PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ANTROPOLOGIA (PPGA)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: CLORDANA HELEN LIMA DE AQUINO OLIVEIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: CLORDANA HELEN LIMA DE AQUINO OLIVEIRA
DATA: 19/08/2021
HORA: 14:30
LOCAL: Por plataforma de videoconferência Google Meet
TÍTULO: Política da Esperança: Panorama Antropológico sobre regulamentação e associativismo pela canábis terapêutica no Brasil
PALAVRAS-CHAVES: Canábis; Regulamentação; Associativismo; Direitos Humanos
PÁGINAS: 144
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Antropologia
RESUMO: A presente pesquisa possui cunho qualitativo, de abordagem teórico-metodológica etnográfica e cumpre seu caráter exploratório, com objetivo de apreender a luta e movimento que tem ocorrido no Brasil, em torno da regulamentação de acesso aos produtos feitos à base de canábis, para fins terapêuticos. Este estudo se debruça sobre uma perspectiva panorâmica, acerca do que vem sendo realizado no campo político e das experiências, em relação aos sujeitos que estão envolvidos nesta causa. Desde meados de 2013-2014, a luta pela regulamentação da maconha tem se destacado no país, devido à angústia e necessidade das mães, famílias que descobriram a alternativa da terapêutica canábica para tratar diversas patologias de seus entes, entretanto a complexidade e desafios que resultam da política de drogas nacional, tem dificultado o reconhecimento e demais avanços para a canábis, enquanto planta medicinal, terapêutica. Direciono minha observação a partir da construção de uma rede biossocial, formada inicialmente pelas mães e famílias, e logo composta por ativistas, médicos, advogados e demais sujeitos atuantes na causa. Essa rede prevê a origem e formatação do movimento associativista, instaurando um marco no país através do trabalho distinto realizado pelas associações de pacientes, cuja prioridade e objetivo em comum é o fornecimento de informações, acolhimento e orientação, aos sujeitos que buscam por esta via terapêutica alternativa. A partir do acompanhamento etnográfico de duas mães e seis associações, sendo 3 presenciais no estado da Paraíba e Bahia, o restante ocorreu de maneira remota em decorrência do contexto pandêmico, realizei entrevistas semiestruturadas e aplicação de um questionário às associações, coletando informações sobre o histórico fundador e desempenho do trabalho social, realizado por estas. À luz do aporte teórico, estes sujeitos têm realizado uma política da esperança, onde todos atores se interligam em função do mesmo objetivo: ter acesso democrático ao tratamento de saúde e qualidade de vida. A autonomia de suas escolhas, é marcada tanto por desconstruções morais e sociais, como reflete também na busca de aprender e aprofundar, temas reconhecidamente tabus às nossas políticas públicas, como é o caso das drogas. A divisão entre esferas, criminal x saúde tem configurado complexos desafios para os avanços reguladores da canábis, sugerindo palco para vários conflitos e desdobramentos, do qual alguns poderão ser refletidos a partir das contribuições que este estudo se dedica trazer.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1437307 - MARCIA REIS LONGHI
Interno - 1487317 - MONICA LOURDES FRANCH GUTIERREZ
Externo à Instituição - SANDRA LUCIA GOULART