PROGRAMA MULTICÊNTRICO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FISIOLÓGICAS (PMPGCF)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: MICKAEL SOUSA DA LUZ

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MICKAEL SOUSA DA LUZ
DATA: 26/02/2021
HORA: 14:00
LOCAL: plataforma google meet
TÍTULO: Avaliação do efeito do borneol sobre a modulação autonômica da pressão arterial de ratos normotensos e hipertensos.
PALAVRAS-CHAVES: Borneol; anti-hipertensivo; barorreflexo; modulação autonômica; hipertensão renovascular.
PÁGINAS: 58
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Fisiologia
SUBÁREA: Fisiologia de Órgãos e Sistemas
ESPECIALIDADE: Fisiologia Cardiovascular
RESUMO: O borneol é um monoterpeno bicíclico extraído de óleos essenciais de diversas plantas medicinais. Este composto é utilizado há muito tempo na medicina tradicional chinesa com efeitos cardiovasculares promissores. Alguns estudos demonstraram o potencial antioxidante, vasodilatador e anti-hipertensivo do borneol em animais normotensos e com hipertensão L-NAME, entretanto nada tem sido relatado sobre seus efeitos na hipertensão renovascular, assim como na modulação autonômica da pressão arterial e em seus mecanismos de controle. O presente estudo teve como objetivo avaliar os efeitos induzidos pelo borneol em parâmetros cardiovasculares de ratos normotensos e com hipertensão renovascular. Para isso, uma combinação de protocolos in vivo foi realizada em ratos SHAM e 2R1C, assim avaliou-se o efeito do tratamento oral por 14 dias com o borneol sobre a pressão arterial, frequência cardíaca, atividade autonômica simpática e parassimpática e sensibilidade do barorreflexo. O tratamento oral com o borneol foi capaz de reduzir a pressão arterial apenas em ratos 2R1C (2R1C: 169,43 ± 9 vs. 2R1C + borneol: 123,12 ± 6 mmHg, p < 0,05), assim como diminuiu a pressão arterial sistólica (2R1C: 196 ± 11,39 vs. 2R1C + borneol: 144 ± 5,3 mmHg) e diastólica (2R1C: 154,9 ± 4,6 vs. 2R1C + borneol: 103,1 ± 4,5 mmHg). O tratamento não provocou alterações significativas na frequência cardíaca. Ao avaliar a função autonômica, o borneol não induziu alterações na atividade parassimpática, entretanto, foi capaz de reduzir a hiperatividade simpática em ratos 2R1C (2R1C: (-73,43 ± 4,969 vs. 2R1C + borneol: -48,52 ± 7,289 mmHg, p < 0,05). Adicionalmente, também reduziu as bandas de baixa frequência - LF (2R1C: 9,16 ± 0,52 vs. 2R1C + borneol: 3,59 ± 0,68 mmHg2, p < 0,05), sem demonstrar alteração nas bandas de alta frequência – HF e índice simpato-vagal (LF/HF). Finalmente o tratamento oral com o borneol melhorou a sensibilidade do barorreflexo induzido farmacologicamente com agentes vasoativos (2R1C: -1,3 ± 0,1 vs. 2R1C + borneol: -3,6 ± 0,3 bpm.mmHg-1, p < 0,05), assim como no barorreflexo espontâneo (2R1C: -1,38 ± 0,1 vs. 2R1C + borneol: -3,56 ± 0,64 bpm.mmHg-1, p < 0,05). Esses dados prévios sugerem um efeito anti-hipertensivo do borneol, uma vez que ele reduziu a pressão arterial somente em ratos com hipertensão renovascular. Este efeito pode estar relacionado, em parte, pela sua atividade vasorrelaxante e capacidade de reduzir a atividade simpática. Essas informações associadas com a melhora na sensibilidade do barorreflexo fazem do borneol uma molécula com um futuro importante na terapia da hipertensão.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1859718 - CAMILLE DE MOURA BALARINI
Externo à Instituição - GUSTAVO RODRIGUES PEDRINO
Interno - 2015912 - JOSIANE DE CAMPOS CRUZ