PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO (CE - PPGE)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: REGINA ALICE RODRIGUES ARAUJO COSTA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: REGINA ALICE RODRIGUES ARAUJO COSTA
DATA: 18/08/2023
HORA: 14:30
LOCAL: meet.google.com/jqm-jwyn-ovn e Auditório do PPGE
TÍTULO: NEOLIBERALISMO E NEOCONSERVADORISMO NAS POLÍTICAS EDUCACIONAIS BRASILEIRAS: os discursos do movimento Escola Sem Partido
PALAVRAS-CHAVES: Escola Sem Partido. Neoliberalismo. Neoconservadorismo. Democracia. Teoria do Discurso.
PÁGINAS: 180
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
SUBÁREA: Planejamento e Avaliação Educacional
ESPECIALIDADE: Política Educacional
RESUMO: Esta pesquisa tem como objetivo investigar as influências da sociedade neoliberal e neoconservadora nas políticas educacionais brasileiras e os discursos do Escola Sem Partido, no contexto após o golpe de 2016 até o ano de 2022. A tese é de que o projeto neoliberal e neoconservador, instaurado com o golpe em 2016, propiciou a expansão do ideário do ESP no âmbito da sociedade brasileira e na construção das políticas educacionais, além de fomentar discursos que têm como bases: despolitização, autoritarismo, produtivismo, lógica mercantil, competitividade, marginalização dos grupos socialmente vulnerabilizados, desestabilização do sistema democrático, dentre outras características. Para tanto, nas construções epistemetodológicas, nos valemos da perspectiva teórica pós-estruturalista (GLYNOS; HOWARTH, 2007; MAINARDES; FERREIRA; TELLO, 2011; LOPES, 2013; MENDONÇA, 2014), onde mobilizamos a teoria do discurso (LACLAU, 1993, 2005; GLYNOS; HOWARTH, 2007; BURITY, 2010; MENDONÇA; RODRIGUES, 2014; LACLAU; MOUFFE, 2015 [1985]; MENDONÇA, 2003, 2010, 2012, 2014; FREITAS, 2019) como aporte teórico e ferramenta de análise de discurso. A metodologia da pesquisa é desenvolvida a partir da pesquisa bibliográfica, documental, e, subsidiariamente, recorremos a análise de redes sociais virtuais, para investigar o registro das dinâmicas sociais virtuais, através da ferramenta SocialBlade. Nosso corpus de análise é composto por: Principais projetos de lei apresentado à nível nacional que guardam correlação com o Escola Sem Partido; Páginas em redes sociais e sites do movimento e do programa Escola Sem Partido; Discursos proferidos em entrevistas divulgadas dos coordenadores e apoiadores do Escola Sem Partido nas plataformas virtuais; Pronunciamento dos órgãos administrativos sobre o Escola Sem Partido (Ministério Público Federal, Supremo Tribunal Federal, Ministério da Educação); Documento de notificação da Organização das Nações Unidas sobre o avanço de projetos de lei que tratam do Escola Sem Partido; Discursos direcionados para a educação no Plano de Governo dos candidatos à Presidência da República nas eleições de 2018; Pronunciamento oficial de Miguel Nagib de desligamento do Escola Sem Partido proferido em 2020. Como reflexões considerativas, analisamos que: o campo das políticas educacionais se dá em um processo de disputas e influência contingente, precário e marcado por jogos políticos de articulação que produzem deslizamentos; o ESP, a partir do discurso de combate à doutrinação, favorecido pelas condições sociais e políticas que desembocaram no golpe de 2016, tornou-se desde o período pré-golpe um discurso hegemônico, com a capacidade de reunir o desejo coletivo de grupos fundamentalistas religiosos, direitistas, neoconservadores e neoliberais contrários à educação cidadã e emancipatória; de 2016 a 2022, o ESP encampou diferentes demandas, articulações, mobilizou grupos distintos e produziu diversas cadeias de equivalência.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1672795 - MARIA DAS GRAÇAS GONÇALVES VIEIRA GUERRA
Interno - 2459627 - EDUARDO JORGE LOPES DA SILVA
Interno - 1501013 - MARLECIO MAKNAMARA DA SILVA CUNHA
Externo à Instituição - AÍDA MARIA MONTEIRO SILVA
Externo à Instituição - CESAR RIBOLI