PROGRAMA ASSOCIADO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA (PAPGEF)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

Telefone/Ramal
Não informado

Notícias


Banca de DEFESA: MURILLO FRAZÃO DE LIMA E COSTA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MURILLO FRAZÃO DE LIMA E COSTA
DATA: 26/01/2021
HORA: 08:30
LOCAL: Online via Google Meet
TÍTULO: APTIDÃO CARDIORRESPIRATÓRIA E DESEMPENHO NEUROMUSCULAR DE PACIENTES RECUPERADOS DA COVID-19.
PALAVRAS-CHAVES: COVID-19, Aptidão Cardiorrespiratória, Teste Cardiopulmonar de Exercício, Eletromiografia.
PÁGINAS: 118
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Educação Física
RESUMO: Introdução: no final de dezembro de 2019, um novo coronavírus, denominado corona vírus de síndrome respiratória aguda grave 2 (SARS-CoV-2), foi causador da pandemia de doença do corona vírus 2019 (COVID-19). A doença afeta múltiplos sistemas, apresentando disfunções fisiológicas diversas de acordo com o grau de evolução. Em decorrência deste efeito multissistêmico, é razoável pensar que a COVID-19 pode diminuir a aptidão cardiorrespiratória e o desempenho muscular. Objetivos: avaliar a aptidão cardiorrespiratória e o desempenho neuromuscular em pacientes recuperados de COVID-19. Ainda iremos investigar a validade da eletromiografia (EMG) como método não invasivo de detecção do limiar anaeróbio e do ponto de compensação respiratória em pacientes recuperados de COVID-19. Métodos: trata-se de um estudo prospectivo observacional. Foram avaliados pacientes recuperados da COVID-19, que foram divididos em dois grupos de acordo com a intensidade da doença (leves ou severos) e comparados com um grupo controle de saudáveis. Os indivíduos foram submetidos a uma avaliação por teste cardiopulmonar de exercício (TCPE) associado à EMG de quadríceps (vasto lateral). Da análise do TCPE, consideradas as seguintes variáveis: potência, consumo de oxigênio de pico (VO2), pulso de oxigênio no esforço máximo (O2Pulso), eficiência cardiovascular (ΔHR/ΔVO2), ventilação de pico (VE), reserva respiratória (BR), eficiência ventilatória (VE/VCO2 slope), limiar anaeróbico (LA) e ponto de compensação respiratória (PCR). Da análise da EMG, foram consideradas a root mean square (RMS), eficiência neuromuscular (Δwatts/Δ%RMS) e o primeiro e segundo postos de inflexão da EMG ao longo do esforço. Resultados: pacientes com COVID-19 grave apresentaram VO2, O2Pulso e VE mais baixos do que pacientes com COVID19 leve e indivíduos saudáveis (p <0,05 para todas as comparações). Não foram observadas diferenças na ΔHR/ΔVO2, BR ou VE/VCO2 slope entre os grupos (p> 0,05 para todas as comparações). As fibras do tipo IIa e IIb foram ativadas em uma menor potência em pacientes graves do que em pacientes com COVID-19 leve e indivíduos saudáveis (p <0,05). Δwatts/Δ%RMS foi menor em pacientes graves do que em COVID-19 leve e indivíduos saudáveis (p <0,05). A EMG e a análise de trocas gasosas apresentaram forte correlação na detecção do limiar anaeróbio (r = 0,97, p <0,0001) e do ponto de compensação respiratória (r = 0,99, p <0,0001). A análise de Bland-Altman demonstrou um viés = -4,7 watts para detecção de LA em EMG em comparação com a análise de troca gasosa e um viés = -2,1 watts na detecção do PCR. Conclusões: os pacientes recuperados de COVID-19 grave apresentam menor aptidão cardiorrespiratória e eficiência neuromuscular (fato não observado em pacientes recuperados de COVID-19 leve) e que a EMG pode ser utilizada como método não invasivo para detecção de LA e PCR nestes pacientes.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - FÁBIO DE OLIVEIRA PITTA
Presidente - 1228470 - MARIA DO SOCORRO BRASILEIRO SANTOS
Externo à Instituição - RAPHAEL MENDES RITTI DIAS
Interno - 041.415.596-36 - RODRIGO CAPPATO DE ARAÚJO - UPE