possibilitaram aos trabalhadores rurais construir uma luta que continua, frente ao entendimento de que as medidas adotadas pelo governo do estado e do governo federal não solucionavam o problema e, assim, interferindo na (re)configuração e usos do território. A presente tese, mediante a construção do catálogo, contribui para o trato com a história local, na educação do campo em Alagamar, ao passo em que apresenta fontes que permitem construir diálogos com o território, suas memórias e histórias.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 338352 - SEVERINO BEZERRA DA SILVA
Interno - 1662400 - IVONALDO NERES LEITE
Interno - 335827 - MARIA DO SOCORRO XAVIER BATISTA
Externo ao Programa - 1545438 - ANGELO EMILIO DA SILVA PESSOA
Externo à Instituição - MARIA DO SOCORRO SILVA
Externo à Instituição - PATRÍCIA CRISTINA DE ARAGÃO ARAÚJO