PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO (CE - PPGE)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: ANA DANIELLY LEITE BATISTA PESSOA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANA DANIELLY LEITE BATISTA PESSOA
DATA: 29/08/2022
HORA: 15:30
LOCAL: https://meet.google.com/jiu-padg-piy
TÍTULO: MEMÓRIAS DA DISCIPLINA ESTUDO DE PROBLEMAS BRASILEIROS (EPB) NO CURRÍCULO DAS UNIVERSIDADES PARAIBANAS: lembrando para não esquecer (1969-1993)
PALAVRAS-CHAVES: Estudo dos Problemas Brasileiros. Ditadura Civil-Militar. Representações. História e Memória. Doutrinação e Domesticação.
PÁGINAS: 204
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
SUBÁREA: Fundamentos da Educação
ESPECIALIDADE: História da Educação
RESUMO: A ditadura civil- militar, que teve início em março de 1964, com o golpe civil-militar, e finalizou em janeiro de 1985, estabeleceu violações aos Direitos Humanos e contribuiu para o esquecimento de memórias. Deveras, o campo educacional foi amplamente atingindo nesse período, especialmente as universidades, considerando o cerceamento da liberdade de expressão, as perseguições aos docentes e aos movimentos estudantis, a promulgação da reforma universitária e a implantação da disciplina Estudo dos Problemas Brasileiros (EPB), criada em 1969, e constituída como componente curricular obrigatório por meio do decreto 869/69. Embora existam importantes pesquisas sobre as universidades brasileiras nesse período, há uma lacuna sobre a micro-história da EPB nas universidades paraibanas. É nesse sentido que o presente estudo se alberga, cujo propósito é analisar o desenvolvimento e a organização da disciplina EPB nas universidades paraibanas durante a ditadura civil-militar e os primeiros anos de redemocratização (1964-1993), considerando aspectos históricos e mnemônicos, a fim de contribuir para a fomentação de uma “pedagogia para o nunca mais”. Trata-se de um trabalho qualitativo, conduzido por fontes escritas (legais, documentais e bibliográficas), orais (impressões e subjetividades de participantes) e iconográficas (imagens encontradas nos manuais de EPB).A proposta está pautada no paradigma indiciário (GINZBURG, 1989), no conceito de representação (CHARTIER, 1991; 2016; 1990), de memória (POLLAK, 1989; HALBWACHS, 2002; THOMPSON, 1992) e amparada na metodologia da história oral (ALBERTI, 2003; MEIHY; HOLANDA, 2014). A elaboração da escrita orienta-se pelos estudos de autores, como: Motta (2014) e Germano (2011), a fim de compreender a realidade do cenário em que foi criada a EPB; Bittencourt (1993) e Fonseca (1999), concernente aos estudos sobre livros didáticos; Certeau (2015), Freire (2011, 2014) e Zenaide (2010), auxiliando nos estudos sobre as táticas, o fortalecimento da resistência e a “pedagogia para o nunca mais”. Além disso, as fontes documentais foram matéria de reflexões no tocante às normas que fundamentam esse objeto de estudo, que tem em sua base a Educação Moral e Cívica (EMC). Ao propor a superação do silenciamento que condicionou a história da disciplina EPB, o presente estudo buscou rememorar essa história por meio das vozes dos sujeitos que vivenciaram essa experiência, dos documentos, programas de ensino e manuais escolares que foram encontrados. Deveras, em tempos de instabilidade política, este trabalho é um convite para refletirmos sobre como a disciplina EPB serviu de instrumento para reforçar os valores da ditadura civil-militar e dessa forma, estarmos alertas diante de questões que interferem na organização do currículo educacional brasileiro, na atualidade. Urge a necessidade de lembrar. Não um lembrar esvaziado de luta, mas um lembrar esperançoso, de quem deseja lutar para não esquecer. Lutar para que nunca mais aconteça.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1330406 - MARIA ELIZETE GUIMARAES CARVALHO
Interno - 2583808 - FABIANA SENA DA SILVA
Externo ao Programa - 1791190 - ROSEANE MARIA DE AMORIM
Externo à Instituição - GRINAURA MEDEIROS DE MORAIS
Externo à Instituição - PATRÍCIA CRISTINA DE ARAGÃO ARAÚJO