PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA (CCA - PPGA)
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS (CCA)
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Notícias
Banca de DEFESA: JOAO JONES DA SILVA
Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JOAO JONES DA SILVA
DATA: 14/11/2024
HORA: 08:00
LOCAL: Sala remota
TÍTULO: DESEMPENHO DE ESPÉCIES NATIVAS DA CAATINGA NA RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS POR SAIS NO SERTÃO PARAIBANO
PALAVRAS-CHAVES: Salinidade do solo, aroeira, catingueira, pau-ferro, sabiá.
PÁGINAS: 185
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Agronomia
SUBÁREA: Ciência do Solo
ESPECIALIDADE: Manejo e Conservação do Solo
RESUMO: A região semiárida do Nordeste brasileiro, predominantemente ocupada pelo bioma da Caatinga, apresenta uma grande diversidade botânica e fisionômica, refletindo as variadas condições de solo e precipitação. A exploração descontrolada de lenha ao longo das últimas décadas, sem práticas adequadas de manejo florestal e sem considerar a adversidade climática recorrente da região, tem contribuído significativamente para a redução das reservas de madeira e a degradação ambiental. Essa atividade, além de suas implicações econômicas, tem consequências ambientais que afetam diretamente a biodiversidade e têm repercussões socioeconômicas. A ação humana tem causado uma diminuição na cobertura vegetal da Caatinga, fragmentando o bioma e prejudicando sua diversidade biológica. Um dos principais fatores de degradação nessas regiões tropicais é a remoção da vegetação seguida de queimadas para a implantação de culturas agrícolas. Após a exaustão do solo, a área é convertida em pastagem e posteriormente abandonada. A Caatinga é um dos ecossistemas mais vulneráveis do Brasil, e as áreas degradadas no Sertão Paraibano exemplificam esse desafio global de conservação. Com o objetivo de recuperar uma área degradada afetada por sais, foi conduzido um estudo no Perímetro Irrigado de São Gonçalo, no município de Sousa, no sertão paraibano, no período chuvoso de 2022 ao período de estiagem de 2023. Esse estudo utilizou espécies nativas da Caatinga no processo de estabilização e conservação do ambiente degradado, incluindo aroeira (Myracrodruon urundeuva Allemão), catingueira (Cenostigma pyramidale) (Tul.)), pau-ferro (Libidibia ferrea) e sabiá (Mimosa caesalpiniaefolia), com 48 plantas de cada espécies, plantadas em faixas com espaçamento de 3,0 m x 3,0 m entre plantas. Ao reflorestarmos essas áreas com espécies nativas da Caatinga, estamos investindo em um futuro mais sustentável, especialmente em relação ao sequestro de carbono. Muitas áreas irrigadas em Perímetros Irrigados enfrentam problemas de salinização do solo devido à falta de chuvas regulares e ao uso inadequado de água de irrigação, que muitas vezes contém sais dissolvidos. A gestão sustentável da água e práticas de manejo apropriadas são essenciais para lidar com esse desafio e garantir a produtividade agrícola nessas regiões. Nossa pesquisa e esforços de reflorestamento não se limitam apenas à restauração do equilíbrio ecológico; mas também visam beneficiar as comunidades locais. Por meio do conhecimento científico e práticas adequadas de reflorestamento, podemos criar oportunidades econômicas, restaurar serviços ecossistêmicos e proteger a biodiversidade. Este estudo não apenas descreve o processo de reflorestamento, mas também destaca sua importância para a sustentabilidade a longo prazo, a resiliência do ecossistema e a qualidade de vida das pessoas no Sertão Paraibano. É uma contribuição para a conscientização sobre o valor intrínseco da natureza e a necessidade urgente de ações positivas para sua conservação e recuperação. Acima de tudo, busca-se recuperar áreas degradadas para que voltem a ser produtivas, contribuindo para a segurança alimentar e utilizando estratégias de manejo eficazes no processo de restauração e regeneração ambiental. Diante do exposto, o presente estudo teve como objetivo avaliar a capacidade de adaptação da aroeira, catingueira, pau ferro e sabiá às condições de salinidade do solo em área degradada por sais, quantificando as mudanças na composição do solo após o plantio das espécies mencionadas, incluindo a redução dos níveis de salinidade. Os resultados apontam que o cultivo da aroeira, catingueira, pau-ferro foram eficazes na redução dos parâmetros do solo, a sabiá não foi eficiente, portanto, não o recomendamos seu cultivo em áreas degradadas objetivando melhorias nos atributos do solo.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 357.001.064-34 - JACOB SILVA SOUTO - UFCG
Interno - 1347774 - WALTER ESFRAIN PEREIRA
Externo à Instituição - EDNALDO BARBOSA PEREIRA JÚNIOR
Externo à Instituição - FRANCISCO DE SALES OLIVEIRA FILHO
Externo à Instituição - JUSSARA SILVA DANTAS
Externo à Instituição - PATRICIA CARNEIRO SOUTO