PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO (CE - PPGE)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: ALINE CAMPOS

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ALINE CAMPOS
DATA: 18/05/2022
HORA: 16:00
LOCAL: meet.google.com/gfz-ocxi-zyg
TÍTULO: EDUCAÇÃO-VAGA-LUME: REINVENTAR A EDUCAÇÃO POPULAR, RESISTIR À OPRIMISSÃO E IMAGINAR UMA EDUCAÇÃO ANTIPRISIONAL
PALAVRAS-CHAVES: Educação-vaga-lume; educação na (e para além da) prisão; Educação antiprisional; Oprimissão; Narrativas autobiográficas e de sobreviventes da prisão.
PÁGINAS: 289
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
SUBÁREA: Tópicos Específicos de Educação
ESPECIALIDADE: Educação de Adultos
RESUMO: É possível fazer acontecer uma educação antiprisional na prisão? É a partir desse aparente paradoxo que me aventurei numa investigação científica ancorada na Pesquisa Participante e na Pesquisa Narrativa, mergulhando em narrativas de vida de quatro sobreviventes do sistema prisional e em minhas próprias experiências educativas em contextos prisionais. Juntos, os interlocutores desta pesquisa e eu, buscamos compreender as possibilidades e limites para promoção de uma educação na (e para além da) prisão que não reforce a existência do sistema prisional. Por meio da conversa como metodologia de pesquisa, a noção de oprimissão emergiu fazendo-nos compreender que os procedimentos próprios da prisão humilham e impõem à pessoa que está presa uma condição permanente de inferioridade, a qual implica no apagamento de sua humanidade. A partir da junção de três movimentos de luta – reinventar da Educação Popular, resistir à oprimissão e imaginar uma educação antiprisional – elaboramos a noção de educação-vaga-lume como estratégia para nutrir a humanidade das pessoas que tem suas vidas submetidas ao apagamento na prisão. Cinco horizontes para se promover a educação-vaga-lume são apresentados: (1) estabelecer relações comunitárias e amorosas, a partir da partilha, do cuidado e do estímulo a expressão, escuta e conversa; (2) enfatizar a existência como condição comum a todos os seres vivos do planeta, bem como a interdependência entre eles; (3) problematizar nossas múltiplas identidades, favorecendo o desenvolvimento de sensibilidades e pertencimentos, e reconhecendo a trajetória histórica de marginalização a que está submetida a maior parte da população carcerária; (4) tecer encontros e compartilhar experiências, a fim de fomentar a apropriação do tempo-espaço da vida, por meio da conexão entre passado, presente e futuro; e (5) estimular a (re)criação e invenção de si, para expandir as possibilidades de ser. Por fim, a alegria é proposta como uma medida de atenção possível para a (auto)avaliação permanente de educadores e educadoras em contextos prisionais, para que saibam se estão de fato combatendo o sistema prisional e nutrindo bioluminescências.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 332434 - TIMOTHY DENIS IRELAND
Interno - 1662400 - IVONALDO NERES LEITE
Interno - 333019 - MARIA EULINA PESSOA DE CARVALHO
Externo à Instituição - DANILO ROMEU STRECK
Externo à Instituição - MARIANGELA GRACIANO
Externo à Instituição - VICENTE CONCILIO