PROGRAMA MULTICÊNTRICO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FISIOLÓGICAS (PMPGCF)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: FRANCISCO ANTONIO DE OLIVEIRA JUNIOR

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: FRANCISCO ANTONIO DE OLIVEIRA JUNIOR
DATA: 28/11/2019
HORA: 09:00
LOCAL: Auditório
TÍTULO: Efeitos da suplementação com óleo de coco em pacientes com hipertensão arterial de estágio 1
PALAVRAS-CHAVES: hipertensão arterial; óleo de coco extravirgem; treinamento físico; ensaio clínico
PÁGINAS: 113
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Fisiologia
RESUMO: Mesmo considerando o avanço na farmacologia anti-hipertensiva e no conhecimento sobre os mecanismos subjacentes à hipertensão arterial sistêmica (HAS) conquistados ao longo do tempo, o impacto gerado pela HAS sobre a saúde segue em contínua ascensão. Como alternativa ao tratamento farmacológico tradicional, foi testada a hipótese que a suplementação alimentar com óleo de coco extravirgem (OCEV), isolada ou combinada ao treinamento físico aeróbio, poderiam exercer efeitos cardiovasculares benéficos em pacientes com hipertensão arterial de estágio 1. Para isso, 46 (quarenta e seis) voluntários hipertensos de ambos os sexos, com idade de 42,5 ± 11,7 anos foram divididos em dois grupos (treinado e não-treinado) e submetidos a um ensaio clínico do tipo placebo-controlado para avaliar os efeitos da suplementação com óleo de coco extravirgem (10ml/dia) por um período experimental de 30 dias. O estudo foi devidamente aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa do Hospital Universitário Lauro Wanderlei (UFPB) sob parecer nº 1.523.128/2016. Após a triagem e recrutamento, os pacientes foram submetidos ao monitoramento ambulatorial da pressão arterial por 24 horas, avaliação da variabilidade da frequência cardíaca, coleta sanguínea para análise dos níveis séricos de colesterol total, HDL, LDL, triglicerídeos e glicose, malodialdeído e capacidade antioxidante total. Adicionalmente, foram realizadas análise nutricional, avaliação antropométrica e composição corporal. Os resultados indicam que, apesar de promover uma elevação da ingestão calórica em relação a suplementação com placebo (1861 kcal [IC 95% = 1656 – 2066] versus 1613 kcal [IC 95% = 1400 – 1826]; p = 0,03), os pacientes que foram suplementados com OCEV não apresentaram alterações significativas nas variáveis antropométricas e de composição corporal. Não foram observadas diferenças significativas entre os grupos experimentais em relação às concentrações séricas de colesterol total (F (1,41) = 0,924; p = 0,333 e η 2 = 0,022); LDL (F (1,41) = 3,790; p = 0,058 e η 2 = 0,085); HDL (F (1,41) = 1,562; p = 0,219 e η 2 = 0,038); triglicerídeos (F (1,41) = 0,584; p = 0,440 e η 2 = 0,014) e também não houve interação de efeitos relacionados ao tipo de suplementação e treinamento físico em função do tempo. No que diz respeito à glicemia, não houve efeito de OCEV (F (1,41) = 0,069; p = 0,795 e η 2 = 0,002) nos grupos suplementados, embora os valores de glicemia terem demonstrado um padrão diferente de modificação entre os pacientes suplementados com OCV e placebo ao longo do período experimental (F (1,41) = 5,020; p = 0,031 e η 2 = 0,117). Não houve efeito sobre as concentrações séricas de MDA (F (1,41) = 0,391; p = 0,535 e η 2 = 0,010) associado ao OCEV, isolado ou combinado ao treinamento aeróbio, mas, de maneira similar ao que ocorreu para glicemia, houve efeito da interação do tipo de suplementação utilizada ao longo do tempo (F (1,41) = 8,147; p = 0,007 e η 2 = 0,169). Essa resposta não se refletiu na capacidade antioxidante total (F (1,39) = 0,544; p = 0,466 e η 2 = 0,015). Não foram identificadas mudanças significativas sobre os níveis de pressão arterial sistólica (F (1,39) = 3,217; p = 0,081 e η 2 = 0,078), diastólica (F (1,39) = 0,350; p = 0,558 e η 2 = 0,009) e média (F (1,39) = 1,498; p = 0,228 e η 2 = 0,038) em nenhum grupo após o período experimental. Por fim, os dados de variabilidade da pressão arterial não mostraram um efeito isolado do tratamento, mas ratificam o efeito da interação entre o tipo de suplementação em função do tempo: F (1,39) = 5,564, p =0,023, η 2 = 0,125, λ = 0,875) em relação a PAM. Entretanto, essa resposta não foi confirmada pelos parâmetros de variabilidade da frequência SDNN (F (1,17) = 0,274; p = 0,608 e η 2 = 0,017), RMSSD (F (1,17) = 0,946; p = 0,345 e η 2 = 0,056), razão SDNN/RMSSD (F (1,17) = 1,449; p = 0,246 e η 2 = 0,008) e SD2/SD1 (F (1,17) = 2,063; p = 0,170 e η 2 = 0,114). Em conclusão, a suplementação com OCEV (10ml/dia) por um período de 30 dias, isolada ou combinada com treinamento físico aeróbio, não foi capaz de induzir efeitos terapêuticos sobre a hipertensão arterial de estágio 1 em humanos. Além disso, não demonstrou associação direta com a melhora do estresse oxidativo e da função autonômica dos pacientes hipertensos.
MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 3068425 - FABIO YUZO NAKAMURA
Externo ao Programa - 219.150.048-02 - GUSTAVO RODRIGUES PEDRINO - UFG
Interno - 2293231 - JOSE LUIZ DE BRITO ALVES
Interno - 2015912 - JOSIANE DE CAMPOS CRUZ
Presidente - 1665027 - VALDIR DE ANDRADE BRAGA