Banca de QUALIFICAÇÃO: FRANCISCO ANTONIO DE OLIVEIRA JUNIOR

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: FRANCISCO ANTONIO DE OLIVEIRA JUNIOR
DATA: 15/04/2019
HORA: 08:00
LOCAL: Cbiotec
TÍTULO: Efeitos da suplementação com óleo de coco combinada ao treinamento físico aeróbico em pacientes com hipertensão de estágio 1
PALAVRAS-CHAVES: hipertensão arterial; óleo de coco; treinamento físico; ensaio clínico
PÁGINAS: 113
RESUMO: Entre as medidas não-farmacológicas que podem compor o tratamento da hipertensão arterial, destacam-se as alternativas dietéticas e os programas de exercício físico. Portanto, foi testada a hipótese que a suplementação alimentar com óleo de coco isoladamente ou combinada ao exercício físico aeróbico poderia exercer efeito cardiovascular em pacientes com hipertensão de estágio 1. Para isso, 34 (trinta e quatro) voluntários hipertensos de ambos os sexos, com idade de 42,5 ± 11,7 anos foram divididos em dois grupos (treinado e não-teinado) e submetidos a um ensaio clínico do tipo crossover com suplementação de óleo de coco alternada com placebo e intercalados por um período de washout de 7 dias. Esse estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa dp Hospital Universitário Lauro Wanderlei (UFPB) obtendo parecer nº 1.523.128/2016. Entre os períodos experimentais, os indivíduos foram submetidos ao monitoramento ambulatorial da pressão arterial de 24 horas, análises da variabilidade da pressão arterial e da frequência cardíaca, coleta sanguínea para análise dos níveis séricos de colesterol total, HDL, LDL, triglicerídeos e glicose, malondialdeído e capacidade antioxidante total. Adicionalmente, foi realizada avaliação antropométrica e da composição corporal e análise nutricional. Os resultados preliminares indicam que a suplementação com óleo de coco (10ml/dia) durante os 30 dias finais, no grupo submetido ao treinamento físico aeróbico, foi capaz de incrementar os níveis séricos de HDL (32,3 ± 4,2 vs 38,1 ± 4,6 mg/dl; p < 0,05) sem induzir hipercolesterolemia. Para o grupo treinado que recebeu óleo de coco nos 30 dias iniciais, seguido de placebo nos 30 dias finais, houve decréscimo nos níveis de malondialdeido entre a avaliação inicial e de 30 dias (2,73 ± 0,15 vs 2,35 ± 0,21 nmol/ml; p < 0,05, respectivamente) e entre avaliação inicial e final (2,73 ± 0,15 vs 2,28 ± 0,23 nmol/ml; p < 0,05, respectivamente). Não houve alteração nos níveis pressóricos avaliados, entretanto, no grupo treinado que recebeu óleo de coco nos últimos 30 dias, ocorreu redução na variabilidade da pressão arterial diastólica (8,79 ± 0,8 vs 6,97 ± 0,6 mmHg; p < 0,05; inicial vs final, respectivamente). De maneira independente da ordem de suplementação, houve uma elevação no índice de variabilidade da frequência cardíaca RMSSD (30,2 ± 4,0 vs 35,7 ± 3,8 ms; p < 0,05; inicial vs final, respectivamente) no grupo treinado, acompanhado de redução (21,9 ± 2,2 vs 18,7 ± 2,1, p <0,05; inicial vs final, respectivamente) no grupo não-treinado. Em conjunto, esses achados indicam que a suplementação com óleo de coco e o treinamento físico podem melhorar o perfil lipídico e atenuar o estresse oxidativo, influenciando, positivamente, em índices de variabilidade relacionados ao controle autonômico da função cardiovascular em hipertensão de estágio 1.
MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 3068425 - FABIO YUZO NAKAMURA
Interno - 1174357 - ISAC ALMEIDA DE MEDEIROS
Interno - 2293231 - JOSE LUIZ DE BRITO ALVES