PROGRAMA MULTICÊNTRICO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FISIOLÓGICAS (PMPGCF)
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
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Banca de DEFESA: FABIANA GÓES BARBOSA DE FREITAS
Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: FABIANA GÓES BARBOSA DE FREITAS
DATA: 27/07/2021
HORA: 14:00
LOCAL: Plataforma Google Meet
TÍTULO: O IMPACTO DO TEMPO DE CIRCULAÇÃO EXTRACORPÓREA NO PÓS-OPERATÓRIO IMEDIATO DE REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO
PALAVRAS-CHAVES: cirurgia cardíaca, hemoglobina, glicemia
PÁGINAS: 98
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Fisiologia
SUBÁREA: Fisiologia de Órgãos e Sistemas
ESPECIALIDADE: Fisiologia Cardiovascular
RESUMO: A cirurgia cardíaca é uma intervenção importante pois reduz o índice de morbimortalidade dos
pacientes com doenças cardiovasculares com baixa probabilidade de cura, sendo a
revascularização do miocárdio a mais frequente. Esta tem como objetivo amenizar os sintomas
causados pela obstrução das artérias coronarianas, prolongando a vida dos indivíduos. O uso
da circulação extracorpórea tem sido o padrão ouro para a realização dessa cirurgia, contudo,
pode desencadear efeitos deletérios ao organismo como uma resposta inflamatória sistêmica,
depressão miocárdica, coagulopatias, instabilidade hemodinâmica e disfunção pulmonar.
Assim, o objetivo desse estudo foi avaliar o impacto do tempo de CEC no pós-operatório
imediato dos pacientes submetidos à revascularização por meio da análise de parâmetros
cardiovasculares e marcadores biológicos de indivíduos submetidos a CEC por diferentes
períodos. Foram analisados 153 pacientes submetidos à cirurgia de revascularização do
miocárdio num hospital da cidade de João Pessoa-PB, sendo divididos em 3 grupos de acordo
com o tempo de CEC: Grupo 0-60 (pacientes submetidos a CEC por 0 a 60 minutos; Grupo 61-
60 (pacientes submetidos a CEC por 61 a 90 minutos); e Grupo 91+ (pacientes submetidos a
CEC por mais de 90 minutos). Foram analisadas, no pós-operatório imediato, as variáveis:
pressão arterial média, frequência cardíaca, pressão venosa central, creatinina, glicemia,
gasometria arterial, número de leucócitos, hemoglobina e o tempo de extubação. Foi possível
observar que o perfil dos pacientes foi sexo masculino, idade média de 63,06 ± 9,41 anos,
hipertensos e idosos. Com base nos dados obtidos, não houve correlação entre os diferentes
tempos de CEC e os níveis de pressão arterial média, frequência cardíaca e pressão venosa
central. O mesmo foi observado para os parâmetros ventilatórios, pressão parcial de gás
carbônico e oxigênio e saturação de oxigênio. Houve uma correlação negativa entre o tempo
de CEC e os níveis sanguíneos de bicarbonato (r=-0,2576; p=0,0013) e excesso de base (r=-
0,2940; p=0,0002). Não foi apresentada correlação entre os níveis de leucócitos e os grupos
avaliados. Por outro lado, observamos correlação nos níveis de hemoglobina (r=-0,3608;
p<0,0001) e glicemia (r=0,1714; p=0,0400). Quanto ao tempo de extubação, observou-se que
os indivíduos com menor tempo de CEC apresentaram com maior frequência a extubação ainda
no bloco cirúrgico quando comparado aos demais. Os dados obtidos sugerem que o tempo de
CEC teve impacto no equilíbrio ácido-básico, nos valores de glicemia, hemoglobina e no tempo
de extubação dos pacientes analisados, influenciando diretamente a homeostase desses
indivíduos. Apesar do tempo de uso da CEC não ser o único responsável pelo surgimento de
complicações, os dados obtidos, até então, demonstram a necessidade de uma atuação precisa
e qualificada dos profissionais envolvidos no pós-operatório imediato como enfermeiros,
médicos e fisioterapeutas, a fim de diminuir os efeitos deletérios do pós-operatório imediato de
cirurgia cardíaca.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2293231 - JOSE LUIZ DE BRITO ALVES
Presidente - 1971886 - MARIA DO SOCORRO DE FRANCA FALCAO
Externo à Instituição - THYAGO MOREIRA DE QUEIROZ