PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO (PPGAU)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Notícias


Banca de DEFESA: GIANNA MONTEIRO FARIAS SIMÕES

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: GIANNA MONTEIRO FARIAS SIMÕES
DATA: 02/12/2022
HORA: 08:00
LOCAL: Google Meet
TÍTULO: Conforto ambiental e consumo de energia na Habitação Social: estudo sobre o impacto do uso no desempenho da edificação
PALAVRAS-CHAVES: Habitação de reabilitação de favela; Reformas; Conforto térmico; Pobreza de energia; Comportamento dos ocupantes.
PÁGINAS: 245
GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas
ÁREA: Arquitetura e Urbanismo
RESUMO: A redução do déficit habitacional do país não compreende apenas suprimir a demanda, mas, também, a melhoria da qualidade da habitação social. Problemas como falta de espaço, baixa qualidade de materiais e acabamentos, desconforto térmico, insalubridade, falta de segurança, entre outros são comumente associados à inadaptação dos moradores à nova condição, que pode resultar no repasse da edificação. Assim, esse estudo visa fornecer informações sobre o processo de adaptação da população vulnerável às habitações seriadas inseridas em conjuntos de interesse social. Esse trabalho trata de uma análise de pobreza multidimensional: a baixa qualidade da habitação e a falta de espaço, a condição de desconforto térmico e insalubridade e a pobreza de energia. Os objetivos delineados do estudo foram: 1- investigar a dinâmica das modificações realizadas nas unidades habitacionais e suas consequências para as condições de habitabilidade e, 2- compreender os fatores comportamentais e ambientais associados ao consumo de energia. A pesquisa compreende três conjuntos habitacionais em João Pessoa. A pesquisa de campo compreendeu mapeamento espacial das habitações, medições das condições térmicas no interior das moradias e entrevista semiestruturada com um representante da moradia. A aplicação do questionário resultou em 156 questionários. Os principais resultados em destaque são: a) o número de ampliações nas moradias é elevado e são mais frequentes no piso térreo; b) a necessidade de mais espaço é confirmada pelas casas que cresceram mais de 45,0% do seu tamanho original; c) as reformas têm um impacto negativo na habitabilidade das moradias, quanto mais a casa é expandida, menor é o percentual de abertura e piores os resultados nas variáveis térmicas analisadas; d) no geral as casas apresentaram de 3,5 °C à 5,5 °C acima do recomendado pela ASHRAE 55-2017; e) além do desconforto térmico, muitos ambientes apresentam sinais de insalubridade; f) o percentual de insatisfação dos usuários com o calor no interior da moradia é elevado (75,0%) e com a baixa velocidade do ar (65,3%); g) o consumo de energia elétrica verificado apresenta um comportamento crescente e com reduzida possibilidade de aproveitamento do desconto oferecido pelo Estado (Tarifa Social Nacional) - 4,7% dos moradores usufruíram do desconto máximo de 65,0%; h) o consumo de energia das famílias em alta vulnerabilidade econômica é similar ao consumo dos domicílios em situação de segurança energética; i) há uma relação direta entre a posse de eletrodomésticos antigos, famílias com presença de crianças e o consumo de energia elevado; j) grande parte da amostra relatou optar pela restrição na compra de alimentos e outras contas, para não ter os serviços energéticos cortados.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ALDOMAR PEDRINI
Interno - 1856580 - FELIPE TAVARES DA SILVA
Externo à Instituição - LUCILA CHEBEL LABAKI
Externo ao Programa - 6336620 - LUIZ BUENO DA SILVA
Presidente - 1636125 - SOLANGE MARIA LEDER