PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA (CCA - PPGA)

CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS (CCA)

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Banca de DEFESA: ANDDREZA MADDALENA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANDDREZA MADDALENA
DATA: 21/02/2025
HORA: 09:00
LOCAL: Auditório do PPGA
TÍTULO: ESTRATÉGIAS DE CONTROLE DE Spodoptera frugiperda (Smith, 1797) (Lepidoptera: Noctuidae) UTILIZANDO INIMIGOS NATURAIS
PALAVRAS-CHAVES: Dermaptera; Comportamento predatório; Lagarta-do-cartucho; Metarhizium anisopliae.
PÁGINAS: 212
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Agronomia
SUBÁREA: Fitossanidade
ESPECIALIDADE: Entomologia Agrícola
RESUMO: A cultura do milho (Zea mays L.) (Gramineae: Poaceae) possui grande importância para o desenvolvimento socioeconômico do Brasil. Porém, devido ao aumento dos níveis de infestação de pragas agrícolas que afetam essa cultura, a sua produtividade e seu rendimento encontram-se comprometidos. Nesse contexto, a espécie Spodoptera frugiperda (Smith, 1797) (Lepidoptera: Noctuidae) surge como um dos principais insetos-praga, sendo controlada frequentemente com doses exageradas e repetidas de inseticidas, resultando em uma série de problemas fitossanitários, como a alta mortalidade de inimigos naturais, além de casos de resistência da praga. Sendo assim, o controle biológico destaca-se como um método alternativo, fazendo o uso de grupos de inimigos naturais de pragas. Dentre esses grupos, a ordem Dermaptera apresenta grande potencial predatório sobre fases iniciais do ciclo de vida de pragas, tendo sido desenvolvidos estudos com as espécies Euborellia annulipes (Lucas, 1847) (Dermaptera: Anisolabididae) e Marava arachidis (Yersin, 1860) (Dermaptera: Labiidae) com essa finalidade. Além dos insetos predadores, os fungos entomopatogênicos também têm sido estudados com essa finalidade, com destaque para a espécie Metarhizium anisopliae (Metschnikoff, 1879) Sorokin, 1883, que provoca a infecção fúngica denominada green muscardine e leva a morte de seus hospedeiros. Portanto, os objetivos do presente trabalho foram avaliar a predação de E. annulipes e M. arachidis sobre S. frugiperda infectada e não infectada com M. anisopliae, além de avaliar o comportamento predatório desses predadores sobre S. frugiperda não infectada com M. anisopliae e a sobrevivência de E. annulipes e M. arachidis após o consumo de presas infectadas. Para isso, foi plantada a variedade de milho crioulo Jaboatão Amarelo e uma cultivar híbrida comercial em casa de vegetação, sendo infestadas com diferentes estágios de vida de S. frugiperda e, posteriormente, foram liberados adultos de E. annulipes e M. arachidis em cada planta. Para a infecção da praga com o fungo, foi utilizado um borrifador manual, e a concentração de 5 g de conídios viáveis diluídos em 50 mL de água destilada. A análise do consumo de S. frugiperda foi realizada através de um modelo linear generalizado com distribuição binomial. O tempo de busca e de manuseio dos predadores sobre S. frugiperda foram submetidos a análise de variância e as médias foram comparadas pelo teste de Tukey (0,05%). As curvas de sobrevivência foram estimadas utilizando o método log-rank (p = 0,05). Os resultados mostram que, M. arachidis tem maior consumo sobre o estágio de ovo/I ínstar e E. annulipes consome mais o IV ínstar de S. frugiperda em milho Jaboatão e milho híbrido. No milho híbrido, o tempo de busca é maior no IV ínstar e menor sobre ovos/I ínstar. O tempo de manuseio é menor no IV ínstar e maior no estágio de ovo/I ínstar. E. annulipes gasta mais tempo para encontrar presas e M. arachidis para manusea-las. Em milho Jaboatão, não há diferença no tempo de manuseio, apenas no de busca de E. annulipes, que é maior sobre ovos/I ínstar, e de M. arachidis, que é menor nesse estágio. Assim, os predadores estudados têm potencial promissor no controle de S. frugiperda, consumindo estágios iniciais da praga, poucos minutos após a sua liberação. No milho Jaboatão, o tratamento de ovos/I ínstar, associado a M. anisopliae, é o mais consumido. M. arachidis é mais eficaz no consumo de quase todos os tratamentos, associados ou não ao fungo. Ambos os predadores consumiram maiores taxas da praga liberadas em milho híbrido, associada ou não ao fungo. O consumo de ovos e larvas tratadas com M. anisopliae não afeta a sobrevivência dos predadores. Portanto, os predadores estudados têm potencial promissor no controle de S. frugiperda, pois consomem a praga infectada com M. anisopliae, enfatizando a possibilidade do uso conjunto desses grupos de inimigos naturais nos programas de controle biológico.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1716310 - CARLOS HENRIQUE DE BRITO
Interno - 1259929 - YIRINA VALDES VAZQUEZ
Externo à Instituição - ANGELICA DA SILVA SALUSTINO