PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO (PPGAU)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: EMANOEL VICTOR PATRÍCIO DE LUCENA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: EMANOEL VICTOR PATRÍCIO DE LUCENA
DATA: 25/03/2022
HORA: 14:00
LOCAL: https://meet.google.com/tjz-izjk-bzr
TÍTULO: ARQUITETURA NEOCOLONIAL: UMA ANÁLISE ARQUEOLÓGICA DO DISCURSO NOS CENÁRIOS PAULISTA E CARIOCA
PALAVRAS-CHAVES: Arquitetura neocolonial, análise do discurso, Michel Foucault
PÁGINAS: 150
GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas
ÁREA: Arquitetura e Urbanismo
RESUMO: A presente pesquisa possui uma abordagem teórico-empírica, através da qual busca analisar o discurso em torno do fenômeno Neocolonial brasileiro, à luz teórica da arqueologia do discurso, segundo Michel Foucault. A justificativa deste trabalho está em contribuir para um entendimento mais acurado acerca dos conflitos e contradições por trás do discurso que levou à emergência do fenômeno no contexto brasileiro. Adotando como o recorte cronológico o intervalo compreendido entre 1900 e 1928, a pesquisa se fundamenta no afã modernizador e nacionalizante da Primeira República nos dois principais centros de efervescência cultural no início do século XX: as cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro. Nesse sentido, o trabalho estrutura-se em três capítulos. O primeiro apresenta o contexto histórico que precedeu o discurso neocolonial no Brasil, o qual inclui o estudo da definição – e relações entre si – de conceitos-chave que contribuem para o entendimento do tema neocolonial na historiografia recente da arquitetura no Brasil. O segundo capítulo dedica-se à análise do discurso em torno do fenômeno neocolonial no contexto paulistano, e o terceiro aborda a repercussão desse discurso no contexto carioca, seguida de sua análise. O conteúdo apresentado nos três capítulos está embasado em pesquisa bibliográfica, pesquisa documental e seleção de corpus textual, no qual foi aplicado o método de análise arqueológica do discurso, que busca prioritariamente evidenciar procedimentos internos e externos de controle e delimitação discursiva. O objetivo geral da dissertação é entender as relações estabelecidas entre o supracitado afã modernizador da República e o discurso em torno do fenômeno neocolonial brasileiro. Sob tal ótica, os resultados evidenciam que da Proclamação até os primeiros anos do século XX, o ideal nacionalista republicano, respondendo ao aludido afã, priorizava a formação de um país soberano, moderno e independente. Nessas circunstâncias, desenvolveu-se, no âmbito da arquitetura e do urbanismo, um espírito antilusitanista, onde toda referência ao passado colonial e imperial passaria a ser considerada sinônimo de atraso e subserviência. Assim, adotou-se o Ecletismo francês como baluarte dessa modernidade republicana. A arquitetura neocolonial no Brasil é, portanto, fruto de um arranjo discursivo que criticava esse ideal de modernidade em curso. O aludido arranjo se desenvolveu nos dois principais centros irradiadores de cultura no país – São Paulo e Rio de Janeiro – a partir dos quais emergiram figuras-chave para o discurso que embasou Neocolonial no contexto nacional. Na capital paulista destaca-se a atuação do engenheiro português Ricardo Severo, enquanto que no cenário carioca têm notoriedade os trabalhos de Araújo Viana, também engenheiro, e do médico pernambucano José Marianno Filho. Esses personagens contribuíram de forma contundente para a ressignificação da arquitetura colonial enquanto afirmação da nacionalidade brasileira, que teve como principal amparo institucional o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB).
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - FERNANDO ATIQUE
Presidente - 335061 - IVAN CAVALCANTI FILHO
Interno - 338233 - MARIA BERTHILDE DE BARROS LIMA E MOURA FILHA
Interno - 1579686 - MARIANA FIALHO BONATES