PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ANTROPOLOGIA (PPGA)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

Telefone/Ramal
Não informado

Notícias


Banca de DEFESA: ENISIA PEREIRA CRUZ FERRANTE

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ENISIA PEREIRA CRUZ FERRANTE
DATA: 31/05/2021
HORA: 10:00
LOCAL: Remota por plataforma de videoconferência Classroom google
TÍTULO: “Quando a dor ataca”: estudo antropológico sobre mulheres que vivem com fibromialgia
PALAVRAS-CHAVES: Fibromialgia, Experiências de adoecimento, Mulheres, Antropologia da Saúde.
PÁGINAS: 100
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Antropologia
RESUMO: O presente estudo aborda o adoecimento pela fibromialgia a partir de uma perspectiva antropológica, visto que a doença assim como o corpo são constructos sociais. Considerada uma doença eminentemente feminina, marcada pela incorporação da dor, a fibromialgia é um fenômeno invisível às políticas de cuidado e da vida, o que motivou investigar as relações entre o surgimento da doença e o contexto pessoal e social das mulheres. A pesquisa foi desenvolvida a partir da perspectiva feminina, abordando as narrativas sobre a experiência com a doença. A pesquisa de campo teve início em 2019, no ambulatório de reumatologia do Hospital Universitário Lauro Wanderley, utilizando-se da observação na sala de espera do ambulatório e nas redes sociais WhatsApp e Instagram, assim como na residência das interlocutoras. A pesquisa se estendeu até 2020, com o avanço da pandemia. Foram realizadas entrevistas etnográficas com nove mulheres com fibromialgia nas quais elas narram como o adoecimento está relacionado às suas condições de vida, em que a dimensão relacional chama a atenção em razão dos vínculos sociais, da hierarquia de gênero, das condições de trabalho e da violência social. A partir da incorporação da dor, elaboram metáforas de descontentamento quando caracterizam as modulações da dor, em especial como uma “dor que ataca”. Os processos de enfrentamento envolvem medicalização e outras terapias alternativas (psicólogos, acupuntura, fisioterapia), estratégias familiares e ativismo social na luta pelo reconhecimento e direitos sociais. As mulheres reconhecem como os limites corporais provocados pela enfermidade resultam em reclusão e ruptura nas trajetórias profissionais e de vida. Por fim, a partir do contexto de pandemia da COVID-19, foram retratadas as repercussões dessa crise sanitária no cotidiano das interlocutoras e agenciamentos desenvolvidos por elas.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1177988 - EDNALVA MACIEL NEVES
Externo à Instituição - MARCOS CASTRO CARVALHO
Interno - 1487317 - MONICA LOURDES FRANCH GUTIERREZ