PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOTECNOLOGIA (PGBiotecM)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: FILIPE DE CASTRO PATRICIO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: FILIPE DE CASTRO PATRICIO
DATA: 24/02/2022
HORA: 14:00
LOCAL: meet.google.com/ucb-oqtf-ffq
TÍTULO: EXTRAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE XILANA DO MILHO E DA CANA-DE-AÇÚCAR PARA PROSPECÇÃO DE XILANASES EM ISOLADOS BACTERIANOS
PALAVRAS-CHAVES: Bagaço da cana-de-açúcar; palha da cana-de-açúcar; lignocelulose; hemicelulose; resíduo industrial; bioprospecção.
PÁGINAS: 1
GRANDE ÁREA: Multidisciplinar
ÁREA: Biotecnologia
RESUMO: O reaproveitamento de resíduos agroindustriais tem sido o foco de diversas pesquisas, principalmente no campo da biotecnologia devido a biomassa desses resíduos serem ricas de polímeros que possuem um alto valor agregado, como é o caso da xilana. A xilana é a principal hemicelulose, sendo o segundo polissacarídeo mais abundante, a mesma possui diversas aplicabilidades como na indústria alimentícia, farmacêutica e biotecnológica, podendo ser utilizada na prospecção enzimática utilizando microrganismos. Este trabalho teve como objetivo extrair a xilana de três resíduos agrícolas, sabugo do milho, bagaço e palha da cana-de-açúcar para bioprospecção de xilanases utilizando isolados bacterianos provenientes de amostras do solo da Usina Japungu Agroindustrial S/A, localizada no município de Santa Rita – Paraíba. Como resultados da etapa de extração da xilana dos resíduos da cana-de-açúcar foi obtido um rendimento de 4,62g para palha e 3,80g para o bagaço, partindo de 30g de resíduo. Para caracterização das xilanas obtidas utilizou-se o método de Espectroscopia de infravermelho com transformada de Fourier (FT-IR), no qual apresentaram as principais bandas presente na xilana. Para prospecção de xilanases foram selecionadas 21 cepas do banco de microrganismos do Laboratório de Biotecnologia Celular e Molecular, entre as quais, 16 cepas cresceram e foram utilizadas nos ensaios de produção enzimática, em meio ágar/Luria Bertani, adicionado 0,4% xilana do sabugo do milho, bagaço e palha da cana-de-açúcar e xilana comercial (Beechwood), separadamente, que foram incubadas por 72 h, a 37° C, e corados com vermelho congo (0,1%), para observação do halo de degradação e determinação do índice enzimático (IE). Entre as cepas positivas para xilanase (11 no total), 5 cepas foram positivas para os 4 tipos de xilanas utilizados e 6 cepas positivas apenas para xilana comercial. Para produção enzimática foram selecionadas as cepas JS19, que apresentou IE ≥ 2, em todos os meios testados e JS20, que apresentou produção enzimática apenas no meio contendo xilana comercial. As cepas foram cultivadas em caldo nutriente adicionado 0,5% do resíduo industrial, sabugo do milho, palha e bagaço da cana-de-açúcar, e incubadas em shaker (150 rpm), 37° C, por 72 h, para avaliação da atividade enzimática (U/mL), pelo método de açúcares redutores (ácido 3,5-dinitrosalicílico - DNS). Como resultados da produção enzimáticas, a JS19 apresentou uma melhor quantificação, variando de 0,74 a 0,92 (U/mL), em relação a cepa JS20, que variou de 0,12 a 0,30 (U/mL). Estes dados preliminares mostram que o reaproveitamento de resíduos agroindustriais, como milho e cana-de-açúcar, são promissores para obtenção de xilanas, bem como para bioprospecção enzimáticas utilizando microrganismos, como bactérias isoladas do solo.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2016620 - ADNA CRISTINA BARBOSA DE SOUSA
Presidente - 1121078 - DEMETRIUS ANTONIO MACHADO DE ARAUJO