PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO (CE - PPGE)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: AURISTELA RODRIGUES DOS SANTOS

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: AURISTELA RODRIGUES DOS SANTOS
DATA: 23/08/2022
HORA: 09:00
LOCAL: https://meet.google.com/jiu-padg-piy
TÍTULO: RELENDO MEMÓRIAS E REPRESENTAÇÕES SOBRE O MOBRAL: ENTRE RASTROS E FIOS DE NARRATIVAS NAS PÁGINAS DOS JORNAIS (1967-1985)
PALAVRAS-CHAVES: MOBRAL. Educação de Adultos. Notícias de Jornais. Ditadura civil-militar. Pedagogia Tecnicista
PÁGINAS: 196
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
SUBÁREA: Fundamentos da Educação
ESPECIALIDADE: História da Educação
RESUMO: O trabalho de tese intitulado: “Relendo memórias e representações sobre o MOBRAL: entre rastros e fios de narrativas nas páginas de jornais (1967-1985)” tem por objetivo geral analisar as representações e memórias sobre o MOBRAL, presentes em narrativas de jornais e em outras fontes, como a iconografia e versões de participantes, considerando o cenário histórico da ditadura civil-militar (1964-1985). Assim, tem-se o interesse de compreender quais representações acerca desse movimento educacional eram veiculadas pelos impressos, seguindo os rastros e fios das reportagens para reler a história do MOBRAL, com a corroboração das memórias de participantes e de imagens, em uma problematização de fontes que retrata sobre suas versões acerca dessa experiência educacional, concebida para alfabetizar jovens e adultos. O MOBRAL configurou-se como uma campanha de alfabetização de adultos que tinha como princípio a funcionalidade e a continuidade, em que a educação era defendida a partir de uma proposta tecnicista. Além disso, houve um grande esforço para que existisse uma mobilização social para acabar com o analfabetismo no Brasil a partir do MOBRAL e, para isso, os jornais desenvolveram papel fundamental. Tanto os jornais da época, quanto as vozes dos participantes e as iconografias, são fontes que configuram esse acontecimento educacional e suas representações, em disputa, contribuem para uma releitura da escrita de sua história. Dessa forma, utilizou-se fontes escritas, como as literaturas sobre a temática, sobre o contexto social e os jornais; fontes iconográficas e orais, que são as imagens publicadas e as memórias de participantes do MOBRAL. A pesquisa foi bibliográfica e caminhou em concordância com o método indiciário proposto por Ginzburg (1989). Ressalta-se que o trabalho procurou ser marcado pela hibridez de fontes, em um diálogo entre memórias e representações. Portanto, situa-se no âmbito das pesquisas qualitativas, tendo a contribuição e fundamentação de autores como: Roger Chartier (1990; 2016), Halbwachs (2006), Ginzburg (1989), Germano (2011), entre outros. Conclui-se que a análise das fontes possibilitou discutir sobre as representações do MOBRAL, relendo sua história, seguindo os rastros e pistas das notícias dos jornais, em diálogo com outras memórias. Observa-se como as narrativas apresentam o MOBRAL, como uma campanha de massa, marcada por diferentes experiências, sem a total uniformidade e/ou originalidade percebidas nas entrelinhas dos discursos oficiais. Nota-se, ainda, uma proposta em que muitos esforços foram aplicados para sua efetivação, mas baseada em uma pedagogia tecnicista, que se esquivou de alfabetizar para a cidadania.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1330406 - MARIA ELIZETE GUIMARAES CARVALHO
Interno - 1220709 - CHARLITON JOSE DOS SANTOS MACHADO
Externo ao Programa - 1180155 - GERALDA MACEDO
Externo à Instituição - IRANILSON BURITI DE OLIVEIRA
Externo à Instituição - ROGÉRIO DE ARAUJO LIMA